História Do Cristianismo -
Teologia 32.149
LUXÚRIA DO CLERO
Não há dúvida de que a Europa
era, no século treze, governada pelos padres, que tinham a seu favor a riqueza
e a sabedoria. Os mosteiros tinham-se tornado em palácios, onde os abades
podiam dar as suas festas suntuosas, e sustentar os seus amores criminosos,
protegidos pelo forte braço de Roma. Os bispos eram príncipes que em muitos
casos eram donos das terras para as quais tinham sido nomeados governadores
espirituais. Os frades tinham suas belas moradas nos subúrbios de todas as
cidades importantes, e passeavam diariamente pelas ruas, com os seus hábitos
negros, para receberem as saudações do povo. As cabanas dos pobres e os
castelos dos ricos tinham as portas sempre abertas àquelas visitas, e, ou com
vontade ou sem ela, tinham forçosamente de recebê-los. Ainda vagueavam
tristemente pelo meio dos túmulos e nas montanhas alguns ermitões e outros
reclusos que com as suas severidades ascéticas fortaleciam muito o poder do
papa. Muitos verdadeiros cristãos, desgostosos com a conduta desregrada dos
padres, teriam sem dúvida abandonado o aprisco se não fossem esses ermitões
que, com a sua suposta santidade, enchiam de medo os supersticiosos e anulavam
as objeções dos descontentes.
Pode-se bem imaginar qual teria
sido a força deste poder que obrigava um homem, por qualquer ofensa venal que
lhe tinha sido arrancada no confessionário, a jejuar, ou a andar descalço, ou a
deixar de usar roupa branca, ou a ir em peregrinação; ou mesmo, quando
desejavam ver-se livre do ofensor, obrigavam-nos a tomar o hábito e entrar num
mosteiro! Era este o poder que tinham os padres; e estamos certos de que eles
usavam desse poder sempre que pudessem por esse meio ganhar alguma coisa.
Mas, se os padres governavam o
povo, eram eles governados pelo papa. Todos lhe estavam sujeitos; e tanto mais
que foi durante este século que o dogma da infalibilidade do papa se salientou.
O dominicano Tomás de Aquino, tomando por verdadeiros os escritos de
Beneditino Graciano, do século anterior, acrescentou-lhes ainda bastantes
coisas falsas e tradicionais, e desta mistura de erros e superstições surgiu a
perigosa doutrina da infalibilidade papal.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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