Estamos em Manutenção # We are in Maintenance Bem Vindos a Este Espaço # Welcome to This Space

2 de maio de 2018

História De Israel – Teologia 31.133 (Livro 12 Cap 3) FAVORES RECEBIDOS PELOS JUDEUS DOS REIS DA ÁSIA. ANTÍOCO, O GRANDE, CONTRAI ALIANÇA COM PTOLOMEU, REI DO EGITO, QUE LHE DÁ CLEÓPATRA, SUA FILHA, EM CASAMENTO E DIVERSAS PROVÍNCIAS COMO DOTE, ENTRE AS QUAIS AJUDÉIA. ONIAS, SUMO SACERDOTE, IRRITA O REI DO EGITO PELA RECUSA EM LHE PAGAR TRIBUTO.

História De Israel – Teologia 31.133

 
CAPÍTULO 3

FAVORES RECEBIDOS PELOS JUDEUS DOS REIS DA ÁSIA. ANTÍOCO, O
GRANDE, CONTRAI ALIANÇA COM PTOLOMEU, REI DO EGITO, QUE LHE DÁ
CLEÓPATRA, SUA FILHA, EM CASAMENTO E DIVERSAS PROVÍNCIAS COMO
DOTE, ENTRE AS QUAIS AJUDÉIA. ONIAS, SUMO SACERDOTE, IRRITA O REI
DO EGITO PELA RECUSA EM LHE PAGAR TRIBUTO.

