História De Israel – Teologia 31.36
CAPÍTULO 10
LEI QUE SE REFERE AOS SACRIFÍCIOS, AOS SACERDOTES, ÀS FESTAS
E OUTRAS SOLENIDADES, TANTO CIVIS QUANTO POLÍTICAS.
131. Narrarei, aqui, somente algumas das leis que se referem
às purificações e aos sacrifícios, pois estamos tratando dessa matéria. Há duas
espécies de sacrifícios: particulares e públicos. Estes são ainda de duas
maneiras, pois ou a vítima é totalmente consumida pelo fogo, o que lhe fez
merecer o nome de holocausto, ou é oferecida em ação de graças e comida com
essa mesma disposição por aqueles que a oferecem. Começarei por falar da
primeira.
Levítico 1. Quando um homem particular oferece um
sacrifício, apresenta um boi, um cordeiro e um cabrito. Os dois últimos não
devem ter mais de um ano e o boi pode ter mais, porém devem ser machos e
consumidos totalmente. Quando são imolados, os sacerdotes borrifam o altar com
o sangue e, depois de os lavarem bem, cortam-nos em pedaços, põem sal e os
colocam sobre o altar, onde o fogo já está aceso. Lavam depois os pés e as
entranhas dos animais e as lançam ao fogo com o resto. As peles, porém,
pertencem aos sacerdotes. Assim é que se faz, para os holocaustos.
Levítico 3. Nos sacrifícios que se fazem em ação de graças,
matam-se animais da mesma espécie, mas é preciso que sejam sem mancha e tenham
mais de um ano, não importando se forem fêmeas ou machos. Depois de imolados os
animais, os sacerdotes borrifam o altar com o sangue e em seguida lá atiram os
rins, parte do fígado e toda a gordura com a cauda do cordeiro. O peito e a
coxa direita pertencem aos sacerdotes, e os que oferecem o sacrifício podem
comer o que sobrar, durante dois dias, depois dos quais devem queimar o que
restou. A mesma coisa se deve observar nos sacrifícios oferecidos pelos
pecados. Os que não têm meios de sacrificar, porém, oferecem dos animais
somente duas pombas ou duas rolas, uma das quais é oferecida em holocausto,
sendo que a outra pertence aos sacerdotes, como explicarei mais detalhadamente
no tratado que escreverei sobre os sacrifícios.
Aquele que pecou por ignorância oferece um cordeiro e um
cabrito, ambos fêmeas e da idade que já dissemos. Mas os sacerdotes borrifam com
o sangue somente os ângulos do altar, em vez de borrifá-lo por inteiro, e
colocam sobre o altar os rins com uma parte do fígado e toda a gordura.
Conservam para si a pele e toda a carne, que comem durante aquele dia, no
Tabernáculo. A Lei proíbe que se guarde alguma coisa para o dia seguinte.
Aquele que pecou voluntariamente, mas em segredo, oferece um
carneiro, como a Lei o determina, e os sacerdotes comem-lhe também a carne,
naquele mesmo dia, no Tabernáculo.
Quando os chefes das tribos oferecem sacrifício pelos
pecados, fazem-no como o povo em geral, com esta única diferença: é preciso que
o touro e o cabrito sejam machos.
Levítico 2. A Lei determina também que nos sacrifícios,
tanto particulares quanto públicos, se leve com o cordeiro a medida de um gômer
de farinha de trigo, com um carneiro, dois gômeres e com um touro, três
gômeres. Prescreve ainda que se ofereça com o touro a metade de um him de óleo
— antiga medida dos hebreus que continha dois coros áticos —, com um carneiro,
a terça parte dessa medida e com um cordeiro, a quarta parte. Além disso, era
obrigatório oferecer a mesma quantidade de vinho, que se derramava em redor do
altar. E, se alguém, para cumprir um voto, oferece em sacrifício farinha de
trigo, lança-se um punhado sobre o altar e os sacerdotes tomam o resto para
comer ou fazê-la cozer, misturan-do-a com óleo ou fazendo bolos. Mas é preciso
queimar tudo o que o sacerdote oferece. A Lei proíbe oferecer em sacrifício um
filhote de qualquer animal sem oferecer também a mãe, caso aquele não tenha
pelo menos oito dias.
