História Do Cristianismo - Teologia
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GUERRA CIVIL NA BOÊMIA
O martírio de Huss e Jerônimo,
com que eles esperavam livrar a Europa das heresias de Wycliff, não só deixou
nas suas consciências o peso de um duplo assassinato, como também, sob o ponto
de vista de Roma, foi um engano fatal. Em lugar de esmagarem, por este meio, o
que eles chamavam uma heresia corruptora e escandalosa, inflamaram o espírito
do povo boêmio, e causaram uma guerra civil. Ainda mesmo antes da morte de
Jerônimo, vários fidalgos e outras pessoas eminentes da Boêmia tinham, indignados,
mandado um protesto ao Concilio de Constância no qual o acusaram de injustiça e
crueldade, e diziam mais, que estavam decididos a sacrificar as suas vidas na
defesa do Evangelho de Cristo e dos seus fiéis pregadores. Contudo este
protesto foi queimado com desprezo pelos prelados reunidos e a indiferença
insultante destes padres foi mais tarde manifestada pelo bárbaro assassinato da
segunda vítima. Os editos de perseguição que se seguiram não podiam, de certo,
servir para abrandar o espírito do povo, e quando no ano de 1419 um pregador
hussita foi preso e queimado, sofrendo além disso as maiores crueldades,
O povo, exasperado, correu às
armas, e tendo à sua frente o camarista do rei, um fidalgo chamado Zisca, levou
tudo adiante de si.
O imperador Sigismundo levantou
contra eles um poderoso e bem organizado exército, que foi desbaratado como se
fosse palha, diante dos malhos dos camponeses boêmios, que, na verdade, poucas
outras armas tinham para ferir as suas batalhas. O cardeal Juliano, legado do
papa, presenciou algumas destas batalhas, e ficou admirado quando viu a flor
do exército do imperador - príncipes conhecidos pela sua bravura, e veteranos
de fama européia - retirando-se em desordem diante das armas grosseiras de um punhado
de camponeses - ainda mais - algumas vezes, fugindo até quando ninguém os
perseguia, possuídos de um pânico inexplicável. Numa destas ocasiões o cardeal,
derramando abundantes lágrimas, exclamou: "Ah! .não é o inimigo, são os
nossos pecados que nos fazem fugir!" Vários escritores papistas
confessaram que não podiam explicar o maravilhoso êxito destes guerreiros
cristãos, e um deles afirmou que os boêmios mostraram ser um povo valente,
porque, apesar de o imperador Sigismundo conduzir quase a metade da Europa
contra eles, não foi capaz de vencê-los. O reformador Melanchton do século
seguinte, atribuiu estas vitórias a poderes milagrosos, e acreditou que os
anjos de Deus acompanhavam os vitoriosos nas suas expedições, e derrotava os
seus inimigos.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
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