História Do Cristianismo -
Teologia 32.211
ZWÍNGLIO PREGANDO EM ZURIQUE
Quando ele pregava na catedral,
reuniam-se milhares de pessoas para o ouvir; a sua mensagem era nova para os
seus ouvintes, e expunha-a numa linguagem que todos podiam compreender. Diz-se
que a energia e novidade do seu estilo produziu impressões indescritíveis, e
muitos foram os que obtiveram bênçãos eternas por meio do Evangelho puro e
claro, enquanto que todos admiraram-se do que ouviam. Era grande a sua fé no
poder da Palavra de Deus para converter as almas sem explicações humanas. Não
quis restringir-se aos textos destinados às diferentes festividades do ano,
que limitavam, sem necessidade, o conhecimento do povo com respeito ao livro
sagrado e declarou que era sua intenção começar no evangelho de S. Mateus e
segui-lo capítulo por capítulo, sem os comentários dos homens. "No
púlpito", diz Myconius, "não poupava ninguém. Nem papa, nem
prelados, nem reis, nem duques, nem príncipes, nem senhores, nem pessoa alguma.
Nunca tinham ouvido um homem falar com tanta autoridade. Toda a força e todo o
deleite de seu coração estavam em Deus e em conformidade com isso exortava a
cidade de Zurique a confiar somente nele". "Esta maneira de pregar é
uma inovação!" - exclamavam alguns - "e uma inovação leva a outra;
onde irá isto parar?" "Não é maneira nova", respondia Zwínglio,
com modos cortezes e brandos, "pelo contrário é antiga. Recordem-se dos
sermões de Crisóstomo sobre S. Mateus, e de Agostinho sobre S. João". Com
estas respostas pacíficas, desarmava muitas vezes os seus adversários,
chegando até com freqüência a atraí-los a si.
Neste ponto ele apresenta um
notável contraste com o rude e enérgico Lutero.
Estava Zwínglio em Zurique
havia pouco mais ou menos um ano quando a peste visitou a Suíça, e o
reformador foi atacado por ela. Ele orou a Deus sinceramente pelo seu
restabelecimento e obteve resposta para a sua oração, e a misericórdia divina
em o poupar foi mais um incentivo para uma devoção ainda mais profunda. O poder
da sua pregação aumentava sempre, e seguiu-se um tempo de muita bênção,
convertendo-se centenas de pessoas; e por este motivo os padres ficavam
encolerizados e indignados. Zwínglio convidou-os mais do que uma vez para uma
disputa pública, mas eles receavam o convite, e por fim, para fazerem calar o
reformador, apelaram para o Estado. Este apelo foi a ruína deles, porque o
Estado decretou: "Visto que Ülrico Zwínglio tinha por diferentes vezes
convidado publicamente os contrários à sua doutrina a contradizê-la com
argumentos das Escrituras, e visto que apesar disto nenhum o tinha querido
fazer, ele podia continuar a anunciar e pregar a Palavra de Deus exatamente
como até então. E também que todos os ministros de religião, quer residentes na
cidade quer no campo, se absteriam de ensinar qualquer doutrina que não
pudessem provar pelas Escrituras; e que deveriam igualmente evitar fazer
acusações de heresia e outras alegações escandalosas, sob pena de castigo
severo". Assim se viu Roma presa na própria rede que armara, e mais uma
vez vencida, enquanto que o decreto se tornou um poderoso impulso para a
Reforma.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
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