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26 de junho de 2018

História De Israel – Teologia 31.243 (Livro 17 Cap 11) ALGUNS JUDEUS QUE PEDIAM VINGANÇA PELA MORTE DE JUDAS E DE MATIAS, E DE OUTROS QUE HERODES TINHA FEITO QUEIMAR POR CAUSA DAQUELA ÁGUIA ARRANCADA DO PORTAL DO TEMPLO, SUSCITAM UMA REBELIÃO QUE OBRIGA ARQUELAU A MANDAR MATAR UNS TRÊS MIL.VAI DEPOIS A ROMA PARA FAZER-SE CONFIRMAR REI POR AUGUSTO E ANTIPAS, SEU IRMÃO, QUE TAMBÉM TINHA PRETENSÕES À COROA, VAI COM ELE. ESTA QUESTÃO É PLEITEADA PERANTE AUGUSTO.

História De Israel – Teologia 31.243

 
CAPÍTULO 11

ALGUNS JUDEUS QUE PEDIAM VINGANÇA PELA MORTE DE JUDAS E DE
MATIAS, E DE OUTROS QUE HERODES TINHA FEITO QUEIMAR POR CAUSA
DAQUELA ÁGUIA ARRANCADA DO PORTAL DO TEMPLO, SUSCITAM UMA
REBELIÃO QUE OBRIGA ARQUELAU A MANDAR MATAR UNS TRÊS MIL.VAI
DEPOIS A ROMA PARA FAZER-SE CONFIRMAR REI POR AUGUSTO E ANTIPAS,
SEU IRMÃO, QUE TAMBÉM TINHA PRETENSÕES À COROA, VAI COM ELE.
ESTA QUESTÃO É PLEITEADA PERANTE AUGUSTO.

745. No entanto, alguns judeus que só queriam perturbação e agitação, começaram a se reunir e a deplorar a cruel condenação de Matias e dos outros que tinham sido torturados, por causa daquela águia arrancada do portal do Templo. O temor que eles tinham de Herodes, os mantivera em silêncio, enquanto ele vivera; mas agora, depois da sua morte, eles se declaravam contra ele, como se os ultrajes que faziam à sua memória pudessem dar um alívio, no outro mundo, àqueles cuja morte lhes era muito sentida. Insistiram com Arqueiau que vingasse tão grande injustiça, a morte de alguns amigos de Herodes, que, diziam eles, haviam tido parte naquela execução e privasse do sumo sacerdócio àquele ao qual ele a havia dado, para honrar esse cargo com um homem virtuoso e digno dele. Embora Arqueiau, que se preparava para ir a Roma fazer-se confirmar rei por Augusto, ficasse muito irado com esse pedido, julgou dever procurar acalmar com a afabilidade, a tão grande tumulto. Mandou o principal oficial de suas tropas dizer aos sediciosos que eles não se deviam deixar levar a tal desejo de vingança, mas considerar que aquele castigo de que se queixavam tinha sido aplicado segundo as leis; que seu pedido feria sua autoridade, que o tempo não era próprio para semelhantes queixas, que eles deviam pensar em conservar a união e a paz, até que Augusto o tivesse confirmado na posse do reino e ele tivesse voltado de Roma; que então a tudo se haveria de dar providência, depois de madura ponderação e com o consentimento geral; mas que no momento, deviam ficar em paz e tranqüilos, sem se tornarem culpados do crime de uma revolta. Os sediciosos, porém, em vez de se acalmar, com essas ponderações, muito justas, mostraram com seus gritos que só se poderiam reduzir à obediência, com perigo de vida, porque a paixão que os fizera perder o respeito por seus superiores, os persuadia de que era coisa insuportável, não poder, mesmo depois da morte de Herodes, obter a vingança que pedia o sangue de seus amigos, que tão cruelmente haviam feito derramar. Eles não conheciam outra justiça, que não a que lhes pudesse dar aquela consolação, e o desejo de obtê-la não lhes permi-tia