História Do Cristianismo -
Teologia 32.159
PERSEGUIÇÃO A RAIMUNDO DE TOLOSA
Não vamos aqui contar tudo o
que o papa fez a Raimundo de Tolosa. Parece que aos olhos daquele não havia
modo de este expiar o pecado de ser chefe de tantos súditos hereges. Não foi
suficiente manifestar o seu desgosto e justificar-se pelo assassinato do monge
de Cister. Raimundo teve além disso de dar uma prova da sua sinceridade entregando
sete dos seus castelos mais fortes; teve de fazer penitência em público das
suas ofensas, com uma corda em roda do pescoço enquanto lhe aplicavam
chicotadas às costas, e em seguida reunir-se às filas dos cruzados e combater
contra os próprios súditos, até mesmo contra a sua própria família; e depois
disso, sua santidade o papa mostrou sua "benignidade" dando-lhe o
beijo da paz.
Quando porém o pobre conde se
estava regozijando por terem passado todos os perigos e humilhações, chegou uma
carta do papa para sua eminência, o legado, ordenando-lhe que deixasse por
algum tempo o conde de Tolosa, e empregasse para com ele uma certa
dissimulação, de modo que os outros hereges pudessem mais facilmente ser
vencidos, e para que o pudessem esmagar quando se achasse sozinho. Vemos
pois que Raimundo não tinha sido perdoado
de modo algum, seguindo-se a isto a excomunhão que mais uma vez foi pronunciada
contra ele.
A guerra mudou então de
aspecto, e Raimundo com o auxílio do conde de Foix e outros fidalgos começou a
tomar medidas desesperadas para sua proteção. O seu povo, que era muito
dedicado, correu às armas à primeira chamada, e De Montfort viu que tinha agora
de se haver com um inimigo desesperado pela perseguição e enlouquecido pelo
sentimento de repetidos danos. A sua natureza cruel estimulou-se com esta
oposição inesperada, e as mais inauditas barbaridades foram cometidas por sua
ordem. Homens e crianças foram mutilados, as mulheres desonradas, as searas e
vinhas destruídas, as vilas queimadas, e as cidades entregues à pilhagem e
passados à espada os seus habitantes. No momento da captura de La Minerbe foram queimadas
vivas umas 140 pessoas, entre as quais a mulher, a irmã e o filho do
governador da localidade. Dizem que todos caminhavam para a morte de muito boa
vontade, cantando já nas chamas hinos a Deus, e não cessaram de lhe entoar
louvores senão quando o fumo os sufocou. Quando o castelo de Brau se rendeu, De
Montfort tirou os olhos e cortou o nariz a cem dos seus bravos defensores,
deixando um olho a um deles para que pudesse guiar o resto para Cabrieres, a
fim de aterrar a guarnição que ali se achava. Estas e outras crueldades,
indignas até da Roma paga, foram praticadas pela "santa" igreja
católica, e executadas pelos "santos" peregrinos, como eram chamados
pelo papa.
Na tomada de Foix, quando a cidade
estava abandonada aos horrores de um saque, e os habitantes de todas as idades
e sexos estavam sendo igualmente massacrados, ouviam-se as vozes dos bispos e
legados, por cima dos gritos das mulheres e das maldições dos seus assassinos,
entoando um solene cântico. Uma senhora chamada Giralda de quem se dizia que
nenhum pobre tinha ido a sua porta sem ser socorrido, também estava entre os
prisioneiros, e sendo lançada a um poço foi morta a pedradas. Raimundo era católico,
mas diz-se que, ao ver o tratamento que estavam dando aos seus fiéis súditos,
exclamou: "Bem sei que vou perder as minhas propriedades por causa dessa
boa gente, mas estou pronto não só a ser expulso dos meus domínios como a dar a
minha vida por todos eles".
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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