455. Os reis da Ásia trataram também os judeus com grande honra, por causa das provas que estes, nas guerras, lhes davam de sua fidelidade e coragem. Seleuco, cognominado Nicanor, deu-lhes o direito de burguesia, tal como aos macedônios e aos gregos, em todas as cidades que construiu na Ásia, na Baixa Síria e mesmo em Antioquia, que é a capital. Eles desfrutam ainda hoje esse direito, pois, não querendo usar o óleo dos estrangeiros, os que têm o encargo do comércio são obrigados a dar-lhes uma certa soma de dinheiro no valor do óleo.
Os habitantes de Antioquia esforçaram-se, durante as últimas guerras, por abolir esse costume. Mas Múcio, governador da Síria, impediu-o. E esses mesmos habitantes e os de Alexandria não puderam obter dos imperadores Vespasiano e Tito que os privassem de seu direito de burguesia. Nisso os romanos, e particularmente esses dois grandes príncipes, mostraram a sua justiça e generosidade. As tribulações que sofreram nas guerras contra nós e o ressentimento pela nossa revolta não os persuadiram a tocar em nossos privilégios. Em vez de se deixarem levar pela cólera e pelas instâncias de dois povos tão importantes como o de Alexandria e o de Antioquia, eles tiveram mais consideração aos antigos méritos de nossa nação que às ofensas que dela receberam e ao desejo manifestado por nossos inimigos de nos maltratarem. E deram-lhes esta razão, digna deles: aqueles dentre nós que tomaram armas contra os romanos já haviam sido castigados por isso na mesma guerra, e não seria justo privar de um direito adquirido com justo título os que não os haviam ofendido.
Sabe-se também que Marco Agripa fez semelhante justiça aos judeus, quando os jônios instaram com ele para privá-los do direito de burguesia concedido por Antíoco, neto de Seleuco, ao qual os gregos dão o nome de Deus. Pois, se quisessem ser tratados como eles, então que adorassem os mesmos deuses. Esse assunto foi posto em deliberação, e os judeus, defendidos por Nicolau de Damasco, ganharam a causa, sendo-lhes permitido continuar a viver segundo as suas leis e costumes. O soberano declarou, até mesmo em favor dele próprio, que não era permitido fazer inovação alguma. Se alguém desejar saber mais particularmente como o assunto decorreu, terá apenas de ler os livros cento e vinte e três e cento e vinte e quatro desse historiador.
E verdade que não há motivo de admiração pelo juízo pronunciado por Agripa, pois não havíamos ainda tomado armas contra os romanos. Mas sem isso não saberíamos admirar o bastante a grandeza da coragem de Vespasiano e de Tito, os quais, depois de se haverem exposto a tantos perigos e dificuldades na guerra que sustentamos contra eles, em vez de se deixarem levar pelo ressentimento, procederam com tanta moderação e justiça. Devemos, porém, retomar agora o fio de nossa narração.
456. Durante o tempo em que Antíoco, o Grande, reinava na Ásia e fazia guerra a Ptolomeu Filopater, rei do Egito, e a seu filho, não ainda vencedor nem vencido, a Judéia e a Baixa Síria sofriam do mesmo modo e eram como um barco batido pelas ondas, pela boa ou má sorte desse príncipe. Mas, por fim, Antíoco, vitorioso, submeteu a judéia. Após a morte de Ptolomeu Filopater, Ptolomeu, seu filho, cognominado Epifânio, enviou contra a Síria um grande exército, sob o comando de Escopas, que se apoderou de várias cidades e pôs a nossa nação sob o domínio desse príncipe. Pouco tempo depois, Antíoco venceu Escopas numa grande batalha perto da nascente do Jordão e reconquistou a Síria e Samaria. Os judeus, então, entregaram-se inteiramente a ele, receberam o seu exército na cidade, alimentaram os seus elefantes e ajudaram as tropas que atacaram as guarnições deixadas por Escopas na fortaleza de Jerusalém.
Antíoco, para recompensá-los pela afeição que lhe haviam demonstrado, escreveu aos generais de seu exército e aos seus mais féis servidores, que disso sabiam, que resolvera gratificá-los. Transcreverei a cópia da carta, depois de dizer de que modo Políbio Megalopolitano fala dela no décimo sexto livro de sua história. Diz ele: "Escopas, general do exército de Ptolomeu, entrou no inverno pela parte superior do país e submeteu os judeus". Ele acrescenta pouco depois: "Quando Antíoco venceu Escopas, tornou-se senhor das cidades de Samaria, Gadara, Batanea e Aíla, e imediatamente os judeus que moram em Jerusalém, onde está o célebre Templo, abraçaram o seu partido". Estas são palavras do próprio historiador.