Oferecem-se também outros sacrifícios, tanto para se
recuperar a saúde quanto por qualquer outro motivo, e comem-se bolos com a
carne dos animais, dos quais os sacerdotes têm a sua parte, não lhes sendo
permitido reservar qualquer porção para o dia seguinte.
Números 22 e 29. A Lei manda ainda sacrificar todos os dias,
à custa do povo, ao nascer do dia e à tarde, um cordeiro de um ano e dois no
dia de sábado, que se oferecem do mesmo modo. Na lua nova, oferecem-se, além
das vítimas ordinárias, dois bois, sete cordeiros de um ano e um carneiro. E,
se alguma coisa fosse esquecida, oferecia-se um bode pelos pecados, e no sétimo
mês, ao qual os macedônios chamam hiperbereteom, ofereciam-se ainda um touro,
um carneiro, sete cordeiros e um bode, pelos pecados.
No décimo dia da lua do mesmo mês, jejua-se até a tarde.
Sacrificam-se, pelos pecados, um touro, um carneiro, sete cordeiros e um bode.
E mais dois bodes, um dos quais é levado vivo para fora do acampamento, para o
deserto, a fim de que o castigo merecido pelo povo por causa seus pecados caia
sobre a cabeça desse animal. O outro bode é levado a uma arrabalde, isto é, um
lugar próximo do acampamento e muito limpo, onde é queimado inteiro, com a
pele, e dele nada se reserva.
Queima-se também um touro, que não é dado pelo povo, mas
pelo sacerdote. Este, depois que levam ao Tabernáculo o sangue desse touro e o
do bode, mergulha o dedo nele e borrifa sete vezes a coberta e o pavimento e
outras tantas vezes a parte interna e as proximidades do altar de ouro e do
grande altar que está descoberto à entrada do Tabernáculo. Levam-se depois,
desses animais, as extremidades, os rins, parte do fígado e toda a gordura ao
altar, e o sumo sacerdote acrescenta, de seu, um carneiro, que é oferecido a
Deus em holocausto.
132. Levítico 23. No décimo quinto dia desse mesmo mês,
aproximando-se o inverno, foi dada ao povo ordem de firmar bem as suas tendas e
os seus pavilhões, cada um segundo as suas famílias, para que pudessem resistir
ao vento, ao frio e às outras vicissitudes dessa triste estação. E, quando
chegassem à terra que Deus lhes prometera, deveriam dirigir-se à cidade que
lhes seria a capital, porque nela o Templo seria construído, e ali celebrar uma
festa durante oito dias, oferecendo vítimas a Deus, umas para serem queimadas
em holocausto e outras em ação de graças, e levando em suas mãos ramos de
mirto, de salgueiro e de palmas, aos quais se prenderiam limões.
0 sacrifício que se faz no primeiro desses oito dias é de
holocausto, no qual se oferecem treze bois, catorze cordeiros, dois carneiros e
um bode, para a expia-ção dos pecados. Continua-se nos dias seguintes a fazer a
mesma coisa, exceto que se diminui um boi cada dia, até que o número seja
reduzido a sete. O oitavo dia é de descanso e se comemora não se fazendo obra
alguma. Sacrificam-se nesse dia, como já dissemos, um novilho, um carneiro,
sete cordeiros e um bode, para o pecado [Êx 12,13 e 23]. Eis a seguir as
cerimônias do Tabernáculo, que sempre foram observadas entre os homens de nossa
nação.
