Antropologia - Teologia 03.49
5.2.6 Criacionismo
cristão
Criacionismo da Terra jovem: Os
Young Earth Cretionists acreditam que o Universo e a Terra tenham sido criados
recentemente (aproximadamente de 6
a 10 mil anos atrás) e toda a vida contida nele de
acordo ao texto de Gênesis (literalistas).
A maior parte aceita a
"microevolução" enquanto um grupo menor não, mas todos em geral negam
a "macroevolução". Dentro da microevolução existem os que defendem
que Deus criou vários grupos de animais separados, chamados de tipos criados
(created kind) e que através da microevolução, eles se adaptaram aos mais
diversos ambientes, mas continuando o mesmo "tipo" de animal.
Já
existem outros que negam prontamente qualquer existência de evolução, afirmando
que Deus criou todas as espécies como elas são até hoje sem modificações.
Os
YEC´s tendem a negar praticamente todas as bases de ciências como a Astronomia,
Paleontologia, Biologia, Geologia e etc.
Criacionismo da
Terra antiga: Os Old Earth Creationists compartilham a maior parte de suas
características com os YEC´s mas divergem em certos pontos da interpretação
bíblica e da idade da Terra. Os OEC´s acreditam que a Terra foi criada em um
período remoto entrando em acordo com a idade estimada pela ciência de 4,5
bilhões de anos.
Eles também defendem que certas partes doGênesis devem ser
interpretadas metaforicamente.
Mesmo entrando em concordância com a maior parte
das ciências, os OEC´s ainda não aceitam a Teoria da Evolução em sua
totalidade, ou a repudiam totalmente.
Evolucionismo
teísta: Os Theistic Evolutionists acreditam que o Universo, o planeta Terra e
vida foram criados por Deus, mas diferem dos outros grupos criacionistas por
aceitarem completamente a Teoria da Evolução, vendo ela como uma ferramenta
para com a qual Deus construiu a vida na Terra.
A maior parte do grupo aceita
uma visão alegórica do relato do Gênesis e entram em conformidade com as
ciências em si.
Enquanto alguns
grupos acreditam que os seres humanos evoluíram da mesma forma que outros
animais, outros vêem que o homem foi à criação especial de Deus, tendo uma
evolução mais "planejada" que as dos outros animais.
A evolução teísta
contradiz a Bíblia.
Em apoio ao papa, Donald Devine escreve: "O homem
pré-humano aparentemente existiu por milhões de anos... Isso não é uma
refutação da Bíblia, mas uma confirmação – pois indica que foi preciso que DEUS
soprasse nele uma alma antes que o homem pudesse ser homem." Pelo
contrário! A evolução teísta, que exige ancestrais pré-humanos para o homem
(para os quais nenhuma evidência jamais foi encontrada), não contradiz apenas o
livro de Gênesis, mas toda a Bíblia.
Moisés afirma que
DEUS formou Adão "do pó da terra", e que depois formou Eva a partir
de uma de suas costelas (Gn 2.7, 18-22). Ancestrais pré-humanos não podem ser
reconciliados com o relato autenticado por JESUS: "Não tendes lido que o
Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa
deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só
carne?" (Mt 19.4-5). CRISTO confirma o relato de Gênesis ao citá-lo em Seu
ensino.
Paulo também atesta a veracidade do relato ao declarar que
"primeiro foi formado Adão, e depois Eva" (1Tm 2.13-14 – ver também
1Co 15.22, 45; Judas 14).
Eles não eram um par de criaturas pré-humanas nas
quais DEUS infundiu almas humanas.
Além disso, Paulo
afirmou que o pecado entrou no mundo por meio de Adão, e pelo pecado a morte
(Rm 5.12). Se Adão e Eva tivessem tido ancestrais que viveram e morreram por
milhares (ou milhões) de anos de evolução até que DEUS os humanizasse, a morte
teria operado na terra antes que Adão pecasse – uma contradição clara do relato
de Gênesis, do ensino de CRISTO, da pregação de Paulo e do Evangelho. O cardeal
de Nova Iorque, John O’Connor, diz que Adão e Eva podem ter sido "animais
inferiores".
Argumentação
criacionista.
Apesar da predominância de correntes evolucionistas nos meios
acadêmicos, alguns cientistas tornaram-se notados por defenderem o criacionismo
clássico, que envolve a crença num criador.
