História De Israel – Teologia 31.267
Livro Vigésimo
CAPÍTULO 1
O IMPERADOR CLÁUDIO DESTITUI MARCOS DO CARGO DE GOVERNADOR
DA SÍRIA. LONGINO O SUBSTITUI. FADO, GOVERNADOR DA JUDÉIA, CASTIGA OS
SEDICIOSOS E LADRÕES QUE PERTURBAM A PROVÍNCIA E ORDENA AOS
JUDEUS QUE REPONHAM NA FORTALEZA ANTÔNIA AS VESTES SAGRADAS
DO
SUMO SACERDOTE. O IMPERADOR REVOGA ESSA ORDEM A PEDIDO DO
JOVEM AGRIPA.
833. Depois da morte
do rei Agripa, o Grande, de que acabamos de falar no livro precedente, o
imperador Cláudio, para honrar a sua memória e manifestar o quanto o havia
amado, tirou de Marcos o governo da Síria, como este mesmo lhe havia muitas
vezes solicitado, e o entregou a Longino.
834. Nesse mesmo
tempo, Fado, que havia sido nomeado para a judéia, foi exercer o cargo. Existia
então uma séria polêmica entre os judeus que habitavam além do Jordão e os de
Filadélfia, com relação aos limites da aldeia de Mia, cujos habitantes eram de
temperamento guerreiro. Os judeus haviam pegado em armas sem o consentimento de
seus magistrados e matado vários dentre os de Filadéfia. Ele ficou tão irritado
ao vê-los querendo fazer justiça por si mesmos, sem esperar o seu parecer, que
depois de mandar prender Aníbal, Areram e Eieazar, os principais autores da
sedição, condenou à morte o primeiro e exilou os outros dois.
835. Algum tempo
depois, mandou também prender Ptolomeu, chefe dos ladrões que tantos males
haviam causado aos idumeus e aos árabes. Condenou-o à morte e expurgou assim
toda a judéia desses inimigos da segurança pública. Reuniu depois os sacerdotes
e os maiorais de Jerusalém para ordenar-lhes, da parte do imperador, que
recolocassem na fortaleza Antônia as vestes sagradas, de que somente os sumos
sacerdotes podem se servir, a fim de que lá ficassem e fossem guardados pelos
romanos, como outrora. Com receio, porém, de que essa ordem os levasse a uma
revolta, levou consigo algumas tropas a Jerusalém.
Os sacerdotes e os que os acompanhavam não ousaram contestar
a ordem, mas rogaram a Longino e a Fado que lhes fosse permitido enviar
embaixadores ao imperador com uma petição para que a guarda da veste sacerdotal
permanecesse com eles e que nada se mudasse enquanto aguardavam a resposta.
Eles foram atendidos, sob a condição de que deixassem os filhos como reféns, no
que eles concordaram sem dificuldade. Depois disso, partiram os embaixadores, e
o jovem Agripa, filho do rei Agripa, o Grande, que ainda estava em Roma, ao
saber o motivo que os levava até ali, rogou ao imperador que consentisse
naquele pedido e enviasse mensagem a Fado. Cláudio mandou vir os embaixadores e
disse-lhes que concedia o que eles desejavam, mas que agradecessem a Agripa,
pois era em consideração a ele e ao seu pedido que lhes outorgava aquela graça.
Entregou-lhes em seguida uma carta, que reproduzo aqui:
"Cláudio César Germânico, príncipe da República pela quinta vez, cônsul
pela quarta vez, imperador pela décima e pai da Pátria. Aos magistrados, ao
senado, ao povo de Jerusalém e a toda a nação dos judeus, saudação. Tendo os
vossos embaixadores — que me foram apresentados por Agripa, o qual foi educado
e instruído em minha companhia, e a quem muito estimo — me agradecido pelo
cuidado que dispenso à vossa nação e me solicitado com grande insistência a
manutenção da guarda dos ornamentos de vosso sumo sacerdote e da coroa, tal
como Vitélio, que me é muito caro, fez antes de mim, consenti em seu pedido.
Fiz isso tanto por piedade quanto porque acho justo permitir a cada qual viver
conforme a religião de seu país e também pelo afeto particular que o rei
Herodes e o jovem Agripa têm por mim e pelas vossas necessidades, sendo que
tenho com eles grande amizade. Estou escrevendo sobre esse assunto a Cúspio Fado,
por Cornélio, filho de Cero, Trifo, filho de Têudio, Doroteu, filho de
Natanael, e João, filho de Jotre. Esta carta é datada do quarto ano das
calendas de julho, sendo os cônsules Rufo e Pompeu Silvano".
836. Herodes, príncipe da Cálcida e irmão do falecido rei
Agripa, o Grande, pediu então ao imperador Cláudio, e obteve dele, poder sobre
o Templo e sobre o tesouro sagrado e o direito de escolher o sumo sacerdote.
Essa autoridade permaneceu com ele e com os seus descendentes até o fim da
guerra dos judeus. Esse príncipe tirou o sumo sacerdócio de Cantara, e
entregou-o a José, filho de Caneu.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
.
0 Comentários :
Postar um comentário
Deus abençoe seu Comentario