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6 de julho de 2018

História Do Cristianismo - Teologia 32.150 - INOCÊNCIO III E O REI FELIPE DE FRANÇA


História Do Cristianismo - Teologia 32.150
 
INOCÊNCIO III E O REI FELIPE DE FRANÇA

Dos papas deste século o maior foi, talvez, Inocêncio III, que subiu a essa "dignidade" no ano de 1198. Com cer­teza não teve quem o excedesse em maldade. O seu verda­deiro nome era Lotário de Conti, mas os seus cardeais de­ram-lhe o nome de Inocêncio em testemunho da sua "vida irrepreensível!"
Ura dos primeiros atos de Inocêncio, ao subir à cadeira papal, foi destruir a felicidade doméstica do rei da França. Filipe Augusto atraído pela fama da beleza da princesa Isemburge da Dinamarca, prometeu a sua mão àquela se­nhora, realizando-se em seguida o casamento. Ora, o mo­narca, que tinha procedido muito precipitadamente, mos­trou desde o princípio uma aversão invencível pela sua jo­vem esposa, e, recusando-se a viver com ela como sua mu­lher, repudiou-a para casar com a jovem e linda Agnes, fi­lha do duque de Merânia, por quem sentiu um profundo e verdadeiro amor.
Contudo, o papa tomou partido da princesa repudiada e ameaçou pôr o país inteiro sob interdição se o rei não abandonasse a filha do duque e recebesse a princesa Isem­burge com afeto conjugai. Esta não era, de modo algum, uma ameaça vã, e as conseqüências de tal interdição iriam recair fortemente sobre os súditos inocentes de rei da Fran­ça. Suspender os atos públicos de religião era, aos olhos de todos, uma coisa terrível, visto que quase todo o seu culto era realizado por meio dos padres, e, em geral, não tinham o recurso da oração particular.
Mas Filipe não quis ceder. Disse que o seu divórcio da princesa dinamarquesa era legal, pois tinha sido ratificado pelo papa anterior, Celestino III. Além disso, estava legal­mente casado com Agnes que já lhe tinha dado dois filhos. O papa, porém, não quis ouvir nada disso, e como Filipe continuou a teimar, deu a necessária autorização ao seu le­gado, então em Dijon, para proclamar a interdição. À meia noite teve lugar, a toque dos sinos, uma execrável cerimô­nia. Queimaram a hóstia consagrada, cobriram as imagens de preto, e puseram as relíquias nos túmulos. Em seguida o clero saiu da igreja em procissão solene, tendo à frente o cardeal com a sua estola roxa de luto; e quando ele pronun­ciou a interdição, os padres apanharam as tochas, fecha­ram as portas das igrejas, e todas as orações, todos os servi­ços religiosos, ficaram indefinidamente suspensos. Só os sacramentos de batismo, confissão e extrema unção eram permitidos pela igreja, e andavam todos com a barba por fazer; era proibido o uso de carne, e os cadáveres sem te­rem lugar de sepultura eram lançados aos cães, que infes­tavam as cidades, e aos bandos de aves de rapina.
Filipe protestou em vão contra este procedimento ex­tremo; mas o papa foi inexorável e as suas ordens tinham de ser obedecidas. Agnes teve de ser abandonada, Isemburge reintegrada nos seus direitos. Enquanto isto não acontecesse tinha de durar a interdição. Mas o afeto de Fi­lipe concentrava-se na sua linda esposa, e não se poderia convencer a submeter-se a uma ordem tão áspera. A pró­pria Agnes não tinha ambições de rainha, mas não podia suportar o pensamento de se separar do seu marido: ela apenas queria ser o que o papa e o parlamento a tinham feito, sua legítima esposa. Desesperado pela dor da esposa e pela sua própria impossibilidade de acalmar-se, o rei ex­clamou: "Vou-me tornar maometano. Feliz Saladino que não tem papa que o governe!" Mas a tudo isto respondia a ordem cruel: "Obedece ao papa, abandona Agnes e torna a receber Isemburge".
Por fim o rei cedeu. O papa venceu aquela luta e retirou a interdição. As igrejas tornaram-se a abrir ao povo, as imagens foram destampadas as relíquias novamente ex­postas e os sacramentos ministrados como antes. A prince­sa foi reconhecida como esposa de Filipe, mas a sua aver­são por ela tinha aumentado em conseqüência de tudo quanto tinha sucedido e continuou a recusar-se a viver com ela como sua mulher. A linda e amável Agnes, separada a força do seu marido, morreu pouco depois, com o cora­ção despedaçado.

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