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7 de janeiro de 2022

História De Israel – Teologia 31.287 (2º Parte Livro 1) CAPÍTULO 5 ANTÍPATRO LEVA ARETAS, REI DOS ÁRABES, A AJUDAR A HIRCANO, PARA RESTAURÁ-LO EM SEU REINO. ARETAS DERROTA ARISTOBULO NUM COMBATE E O SITIA EM JERUSALÉM. ESCAURO, GENERAL DE UM EXÉRCITO ROMANO, CONQUISTADO POR ARISTOBULO, OBRIGA-O A LEVANTAR O CERCO E ARISTOBULO OBTÉM, EM SEGUIDA, UMA GRANDE VITÓRIA SOBRE OS ÁRABES. HIRCANO E ARISTÓBULO RECORREM A POMPEU. ARISTÓBULO TRATA COM ELE, MAS, NÃO PODENDO EXECUTAR O QUE TINHA PROMETIDO, POMPEU CONSERVA-O PRISIONEIRO, SITIA E TOMA JERUSALÉM. ALEXANDRE, QUE ERA O MAIS VELHO DE SEUS FILHOS, SALVA-SE A CAMINHO.

História De Israel – Teologia 31.287

(2º Parte Livro 1)

CAPÍTULO 5

ANTÍPATRO LEVA ARETAS, REI DOS ÁRABES, A AJUDAR A HIRCANO, PARA RESTAURÁ-LO EM SEU REINO. ARETAS DERROTA ARISTOBULO NUM COMBATE E

O SITIA EM JERUSALÉM. ESCAURO, GENERAL DE UM EXÉRCITO ROMANO,

CONQUISTADO POR ARISTOBULO, OBRIGA-O A LEVANTAR O CERCO E

ARISTOBULO OBTÉM, EM SEGUIDA, UMA GRANDE VITÓRIA SOBRE OS ÁRABES.

HIRCANO E ARISTÓBULO RECORREM A POMPEU. ARISTÓBULO TRATA COM

ELE, MAS, NÃO PODENDO EXECUTAR O QUE TINHA PROMETIDO, POMPEU

CONSERVA-O PRISIONEIRO, SITIA E TOMA JERUSALÉM. ALEXANDRE, QUE ERA

O MAIS VELHO DE SEUS FILHOS, SALVA-SE A CAMINHO.

 

28.  O poder de Aristóbulo, que se encontrou por uma felicidade inesperada, de posse do trono, encheu de admiração os que não o estimavam; mais particularmente, Antípatro, porque desde muito tempo o odiava. Ele era idumeu e o mais poderoso de sua nação, quer pela sua descendência quer pelas suas riquezas e por seu próprio mérito. Assim, ele aconselhou Hircano a fugir para junto de Aretas, rei dos árabes, para reconquistar o reino por seu intermédio; exortou ao mesmo tempo Aretas, que não recusasse a um príncipe, injustamente oprimido, o auxílio que lhe seria tão glorioso dar-lho; e para levá-lo mais facilmente ao que ele desejava, disse tudo o que podia de bem sobre Hircano, e tudo o que podia de mal, acerca de Aristóbulo. Tendo disposto Hircano a fugir e Aretas a recebê-lo, fê-lo sair à noite, de Jerusalém, e o levou rapidamente à Arábia, à cidade de Petra, onde o entregou a esse príncipe; obteve por sua insistência e por seus presentes que o ajudasse a se restabelecer em seu reino. O rei dos árabes entrou depois na Judéia com um exército de cinqüenta mil homens e como Aristóbulo não estava bem preparado para lhe resistir, foi vencido no primeiro combate e obrigado a fugir para Jerusalém. Aretas lá o foi sitiar e o teria aprisionado, se os romanos não o tivessem livrado daquele perigo, pelo fato que passo a narrar: Quando Pompeu, o Grande, fazia a guerra na Armênia, ele mandou Escauro à Síria, com um exército. Ao chegar a Damasco, soube que Metello e Lóllio já a tinham aprisionado e se haviam retirado. Tendo sabido do que se passava na Judéia, para lá se dirigiu, na esperança de aproveitar também. Quando estava para entrar, os dois irmãos mandaram-lhe, cada um, embaixadores para pedir-lhe o seu auxílio e quatrocentos talentos, que Aristóbulo lhe deu, e levaram-no à justiça da causa de Hircano. Escauro, apenas os recebeu, ordenou-lhe e aos árabes em nome de Pompeu e dos romanos, que levantassem o cerco, ameaçando-os, se não o fizessem, a lhes declarar guerra. O temor de ter de enfrentar inimigos tão temíveis, obrigou Aretas a se retirar e Escauro regressou a Damasco. Aristóbulo não se contentou de se ver em segurança, mas reuniu muitas tropas, perseguiu Aretas e Hircano, alcançou-os, atacou-os num lugar denominado Papirom, matando cerca de sete mil deles, dentre os quais Céfalo, irmão de Antípatro.