133. Levítico 23, Números 9 e Deuteronômio 16. No mês de
xântico, a que chamaram nisã e com o qual começa o ano, no décimo quarto dia da
lua, quando o Sol está na linha de Áries, que é o tempo em que os nossos pais
saíram do Egito e do cativeiro juntamente, a Lei nos obriga a renovar o
sacrifício que então fizeram e ao qual se dá o nome de Páscoa. E celebramos
essa festa segundo as nossas tribos, sem nada reservar para o dia seguinte das
coisas sacrificadas, que é o décimo quinto dia do mês e o primeiro da festa dos
Asmos, que se segue imediatamente à da Páscoa e dura sete dias, durante os
quais não se come outro pão a não ser desse, sem fermento, e matam-se cada dia
dois touros, um carneiro e sete cordeiros, que são oferecidos em holocausto, aos
quais se acrescenta, pelos pecados, um cabrito, do qual os sacerdotes se
alimentam.
No décimo sexto dia do mês, que é o segundo dos Asmos,
começa-se a comer os grãos que foram recolhidos e nos quais ainda não se tocou.
Como é justo testemunhar a Deus gratidão pelos bens de que lhe somos devedores,
oferecem-se as primícias da cevada, deste modo: faz-se secar no fogo um feixe
de espigas e delas se tira o grão, que é limpo. Depois é oferecida sobre o
altar a medida de um gômer, da qual lá se deixa um punhado — o resto é para os
sacerdotes. Em seguida, é permitido a todo o povo fazer a ceifa, quer em geral,
quer em particular. E, nesse tempo de primícias, oferece-se a Deus um cordeiro
em holocausto.
134. Levítico 23. Sete semanas depois da festa da Páscoa,
que são quarenta e nove dias, oferece-se a Deus, no qüinquagésimo dia, que os
hebreus chamam Asarta, isto é, "plenitude de graças", e os gregos,
Pentecostes, um pão de farinha de trigo, de dois gômeres, feito com fermento, e
matam-se dois cordeiros, que servem para a ceia dos sacerdotes, sem que se
possa reservar coisa alguma para o dia seguinte. Quanto aos holocaustos,
oferecem-se três novilhos, dois carneiros, catorze cordeiros e dois bodes pelos
pecados.
135. Não há festa na qual não se ofereça holocausto e não se
deixe de trabalhar, pois são duas coisas que a Lei obriga indispensavelmente a
observar. Depois dos sacrifícios, come-se o que foi oferecido. Dão-se também,
para esse fim, às custas do povo, vinte e quatro medidas de farinha de trigo,
das quais se faz pão sem fermento. Destes, cozem-se dois a dois, na vigília do
sábado. E, na manhã desse sábado, colocam-se doze sobre a mesa sagrada, seis de
um lado e seis de outro, em frente uns dos outros, e lá ficam, com os pratos
cheios de incenso, até o sábado seguinte, quando, depois de se terem colocado
outros em seu lugar, são entregues aos sacerdotes, para que os comam.
O incenso é queimado no fogo, para que consuma os
holocaustos, e põe-se outro com os pães. O sumo sacerdote oferece, de seu, duas
vezes por dia, uma medida de farinha pura, misturada com óleo e um pouco
cozida, da qual lança pela manhã a metade no fogo, e à tarde, a outra metade.
Mas basta de falar dessas coisas, que explicarei melhor em outro lugar.
136. Números 3.
Depois que Moisés separou a tribo de Levi das outras, para consagrá-la a Deus,
purificou-a com água da fonte e ofereceu sacrifício. Entregou-lhes em seguida a
guarda do Tabernáculo e dos vasos sagrados e ordenou-lhes que se ocupassem com
grande cuidado desse mister, segundo os sacerdotes o ordenassem. Assim, os
dessa tribo começaram desde então a ser considerados como consagrados a Deus.
Levítico 7 e 17. Moisés declarou nessa mesma ocasião que
animais eram considerados puros, dos quais era permitido comer, e de quais não
era permitido comer, por serem impuros. Diremos disso a razão quando se
apresentar oportunidade. Quanto ao sangue, foi absolutamente proibido alguém
alimentar-se dele, porque julgavam que a alma e o espírito dos animais estavam
encerrados no sangue. Proibiu-se também comer a carne dos que morriam por si
mesmos, bem como gordura de cabra, de ovelha e de boi.