avaliar o perigo em que se metiam. Assim, em vez de se deixarem convencer pelas razões da parte do rei e de se conterem pelo respeito que lhe deviam, irritaram-se ainda mais e é fácil de se imaginar como a festa da Páscoa que estava próxima lhes aumentava o número, a sedição podia aumentar também. Porque não somente toda a Judéia soleniza essa ocorrência, com grande alegria e com inúmeras vítimas, mais que de costume, em memória da nossa libertação do Egito, mas uma multidão inumerável de judeus, que moram fora do reino, vêm por devoção a Jerusalém para assisti-la. Nesse tempo, esses rebeldes, que choravam a morte de Judas e de Matias, não se afastavam do Templo e não tinham vergonha de mendigar, para não serem obrigados a se afastar dali. O temor de Arquelau de que sua insolência fosse além fez com que mandasse um oficial com soldados para contê-los, antes que eles tivessem contaminado, com esse espírito de revolta, o resto do povo, ordenando-lhe que lhe trouxessem aqueles que ousassem resistir. Os rebeldes, vendo-os chegar, incitaram de tal modo o povo com seus gritos e com suas exortações a atacá-los, que eles se lançaram contra os mesmos e os mataram quase todos. Com dificuldade o oficial se pôde salvar, ferido, com o resto dos soldados; os sediciosos continuaram como antes, a celebração de seus sacrifícios. O rei, então, julgando que não podia deixar semelhante revolta impune, mandou contra eles todo o exército com ordem à cavalaria de matar os que saíssem do Templo para fugir, de impedir que os estrangeiros os socorressem. Assim, mataram três mil homens e o resto fugiu para os montes vizinhos. Mandou depois o soberano intimar que todos se retirassem; então o temor do perigo fez deixarem os sacrifícios àqueles que antes se mostravam tão atrevidos.
746. Depois que Arquelau reprimiu essa revolta como dissemos, deixou sua casa e o reino aos cuidados de Filipe, seu irmão e partiu para Roma; levou sua mãe, Nicolau, Ptolomeu e vários outros amigos. Salomé, sua tia, acompanhou-o também com toda a família e vários outros dos seus parentes fizeram o mesmo, com o pretexto de querer servi-lo para fazê-lo obter a confirmação do reino, mas na verdade, para obstaculá-lo e acusá-lo, dentre outras coisas, de ter feito matar tanta gente no Templo. Em Cesaréia ele encontrou Sabino, intendente de Augusto, na Síria, que partia para ir com urgência, à Judéia, a fim de conservar os tesouros deixados por Herodes. Mas Varo, ao qual Arquelau tinha mandado Ptolomeu, para esse fim, impediu-lhe a passagem. Sua consideração fez que em vez de se apoderar das fortalezas e de pôr o selo naqueles tesouros, ele deixasse tudo em poder de Arquelau até que o imperador tivesse determinado e ficou em Cesaréia. Mas depois quer Arquelau embarcou para Roma e que Varo partira, para voltar a Antioquia, ele foi a Jerusalém, alojou-se no palácio real e ordenou aos tesoureiros gerais que lhe prestassem contas e ordenou aos comandante das fortalezas da cidade que as entregassem a ele. Estes, que tinham ordens contrárias de Arquelau e que queriam conservar aquelas praças de guerra, até a sua volta, responderam que as conservariam para o imperador.