29.  Hircano e Antípatro, não podendo mais esperar socorro algum dos árabes, julgaram dever recorrer à mesma potência dos romanos, que os havia privado do seu auxílio. Dirigiram-se para isso a Pompeu, logo que ele chegou a Damasco e depois de lhe ter feito grandes presentes e apresentado, para animá-lo contra Aristobulo, as mesmas razões de que se tinham servido para persuadir a Aretas, rogaram-no que o restabelecesse num reino que lhe pertencia por direito de nascimento, como o mais velho e do qual sua virtude o tornava digno. Aristobulo, que esperava, por ter conquistado Escauro com presentes, não deixou de ir logo falar com Pompeu, levando consigo uma equipagem real. Mas depois de lá ter passado algum tempo, refletiu e não se pôde decidir a prestar-lhe homenagens, que lhe pareciam indignas de um soberano; e assim, regressou a Dióspolis. Pompeu, ofendido com essa retirada, solicitado por Hircano e pelos de seu partido, marchou contra Aristobulo, com legiões e um grande número de tropas auxiliares da Síria. Depois de ter passado por Pella e Dióspolis, chegou a Core, que está na fronteira da Judéia; no meio da região, ele soube que Aristobulo se tinha refugiado em Alexandriom, num castelo muito forte, sitiado sobre uma alta montanha, e rogou-lhe que lhe viesse falar. Uma maneira de agir tão imperiosa pareceu intolerável a Aristobulo, e ele resolveu tudo arriscar antes que se lhe submeter; mas o terror de todos os seus e os rogos dos amigos que lhe pediam considerar a impossibilidade de resistir a tão grande poder, como o dos romanos, obrigaram-no, contra sua vontade, a ir falar com Pompeu. Ele lhe disse das razões que o deviam manter na posse do reino e voltou em seguida ao seu castelo. De lá saiu uma segunda vez, a instâncias de Hircano; depois de ter com ele altercado sobre o seu direito, regressou ainda, sem que Pompeu lho tivesse impedido. Seu espírito hesitava entre o temor e a esperança, sem saber a que se resolver; ele saiu então outras vezes de seu palácio para ir procurar Pompeu, com a deliberação de fazer tudo o que ele desejasse; mas, sempre que estava na metade do caminho, o temor de fazer algo indigno de um rei, fazia-o voltar atrás. Pompeu, tendo sabido que ele tinha proibido aos que comandava, em suas praças, obedecer a ordem alguma, se não fosse escrita por ele mesmo, ordenou-lhe que escrevesse a todos e ele não pôde deixar de o fazer; esta violência impressionou-o tão sensivelmente, que ele se retirou para Jerusalém, com a resolução de se preparar para a guerra. Pompeu, para não lhe dar ocasião a isso, seguiu-o logo depois e apressou tanto a marcha, que recebeu a notícia da morte de Mitrídates, quando estava perto de Jerico. Este país, o mais fértil da Judéia, é muito rico de palmeiras e de bálsamo, que é o mais precioso de todos os perfumes e se destila gota a gota das plantas que o produzem, depois de tê-las ferido, com pedras bem afiadas. Pompeu lá passou apenas uma noite, e partiu ao alvorecer, a fim de marchar para Jerusalém. Tão grande solicitude espantou Aristóbulo. Ele foi procurá-lo, recorreu aos rogos, prometeu-lhe uma grande soma e disse-lhe que só querendo recorrer à sua proteção, ele entregava-lhe Jerusalém e sua pessoa. Assim acalmou a cólera de Pompeu, mas não pôde fazer o que tinha prometido, pois Gabínio, tendo ido para receber o dinheiro, os que comandavam a praça, em nome desse príncipe, não Iho quiseram dar, nem lhe abriram as portas. Pompeu ficou tão irritado, que reteve Aristóbulo prisioneiro e avançou para a cidade. Depois de tê-la observado, para ver de que lado a poderia atacar, achou que os muros eram tão fortes que seria muito difícil derribá-los; mas o vale, que lhe estava aos pés, era de uma profundidade espantosa e o Templo, que estava perto, estava tão fortificado que, quando mesmo a cidade fosse tomada, ele poderia servir ao refúgio aos inimigos. Enquanto deliberava, para executar tão grande empreendimento, os judeus dividiram-se em Jerusalém. Os que eram do partido de Aristóbulo diziam que nada era mais justo do que a guerra, para a liberação de seu rei. Os que favoreciam a Hircano e temiam o poder dos romanos e sustentavam, ao contrário, que era necessário abrirem-se as portas a Pompeu. Estes eram os mais fortes, e os partidários de Aristóbulo retiraram-se para o Templo, cortaram a ponte que o separava da cidade, a fim de poderem resistir até o fim. Os outros receberam os romanos e entregaram-lhes o palácio real. Pompeu para lá mandou imediatamente a Pisão, um dos chefes, com muitos soldados, e como já não se tinha mais nenhuma esperança de acordo, ele só pensou em preparar todas as coisas necessárias para sitiar e forçar o Templo, e seus amigos o ajudaram com todas as suas posses e com muito afeto.