137. Levítico 14.
Ordenou Moisés que os leprosos fossem separados dos outros, como também os
homens que sofressem de fluxo de sêmen; que as mulheres não teriam relações com
os homens senão sete dias depois de terminadas as suas purgações; que quem
tivesse sepultado um cadáver só seria considerado puro oito dias depois; que o
homem que continuasse por mais de sete dias a ser vítima de fluxo de sêmen
ofereceria dois cordeiros fêmeas, um dos quais seria sacrificado, e o outro,
dado aos sacerdotes; que quem tivesse polução noturna deveria se lavar na água
fria, para se purificar, como os maridos depois de se terem aproximado de suas
esposas; que os leprosos seriam separados para sempre dos demais e considerados
corpos mortos; e que, se Deus respondesse às orações de um deles e alguém
recobrasse a saúde e uma cor viva comprovasse que estava curado da doença, tal
pessoa tes-temunharia a sua gratidão por meio de diversas oblações e
sacrifícios, de que falaremos em outro lugar.
Isso faz ver o quanto é ridícula a fábula inventada por
aqueles que dizem que Moisés fugiu do Egito porque tinha lepra e que nós,
hebreus, tendo sido também atingidos pela doença, fomos levados por ele, pela
mesma razão, à terra de Canaã. Se isso fosse verdade, teria ele desejado, para
a sua própria vergonha, estabelecer semelhante lei? Acaso não se teria oposto a
ela se outro a tivesse apresentado, visto que há nações entre as quais os
leprosos não são desprezados nem separados dos outros e ainda são elevados a
honras, a cargos militares na guerra, a empregos públicos no governo e mesmo
admitidos aos Templos?
Se então Moisés estivesse contaminado por essa doença, quem
o teria impedido de dar ao povo leis que seriam antes vantajosas para ele que
prejudiciais? E assim, não fica claro que isso é coisa inventada, por pura
malícia, contra a nossa nação? Mas a verdade é que, como Moisés estava isento
da doença e vivia com um povo que também o era, ele instituiu essa lei para a
glória de Deus, com relação aos contaminados. Deixo a cada qual, todavia, a
liberdade de julgar como bem lhe aprouver.
138. Levítico 12.
Moisés proibiu também às mulheres que haviam dado à luz recentemente entrar no
Tabernáculo e assistir às funções. Só poderiam entrar quarenta dias depois, se
tivessem tido um filho, ou após oitenta dias, se fosse uma filha, e eram
obrigadas, depois desse tempo, a oferecer vítimas, sendo uma parte destas
consagrada a Deus. A outra pertencia aos sacerdotes.
139. Números 5. Se um
marido desconfiava da esposa e ela era suspeita de adultério, oferecia uma
medida de farinha de cevada: jogava um punhado sobre o altar, e o resto era
para os sacerdotes. Um dos sacerdotes punha então a mulher à porta que está em
frente do Tabernáculo, tirava-lhe o véu que tinha sobre a cabeça, escrevia o
nome de Deus em um pergaminho e a obrigava a declarar com juramento se havia
profanado a fidelidade conjugai. E ela acrescentava esta imprecação: se a
tivesse violado e o seu juramento fosse falso, que a sua coxa direita se
destrancasse no mesmo instante e o seu ventre se rasgasse e ela morresse assim
miseravelmente. Mas se, ao contrário, o marido, impelido somente pelo ciúme,
por excesso de amor, havia injustamente suspeitado dela, prouvesse a Deus
dar-lhe um filho dentro de dez meses.
Após esse juramento, o sacerdote mergulhava na água o
pergaminho sobre o qual havia escrito o nome de Deus. Depois que esse nome
ficava completamente apagado e diluído pela água, misturava a água com a poeira
do pavimento do Tabernáculo e dava a mistura para a mulher beber. Se fora
acusada injustamente, ela engravidaria e daria à luz em felicidade. Mas se, ao
contrário, era culpada de ter por falso juramento e por sua impudicícia faltado
à fidelidade a Deus e ao marido, morria com infâmia, da maneira que dissemos.