747.  Nesse mesmo tempo, Antipas, um dos filhos de Herodes, foi também a Roma a conselho de Salomé, com o fim de obter o reino, em vez de Arqueiau, pois tinha sido nomeado por Herodes, para seu sucessor no testamento precedente, que, ele pretendia, tivesse mais valor que o primeiro. Levou consigo sua mãe e Ptolomeu, irmão de Nicolau, que tinha sido o maior amigo de Herodes e que era do seu partido; Irineu, homem mui eloqüente e que tinha durante vários anos se ocupado, por determinação do rei, seu pai, dos negócios do reino, mais que todos lhe infundira na idéia aquela pretensão, tanto que ele não quisera escutar os que o aconselhavam a ceder a Arqueiau, como sendo o mais velho e indicado pelo rei, como uma das suas últimas disposições. Quando Antipas chegou a Roma, todos os seus parentes uniram-se a ele, não tanto pelo afeto, como pelo ódio que tinham a Arqueiau e pelo desejo de gozar de uma espécie de liberdade, estando sujeitos somente aos romanos: ou pelo menos, com a esperança, de que, se aquele projeto desse resultado, encontrassem menos rigor e severidade sob o governo de Antipas do que sob o do seu irmão; Sabino escreveu a Augusto contra Arqueiau.
748. Arqueiau, então, para defender seu direito, fez apresentar ao imperador um memorial, que continha suas razões. Depois que Augusto leu estes memoriais, que viu as cartas que Varo e Sabino lhe haviam escrito e que teve conhecimento de a quanto montavam as rendas da Judéia, reuniu um grande conselho de seus maiores amigos, do qual deu a presidência a Caio César, filho de Agripa e de Júlia, sua filha, que ele tinha adotado. Em seguida deu audiência aos dois pretendentes. Antípatro, filho de Salomé, que era muito eloqüente e inimigo mortal de Arqueiau, começou por primeiro e disse: que era apenas por formalidade que Arqueiau disputava o reino, pois, sem esperar qual seria a esse respeito a vontade do imperador, ele se tinha apoderado dele, fazendo matar num dia de festa, um número tão grande de judeus. Que era verdade que eles bem o haviam merecido, mas somente poderia castigá-los, aquele que tinha o legítimo poder. Se ele o havia atribuído a si mesmo, como rei, sem esperar a confirmação do imperador, ele o havia ofendido muito e era ainda mais culpado; e assim não podia esperar ser por ele honrado com uma coroa, depois de ter mostrado que não considerava que ele tinha o direito de lha dar. Acusou em seguida a Arqueiau de ter com sua autoridade particular mudado vários oficiais do exército; de se ter sentado no trono e de aí ter, na qualidade de rei, ouvido várias causas, dando a sentença a várias delas, de ter concedido ao povo favores que ele lhe havia pedido, de ter libertado aqueles que seu pai tinha encerrado no hipódromo e por fim, de ter feito tudo o que teria podido fazer, depois de ter sido confirmado rei pelo imperador. Citou ainda várias outras coisas, umas, verdadeiras, outras, que a ambição de um homem ainda jovem e recém-elevado ao sumo sacerdócio tornava verossímeis. Acrescentou que Arqueiau tinha sentido tão pouco a morte de Herodes, que tinha na noite seguinte dado um banquete, que teria podido causar uma rebelião, tanto horror o povo sentira por vê-lo insensível às últimas obrigações, que ele devia ao próprio pai; e como um ator de teatro que desempenha diversos papéis, ele, durante o dia, parecia chorar, mas passara a noite no meio dos prazeres a que os reis se podem dar. Como se pode considerar um crime, cantar e regozijar-se depois da morte de um pai, como se fosse a morte de um inimigo, o imperador podia julgar da satisfação que poderia ter um homem de tão mau gênio, se consentisse em seu pedido e que era estranho que ele ousasse comparecer diante dele, para ser confirmado no reino, depois de ter agido em tantas coisas, como se já fosse rei. Antípatro insistiu em seguida, sobre aquele horrível assassínio, tão ímpio, cometido no Templo, onde num dia de festa se haviam visto estrangular como vítimas, não somente cidadãos, mas também estrangeiros e aquele lugar santo, repleto de cadáveres, por ordem, não de um príncipe inimigo e de outra nação, mas daquele que se servia do nome tão venerável de rei legítimo, para satisfazer à sua tirânica paixão e exercer toda espécie de crueldade. Herodes também, que conhecia as suas más inclinações, tinha pensado tão pouco, enquanto ainda tinha saúde, em deixar-lhe o reino que ele havia, no seu testemunho precedente, o qual tinha muito mais valor que o segundo, escolhido Antipas para seu sucessor, cujos costumes eram tão opostos aos de Arqueiau a tomado aquela deliberação, num tempo em que não se podia dizer, como depois, que seu espírito tinha morrido antes de seu corpo, mas quando as forças de um e de outro, ainda estavam todas completas e inteiras. Que quando mesmo fosse verdade que Herodes tinha desde então os mesmos sentimentos que demonstrou no seu último testamento, Arqueiau não havia mostrado que rei seria, desprezando a coroa das mãos do imperador e fazendo massacrar no Templo tantos cidadãos, quando ele mesmo ainda era um simples cidadão. Antípatro assim terminou seu discurso e tomou como testemunhas da verdade do que ele tinha dito vários dos parentes desses dois príncipes.
