História Do Cristianismo -
Teologia 32.150
INOCÊNCIO III E O REI FELIPE DE
FRANÇA
Dos papas deste século o maior
foi, talvez, Inocêncio III, que subiu a essa "dignidade" no ano de
1198. Com certeza não teve quem o excedesse em maldade. O seu verdadeiro
nome era Lotário de Conti, mas os seus cardeais deram-lhe o nome de Inocêncio
em testemunho da sua "vida irrepreensível!"
Ura dos primeiros atos de
Inocêncio, ao subir à cadeira papal, foi destruir a felicidade doméstica do rei
da França. Filipe Augusto atraído pela fama da beleza da princesa Isemburge da
Dinamarca, prometeu a sua mão àquela senhora, realizando-se em seguida o
casamento. Ora, o monarca, que tinha procedido muito precipitadamente, mostrou
desde o princípio uma aversão invencível pela sua jovem esposa, e,
recusando-se a viver com ela como sua mulher, repudiou-a para casar com a
jovem e linda Agnes, filha do duque de Merânia, por quem sentiu um profundo e
verdadeiro amor.
Contudo, o papa tomou partido
da princesa repudiada e ameaçou pôr o país inteiro sob interdição se o rei não
abandonasse a filha do duque e recebesse a princesa Isemburge com afeto
conjugai. Esta não era, de modo algum, uma ameaça vã, e as conseqüências de tal
interdição iriam recair fortemente sobre os súditos inocentes de rei da França.
Suspender os atos públicos de religião era, aos olhos de todos, uma coisa
terrível, visto que quase todo o seu culto era realizado por meio dos padres,
e, em geral, não tinham o recurso da oração particular.
Mas Filipe não quis ceder. Disse
que o seu divórcio da princesa dinamarquesa era legal, pois tinha sido
ratificado pelo papa anterior, Celestino III. Além disso, estava legalmente
casado com Agnes que já lhe tinha dado dois filhos. O papa, porém, não quis
ouvir nada disso, e como Filipe continuou a teimar, deu a necessária
autorização ao seu legado, então em Dijon, para proclamar a interdição. À meia
noite teve lugar, a toque dos sinos, uma execrável cerimônia. Queimaram a
hóstia consagrada, cobriram as imagens de preto, e puseram as relíquias nos
túmulos. Em seguida o clero saiu da igreja em procissão solene, tendo à frente
o cardeal com a sua estola roxa de luto; e quando ele pronunciou a interdição,
os padres apanharam as tochas, fecharam as portas das igrejas, e todas as
orações, todos os serviços religiosos, ficaram indefinidamente suspensos. Só
os sacramentos de batismo, confissão e extrema unção eram permitidos pela
igreja, e andavam todos com a barba por fazer; era proibido o uso de carne, e
os cadáveres sem terem lugar de sepultura eram lançados aos cães, que infestavam
as cidades, e aos bandos de aves de rapina.
Filipe protestou em vão contra
este procedimento extremo; mas o papa foi inexorável e as suas ordens tinham
de ser obedecidas. Agnes teve de ser abandonada, Isemburge reintegrada nos seus
direitos. Enquanto isto não acontecesse tinha de durar a interdição. Mas o
afeto de Filipe concentrava-se na sua linda esposa, e não se poderia convencer
a submeter-se a uma ordem tão áspera. A própria Agnes não tinha ambições de
rainha, mas não podia suportar o pensamento de se separar do seu marido: ela
apenas queria ser o que o papa e o parlamento a tinham feito, sua legítima
esposa. Desesperado pela dor da esposa e pela sua própria impossibilidade de
acalmar-se, o rei exclamou: "Vou-me tornar maometano. Feliz Saladino que
não tem papa que o governe!" Mas a tudo isto respondia a ordem cruel:
"Obedece ao papa, abandona Agnes e torna a receber Isemburge".
Por fim o rei cedeu. O papa
venceu aquela luta e retirou a interdição. As igrejas tornaram-se a abrir ao
povo, as imagens foram destampadas as relíquias novamente expostas e os
sacramentos ministrados como antes. A princesa foi reconhecida como esposa de
Filipe, mas a sua aversão por ela tinha aumentado em conseqüência de tudo
quanto tinha sucedido e continuou a recusar-se a viver com ela como sua mulher.
A linda e amável Agnes, separada a força do seu marido, morreu pouco depois,
com o coração despedaçado.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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