Note-se, contudo, que a Ciência não
pode tratar de assuntos de fé, mas apenas daquilo que é observável e passível
de experimentação.
Um cientista pode defender princípios religiosos ou
ideológicos, mas esses princípios religiosos ou ideológicos não passam a ser
científicos por serem defendidos por um cientista.
Os argumentos de pessoas
pertencentes a comunidade científica em favor do criacionismo apontam para a
organização e exatidão das leis naturais.
Esta visão dá uma imagem que se
parece com aquela proposta por Isaac Newton, ao comparar o mundo a um mecanismo
que evidencia um projeto inteligente e sobrenatural.
As novas tendências
científicas têm, contudo, levado a uma diferente visão do universo, menos
determinista e mecanicista.
É comum dar como exemplo a distância propícia entre
o Sol e a Terra, que permite temperaturas amenas que possibilitam a continuidade
da vida - é interessante verificar que este mesmo argumento é utilizado pelos
evolucionistas para referir o caráter excepcional da posição da Terra, não para
uma suposta "continuidade" (palavra que implica a idéia de um projeto
ou um plano para a Criação), mas para a sua emergência e evolução.
Indivíduos
teístas, que aceitam as hipóteses científicas podem ver nas características e
regularidades da natureza (como a regularidade verificada nos elementos
químicos na tabela periódica ou o fato de os acontecimentos físicos obedecerem
a leis que podem ser expressas em equações matemáticas "exatas"),
base para se pressupor uma ordem, são citados e interpretados como prova da
existência de um legislador que legisla e faz cumprir essas leis.
Por essas
mesmas leis, o universo teria vindo a existir, e teria se desenrolado sua
história, sendo parte dela a origem e a evolução da vida na Terra.
Criacionistas, no entanto, não acreditam que o universo e suas partes tenham
sido criados segundo essas leis, mas que tudo foi criado do nada (ou "ex
nihilo", termo em latim mais sofisticado) e só então essas leis passaram a
vigorar.
A complexidade e
organização estrutural das formas mais simples de matéria viva são apontadas
pelos criacionistas como prova de uma criação determinada e não a conseqüência
evolutiva de um caldo orgânico primordial desorganizado.
De fato, a
probabilidade matemática de que a vida tenha surgido espontaneamente de uma
sucessão de eventos casuais numa ordem específica é considerada por alguns
matemáticos pequena demais.
O método que
permite recriar um organismo a partir de fragmentos do seu corpo (um dente
fossilizado, por exemplo) é duramente criticado pelos criacionistas que
consideram abusivas as conclusões como a apresentação de antepassados do Homo
sapiens com traços simiescos.
Fraudes nos
trabalhos e pesquisas envolvendo fósseis (como o 'Homem de Orce', ou o Homem de
Piltdown) têm sido também usadas para desacreditar a teoria da evolução.
Alguns
criacionistas questionam também experiências, relacionadas à demonstração da
seleção natural, como aquela relativa às mariposas cujas cores foram
influenciadas pelas mudanças advindas da Revolução Industrial.
Nesse caso
especificamente, aponta falhas na metodologia como confirmação de que não
existiria seleção natural.
Isso implica na defesa de espécies absolutamente
fixas, como um ideal platônico.
Um dos principais
argumentos dos criacionistas baseia-se na refutação da geração espontânea.
Louis Pasteur demonstrou experimentalmente que a vida não surge espontaneamente
de matéria sem vida, na sua forma moderna, como havia sido proposto por
cientistas da época.
Estendendo os resultados destes experimentos, argumenta-se
que foi provado que nenhum mecanismo pode gerar vida de qualquer matéria sem
vida.
Como evidência, aponta-se que nenhum experimento foi capaz de demonstrar
o contrário, a despeito de várias décadas de tentativas.
A afirmação de que nenhuma vida pode surgir de
não-vida foi recentemente desafiada a partir de experimentos onde um vírus é sintetizado
em laboratório, mas a questão de se um vírus pode ou não ser considerado um ser
vivo nunca foi um consenso entre cientistas.
Outra questão levantada pelos criacionistas
é que esse tipo de experimento na verdade comprovaria a necessidade de uma inteligência
e intencionalidade por trás do processo.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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