Nicolau disse, ao contrário, para defender a causa de Arqueiau, que não se devia atribuir aquele sangue derramado perto do Templo, senão à insolência e teimosia dos rebeldes, que haviam obrigado Arqueiau a usar da força para contê-los; que ainda que parecesse que se revoltaram somente contra ele, era claro que o faziam também contra o imperador, pois, sem temer violar o direito das gentes, nem ter por Deus, respeito algum, na solenidade de tão grandiosa festa, tinham matado os que Arqueiau havia mandado, para apaziguar o tumulto e que Antípatro devia ter vergonha de se ter deixado levar de tal modo por sua paixão contra Arqueiau, atrevendo-se a desculpar àqueles rebeldes, em vez de reconhecer que os únicos culpados haviam sido os que foram mortos, pois, por primeiro haviam atacado os outros e os haviam obrigado a se servir das armas contra eles, quando as tinham consigo apenas para a própria defesa. Nicolau atirou do mesmo modo sobre os acusadores todas as outras coisas alegadas contra Arqueiau, dizendo que tudo ele havia feito, por sua opinião e que elas não eram como eles as tinham apresentado, pelo seu desejo ardente e injusto de prejudicar o príncipe, seu parente, cujo pai, não somente lhes havia feito tantos benefícios, mas que ele mesmo lhes havia sempre prestado muito bons serviços. Com relação ao testamento de Herodes, disse que ele tinha a mente muito sã e muito livre, quando o fizera; que as últimas são as que devem merecer toda a atenção e que o seu devia ser tanto mais válido, pois dele tinha feito o imperador senhor absoluto, deixando a ele que resolvesse como melhor lhe aprouvesse. Que ele tinha certeza de que esse grande príncipe não agiria como aqueles, que tendo recebido tantos benefícios de Herodes, esforçavam-se por subverter suas últimas disposições mas que ele teria prazer em confirmar o testamento de um rei seu amigo e aliado, pois havia uma extrema diferença entre a malícia dos inimigos de Arqueiau e a virtude e a boa-fé do imperador, que sem dúvida jamais se persuadiria de que um homem, que tinha com tanta prudência submetido todas as coisas à sua vontade, tivesse a mente turbada, quando escolhera para sucessor um de seus filhos, cheio de probidade, e que esperava somente a bondade do imperador, para ser mantido no reino que havia deixado.
Quando Nicolau terminou este discurso, Arqueiau lançou-se de joelhos diante de Augusto. Ele o ergueu, com grande afabilidade e disse-lhe, que o julgava digno de reinar e que estava disposto a nada fazer que lhe fosse prejudicial e conforme ao testamento de seu pai. Assim, tendo dado a Arqueiau ou se o dividiria entre os filhos de Herodes, que tinham recorrido a ele, como tudo podendo esperar, do seu afeto por eles.


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