140. Essas foram as
leis que Moisés deu ao povo com relação aos sacrifícios e às purificações. Eis
ainda outras que ele também criou: proibiu absolutamente o adultério, pois
julgava que a felicidade do casamento consistia nessa pureza e naquela
fidelidade que o marido deve à mulher e a mulher ao marido e que importa à
República que os filhos sejam legítimos.
141. Levítico 18, 29
e 21. Moisés condenou como crime horrível o incesto cometido com a própria mãe,
ou madrasta, ou tia, tanto do lado paterno como do materno, ou irmã, ou nora.
Proibiu coabitar com a própria mulher enquanto ela estivesse nas suas
purgações. Condenou como crime abominável o coito com animais ou com rapazes e
ordenou para todos esses pecados a pena de morte.
142. Quanto aos
sacerdotes, quis que fossem muito mais castos que os outros, pois não somente
os obrigou a observar essas mesmas leis, mas lhes proibiu esposar mulher que
houvesse sido abandonada, ou escrava, ou alguma que tivesse sido hospedeira,
cabareteira ou repudiada, fosse qual fosse o motivo.
Acrescentou ainda, com relação ao sumo sacerdote, que ele
não podia, como os outros sacerdotes, desposar viúva, mas seria obrigado a
receber uma virgem e conservá-la. Proibiu-lhe ainda aproximar-se de algum
morto, embora fosse permitido aos outros aproximar-se de pais, mães, irmãos e
filhos mortos. Acrescentou, para todos, que fossem verdadeiros e muito sinceros
em todas as suas palavras e ações. Se entre os sacerdotes houvesse algum
defeito corporal, ser-lhe-ia permitido estar com os demais, mas não poderia
subir ao altar ou entrar no Templo. Eram obrigados a ser puros e castos não
somente quando celebravam o serviço divino, mas em todo o resto de sua vida.
Levítico 10. Quando usavam a veste sagrada,* conveniente ao
seu ministério, eram obrigados, além da pureza na qual deviam sempre viver, a
tal sobriedade que lhes era proibido beber vinho, e as vítimas que ofereciam
deviam ser de animais inteiros, sem mancha. Essas foram as leis que Moisés
outorgou no deserto e fez observar durante a sua vida. Instituiu ainda outras
para serem observadas no futuro, quando o povo estivesse de posse da terra de
Canaã.
143. Levítico 5. Moisés determinou que de sete em sete anos
a terra descansasse, sem ser cultivada. Não se plantaria nela coisa alguma, do
mesmo modo como havia ordenado que no sétimo dia o povo não trabalhasse. A isso
acrescentou que tudo o que a terra produzisse por si mesma no ano de descanso
seria comum a todos, mesmos aos estrangeiros, e não seria permitido a ninguém
guardar alguma coisa disso.
Quis também que a mesma coisa se observasse depois de sete
vezes sete anos e que no ano seguinte, que é o qüinquagésimo e Jubileu dos
hebreus, isto é, liberdade, os devedores ficassem livres de todas as suas
dívidas e os escravos fossem libertados. Entende-se serem estes todos os que
antes eram livres, mas foram reduzidos à escravidão em vez de serem condenados
à morte, como castigo por terem violado alguma lei. Essa lei determinava também
que as heranças voltariam aos seus antigos possessores, desta maneira: quando o
Jubileu se aproximasse, o vendedor e o comprador da herdade calculavam juntos o
que ela rendera e as despesas que haviam feito. Se a renda superasse as
despesas, o vendedor retomava a herdade, e se, ao contrário, as despesas
superassem a renda, o vendedor restituía o excesso, e a herdade voltava a ele.
No entanto, se a renda fosse igual às despesas, o antigo possessor retomava a
posse de sua herdade.
A mesma coisa se observava quanto às casas que estavam nas
cidades e nas aldeias rodeadas de muros: o vendedor podia voltar à sua casa,
dando o preço da alienação antes de o ano terminar. Mas se deixasse de o
entregar, o comprador estava confirmado na sua posse. Moisés recebeu todas essas
leis do próprio Deus, no monte Sinai, para dá-las ao povo, quando estavam
acampados aos pés do monte, e escreveu-as para serem observadas por aqueles que
viessem depois deles.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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Leitura
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