História De Israel – Teologia 31.155
CAPÍTULO 6
ONIAS, FILHO DE ONIAS, SUMO SACERDOTE, CONSTRÓI NO EGITO UM
TEMPLO
SEMELHANTE AO DE JERUSALÉM. CONTESTAÇÃO ENTRE OS JUDEUS E OS
SAMARITANOS ANTE PTOLOMEU FILOMETER, REI DO EGITO, COM
RELAÇÃO AO
TEMPLOS DE JERUSALÉM E DE GERIZIM. OS SAMARITANOS PERDEM A
CAUSA.
504. Onias, filho de Onias, sumo sacerdote, que, como
dissemos, se retirara para Alexandria, a Ptolomeu Filometer, rei do Egito,
vendo que a Judéia fora destruída pelos macedônios e pelos seus reis, e
desejando eternizar-lhe a memória, escreveu ao rei e à rainha Cleópatra para
suplicar que lhe permitissem construir no Egito um templo semelhante ao de
Jerusalém e lá constituir sacerdotes e levitas de sua nação. Uma profecia de
Isaías, que havia predito, cem anos antes, que um judeu edificaria no Egito um
templo em honra ao Deus Todo-poderoso, fortaleceu ainda mais o seu desígnio.
Sua carta assim estava escrita: "Quando, com a ajuda de
Deus, prestei a vossa majestade grandes serviços na guerra, notei, passando
pela Baixa Síria, pela Fenícia e por Leontópolis, que é do governo de
Heliópolis, e por outros lugares, que os judeus lá haviam construído diversos
templos sem observar as regras necessárias para esse fim, o que causou entre
eles grande divergência. Os egípcios cometem a mesma falta, pela multidão de
templos e pela diversidade de seus sentimentos nas coisas da religião. Mas
encontrei em um castelo chamado Bubaste, o Selvagem, um lugar muito apropriado
para a construção de um templo, porque lá se encontram animais em abundância e
outras coisas próprias para os sacrifícios, e onde já existe um templo, meio
destruído e que não está consagrado a divindade alguma, cuja demolição, se
vossa majestade o permitir, poderá servir à construção de um outro, em honra ao
Deus Todo-poderoso, que será semelhante ao de Jerusalém e nele se rogará pela
prosperidade de vossas majestades e dos príncipes vossos filhos. Ele congregará
todos os judeus que moram no Egito, porque eles aí se reunirão para cantar
louvores a Deus, como o predisse profeta Isaías, nestas palavras: Haverá no
Egito um lugar consagrado a Deus (ao que ele acrescenta diversas coisas
referentes a esse lugar)".
O rei Ptolomeu e a rainha Cleópatra, a qual era ao mesmo
tempo sua mulher e irmã, mostraram a sua piedade em uma resposta cujos termos
lançavam sobre Onias todo o pecado, se houvesse naquilo transgressão à Lei. Eis
as palavras: "O rei Ptolomeu e a rainha Cleópatra a Onias, saudação. Vimos
por vossa carta o pedido que nos fazeis de permitir-vos reconstruir o templo em
rumas de Bubaste, o Selvagem, perto de Leontópolis, que é do governo de
Heliópolis, e temos dificuldades em crer que seja coisa agradável a Deus
consagrar-lhe um templo num lugar tão impuro e cheio de animais. Como nos
afirmais, todavia, que o profeta Isaías predisse há muito tempo que isso iria
acontecer, nós vô-lo permitimos, caso seja coisa que se possa fazer sem
desobedecer à vossa lei, pois não queremos absolutamente ofender a Deus".
Onias, depois dessa permissão, construiu um templo igual ao
de Jerusalém, contudo um pouco menor e não tão rico. Não lhe citarei as medidas
nem os vasos que foram consagrados, pois disso já falei no sétimo livro da
Guerra dos Judeus. Onias não teve dificuldade em encontrar entre os judeus
sacerdotes e levitas com os mesmos sentimentos para servirem naquele templo.
505. Suscitou-se por aquele mesmo tempo, em Alexandria, uma
tão grande questão entre os judeus e os samaritanos, os quais haviam, sob o
reinado de Alexandre, o Grande, construído um templo no monte Gerizim, que o
rei Ptolomeu desejou ser informado a esse respeito. Os judeus diziam que o
Templo de Jerusalém, tendo sido construído segundo as Leis de Moisés, era o
único que devia ser reverenciado. Os samaritanos, ao contrário, sustentavam que
o de Gerizim era o verdadeiro.
O soberano reuniu um grande conselho para decidir a questão,
e começou por dizer que os advogados que perdessem a causa seriam condenados à
morte. Sabeu e Teodósio falaram pelo samaritanos, e Andrônico, filho de
Messalam, pelo judeus e pelos de Jerusalém. Todos protestaram com juramento,
diante de Deus e do rei, que não trariam outras provas senão as da Escritura e
da Lei e rogaram ao soberano que mandasse matar aqueles que violassem o
juramento. Os judeus de Alexandria estavam muito aflitos por aqueles que
defendiam a sua causa e não podiam ver, sem extrema dor, que se pusesse em
dúvida o direito do mais antigo e augusto Templo do mundo.
Sabeu e Teodósio consentiram que Andrônico falasse primeiro,
e ele demonstrou, por meio de provas tiradas da Lei e pela série contínua dos
sumo sacerdotes, a santidade e a autoridade do Templo de Jerusalém. Provou-as
também pelos ricos e magníficos presentes que todos os reis da Ásia haviam
oferecido e pela honra que lhe prestaram, os quais não tinham, ao invés, nenhum
apreço pelo Templo de Gerizim. A isso ele acrescentou outras razões,
persuadindo o rei de tal modo que ele declarou que o Templo de Jerusalém era o
que realmente fora construído conforme as Leis de Moisés. E mandou matar Sabeu
e Teodósio.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
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