30. Este grande general atacou a praça do lado do Setentrião e determinou, para esse fim, encher o vale e as fossas. O trabalho foi ingente, quer pela grande profundidade, que pela resistência dos judeus e pela vantagem que eles tinham de combater de um lugar elevado, de que os romanos jamais se teriam apoderado se Pompeu, que sabia que os judeus nada faziam no dia de sábado, a não ser o que era necessário para se sustentar e defender a vida, não tivesse ordenado aos seus soldados que cessassem naquele dia todos os atos de hostilidades e se contentassem em adiantar a obra. Assim se fez; o vale foi cheio e Pompeu fez erguerem-se sobre ele altíssimas torres, que não eram menos fortes e espaçosas do que belas; ao mesmo tempo em que ele batia a praça com máquinas, que tinha mandado vir de Tiro, os soldados que guarneciam aquelas torres repeliam a golpes de dardos os que defendiam as muralhas. O incrível valor que os judeus demonstraram durante todo esse assédio e que custou tantas dificuldades aos romanos, causou admiração a Pompeu e ele constatou, com não menor espanto, que, mesmo no meio do perigo e no maior calor do combate, eles observavam todas as cerimônias da sua religião e ofereciam todos os dias sacrifícios a Deus, como se estivessem em plena paz.

31.  Por fim, depois de três meses de cerco, durante o qual os romanos somente puderam destruir uma torre, Pompeu tomou o Templo de assalto. Cornélio Fausto, filho de Sila, foi o primeiro que lá entrou, pela brecha; Fúrio e Fábio, seguidos de suas companhias, entraram logo depois dele. Os judeus, então, rodeados e atacados de todos os lados, foram mortos pelos romanos, quando fugiam para o Templo ou ofereciam resistência. Vários dos sacerdotes que estavam ocupados nas funções do seu ministério, viram-nos, sem se assustar, vir de espada na mão; prefe-rindo o culto de Deus à própria vida, deixaram-se matar, continuando a oferecer o incenso e as adorações que lhe são devidas. Os judeus do partido de Pompeu não pouparam nem aos da própria nação, que tinham seguido a Aristóbulo, e a maior parte dos que escaparam ao seu furor, ou se precipitaram do alto dos rochedos ou puseram fogo em tudo o que os rodeava, lançando-se nas chamas, o que era efeito do seu desespero. Assim, doze mil judeus pereceram; ao contrário, muito poucos romanos morreram; muitos, porém, ficaram feridos.

