História Do Cristianismo -
Teologia 32.143
ARNALDO DE BRESCIA
Arnaldo de Brescia fora segundo
se diz discípulo de Abelard, mas evidentemente não estava corrompido desse
homem tão brilhante, mas tão infeliz. Parece que, apesar de nunca se ter
desligado da sua obediência ao papa, desafiava publicamente o poder; e o
caráter destruidor e revolucionário da sua pregação faz-nos lembrar um dos
seus contemporâneos: Pedro de Bruys.
Servindo-se para texto das
palavras do Senhor: "O meu reino não é deste mundo", começou
uma série de ataques à vida do clero em Roma, que era onde a sua iniqüidade
mais se salientava.
"Se Cristo era
pobre", dizia ele, "se os apóstolos eram pobres, se os monges eram
mal vestidos, fazendo seus trabalhos e jejuns, com as faces emagrecidas pela
fome, e os olhos fitos no chão, sendo a imagem da vida real dos apóstolos e de
Cristo, quão longe dos apóstolos e de Cristo então estavam esses bispos e
abades vivendo como príncipes e grandes senhores, com os seus mantos forrados
de pele e de escarlata e púrpura; esses bispos e abades que montam nos seus
cavalos fogosos com freios de ouro, que usam esporas de prata e que levantam a
cabeça como se fossem reis". A hierarquia de Roma, picada por essas
censuras, pediu a sua expulsão e, em conseqüência disso, ele foi banido pelo
concilio Lateranense nó ano 1139. Mas tornou a vir no ano 1154 e começou
novamente as suas pregações poderosas e apaixonadas, até fazer com que o povo
se tornasse barulhento e questionasse com os padres em diferentes ocasiões.
Numa dessas rixas ficou ferido
um cardeal, e Adriano fez publicar uma interdição contra a cidade e não a levantou
enquanto Arnaldo não fosse expulso dali. As ameaças produziram o efeito
desejado, e por algum tempo os movimentos do reformador parece terem sido
incertos. Depois de andar de um lado para outro, achou asilo em Zurich, onde
foi bondosamente recebido pelo bispo da diocese. Bernardo, porém não o deixou
descansar. Tinha-o vigiado com impaciência cheia de cólera, e agora instou com
o papa para que tomasse medidas severas a seu respeito. Nada se fez, porém, até
o pontificado de Adriano II (um inglês, cujo verdadeiro nome era Nicolau
Breakspear), em cujas mãos o ousado pregador foi entregue pelo imperador
Barbarosa. O papa, com medo de que o povo tentasse livrá-lo, condenou-o
apressadamente num concilio secreto, e antes de romper o dia Arnaldo tinha
deixado de existir e as suas cinzas foram lançadas nas margens do Tibre.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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