A carta de Antíoco, após a qual retomarei o fio da história, assim estava exarada: "O rei Antíoco, a Ptolomeu, saudação. Os judeus nos testemunharam grande afeto logo que penetramos no seu território. Eles vieram à nossa presença com os seus chefes, receberam-nos em sua cidade com toda espécie de honras, deram alimento às nossas tropas e aos nossos elefantes e uniram-se aos nossos contra a guarnição egípcia da fortaleza de Jerusalém. Cremos que é dever de nossa bondade manifestar-lhes a nossa gratidão. Assim, para lhes darmos os meios de repovoar a sua cidade, que tantos revezes tornaram deserta, e para lá reunir os anciãos esparsos por diversas nações, ordenamos o que segue. Primeiramente que, em favor da religião e por um sentimento de piedade lhes seja dada a importância de vinte mil peças de prata, para a compra de animais para os sacrifícios, e medidas de trigo recolhidas na província, para delas se tirar a flor da farinha, e trezentos e sessenta e cinco medidas de sal. Queremos também que lhes sejam fornecidos todos os artigos de que necessitarem para a reparação das portas e das outras dependências do Templo e que a madeira, que para esse fim será obtida da Judéia, das províncias vizinhas e do monte Líbano, não pague tributo, bem como todos os outros materiais de que tiverem necessidade para a reedificação do Templo. Permitimos também aos judeus viver segundo as suas leis e costumes e isentamos os seus governadores, sacerdotes, escribas e cantores do tributo ordenado por cabeça, do presente que costumavam oferecer ao rei — uma coroa de ouro — e de tudo o mais em geral. E, para que a cidade de Jerusalém possa ser mais rapidamente repovoada, isentamos também de todo tributo, durante três anos, todos os que nela residem agora e os que vierem habitá-la no mês de hiperbereteom. Diminuímo-lhes, para futuro, o terço de todos os tributos, em consideração às perdas que sofreram. Queremos ainda que todos os cidadãos que foram aprisionados e feitos escravos sejam postos em liberdade com seus filhos e restaurados em todos os seus bens".
O príncipe não se contentou em escrever essa carta, mas, para mostrar o seu respeito pelo Templo, fez um edito contendo o que segue: que jamais seria permitido a um estrangeiro lá penetrar sem o consentimento dos judeus, assim como ao judeu que não se tivesse purificado segundo o que a Lei determina; que não se levaria à cidade carne de cavalo, de mula ou de asno, quer domesticado, quer selvagem, de pantera, de raposa, de lebre ou de qualquer outro animal imundo que fosse proibido comer entre os judeus; que nem mesmo se levariam as suas peles e não se criaria nenhum deles, mas somente animais de que os seus antepassados estavam acostumados a se servir para os sacrifícios, sob pena de os contraventores pagarem uma multa de três mil dracmas de prata em favor dos sacerdotes.
O mesmo príncipe deu-nos ainda outra prova de seu afeto e da confiança que depositava em nós, pois, quando soube que havia rebelião na Frígia e na Lídia, escreveu a Zêuxis, que comandava o seu exército nas províncias superiores e era o mais querido de seus generais, que mandasse para a Frígia alguns dos judeus que moravam em Jerusalém.
Assim estava escrita a sua carta: "O rei Antíoco a Zêuxis, seu pai, saudação. Tendo sabido que alguns provocam rebelião na Frígia e na Lídia, julgamos que esse assunto merece a nossa atenção e cuidado. Depois de termos tratado disso em nosso conselho, julgamos conveniente mandar para lá, aos lugares onde seja mais necessário, uma guarnição de dois mil judeus dentre os que moram na Mesopotâmia e na Babilônia, porque a sua piedade para com Deus e as provas que os reis nossos prede-cessores receberam de seu afeto e de sua fidelidade nos dão motivo para crer que eles nos serão muito úteis. Assim, é nosso desejo que, não obstante todas as dificuldades, os encaminheis para lá. Que vivam segundo as suas leis e se lhes dêem espaço para construir e terras para cultivar e plantar vinhas, sem que sejam obrigados, durante dez anos, a contribuir com qualquer coisa dos frutos que colherem. Queremos também que lhes forneçais o trigo de que precisarem para viver até que tenham colhido o fruto de seu trabalho, a fim de que, depois de receberem tantas provas de nossa benevolência, nos sirvam ainda de melhor vontade. Recomendamos que tomeis grande cuidado deles, de modo que ninguém se atreva a lhes causar desprazer".
457.  Isso basta para mostrar o afeto de Antíoco, o Grande, pelos judeus. Esse príncipe fez aliança com Ptolomeu, rei do Egito, e deu-lhe Cleópatra, sua filha, em casamento. E, como dote, entregou-lhe a Baixa Síria, a Fenícia, a judéia e metade dos tributos de suas províncias, pagos pelos principais habitantes a esses dois reis, que entregavam a soma aos seus tesouros.
458.  Ao mesmo tempo, os samaritanos, que então eram poderosos, causaram muitos males aos judeus, quer por devastações no campo, quer por fazerem prisioneiros. Onias, filho de Simão, o justo, e sobrinho de Eleazar, havia sucedido no cargo de sumo sacerdote a Manasses, que o havia ocupado depois da morte de Eleazar. Onias era um homem de pouco Espírito e tão avaro que não queria pagar o tributo de vinte talentos de prata que seus predecessores estavam acostumados a pagar ao rei do Egito. Ptolomeu, cognominado Evérgete, pai de Filopater, ficou tão irritado com isso que mandou Ateniom, que desfrutava grande prestígio perante ele, a Jerusalém para ameaçá-lo de entregar o país ao saque de suas tropas se ele não cumprisse a obrigação. E ele foi o único dentre os judeus que não se atemorizou, pois seu amor pelo dinheiro o tornava insensível a tudo o mais.


Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada, 
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
.


0 Comentários :

Postar um comentário

Deus abençoe seu Comentario