Em tão grande desolação e no meio de tantos males juntamente, nada feriu os judeus com tão violenta dor, nem lhes pareceu tão intolerável, como ver a parte mais interior do Templo, chamada Santo dos Santos, exposta aos olhos dos estrangeiros e dos profanos, o que jamais havia acontecido. Pompeu lá entrou com os seus, o que era permitido somente ao sumo sacerdote, e eles viram o grande candelabro, as lâmpadas e a mesa de ouro, todos os vasos também de ouro, de que se serviam para as incensações, uma grande quantidade de perfumes mui preciosos e o dinheiro sagrado que perfazia o total de dois mil talentos. Pompeu não tocou em nenhuma de todas essas coisas nem no mais, consagrado ao serviço de Deus e no dia seguinte à tomada do Templo, ordenou aos que lhe tinham a guarda, que o purificassem e oferecessem os sacrifícios costumeiros.

32. Como Hircano o tinha ajudado muito nesse cerco e impedido que uma grande multidão de judeus se declarasse contra os romanos, em favor de Aristóbulo, ele o confirmou no cargo de sumo sacerdote, e pelo proceder digno de um homem, constituído em tão grande autoridade, em vez de empregar a força para se fazer temer, ele ganhou, pela mansidão e pela bondade, o coração e o afeto do povo. O sogro de Aristóbulo, que era também seu tio, estava entre os prisioneiros. Pompeu mandou cortar a cabeça aos que haviam sido os principais autores da revolta, deu a Cornélio Fausto e aos outros que se haviam distinguido nesta guerra as recompensas mais gloriosas que um valor extraordinário pode merecer; impôs um tributo a Jerusalém e a toda a província, tirou as cidades dos judeus, que eles haviam tomado na baixa Síria, colocou-as, como as cidades gregas, sob a jurisdição do governador, que as presidia, pelos romanos, naquela província e estabeleceu assim a judéia, em seus limites. Restabeleceu em favor de Demétrio, um de seus libertos, a cidade de Gadara, de onde ele tinha sua origem e que os judeus tinham destruído. Quanto às cidades de Hipom, Citópolis, Pella, Samaria, Marissa, Azoto, Jamnia e Aretusa, que estão no meio das terras e que eles não haviam tido a oportunidade de destruir, como também as de Gaza, Jope, Dora e a Torre de Estratão, depois chamada Cesaréia, pelo rei Herodes, que a construiu riquissimamente e que todas estão situadas à beira-mar, ele as tirou aos judeus, para entregá-las aos seus habitantes e as anexou à Síria. Depois de ter dado todas estas ordens e constituído Escauro, governador da judéia, da baixa Síria e dos países que se estendem até o Egito e o Eufrates, voltou rapidamente a Roma pela Cilícia, levando Aristóbulo prisioneiro, com suas duas filhas e os dois filhos, Alexandre e Antígono, dos quais Alexandre, que era o mais velho, escapou no caminho, e Antígono chegou a Roma com seu pai e suas irmãs.

 

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