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2 de agosto de 2013

Antropologia - Teologia 03.20 - Modelos de mitos cosmogônicos

Antropologia - Teologia 03.20



3.2 Modelos de mitos cosmogônicos 

Apesar de sua diversidade, as concepções míticas da origem do mundo recorrem, de modo geral, a dois modelos básicos. 

Criação por um ser supremo. 
Os estudiosos do século XIX pensavam que o tema da criação por um ser supremo era inerente a um estágio cultural avançado. 
Pesquisas posteriores, no entanto, observaram essa crença entre povos primitivos da África, ilhas do norte do Japão, América, Austrália central e em muitas outras partes do mundo. 

A natureza desse ser supremo, que freqüentemente é acompanhado de algum outro, hierarquicamente inferior, difere de cultura para cultura. 
A criação se realiza mediante seu pensamento, sua palavra - como na Bíblia e no Popol Vuh - e, às vezes, com certo sentido de emanação, com seu calor e suor. 
Todos esses mitos, porém, possuem características comuns:

(a) o ser supremo é onisciente e todo-poderoso;
(b) o ato de criação é consciente, deliberado, planejado e livre, já que a divindade não fica vinculada à criação;
(c) a divindade desaparece até que se produza algum acontecimento catastrófico;
(d) a criação é um paraíso que se desfaz por causa de um pecado.


Nas concepções míticas sobre a criação por um ser supremo não cabe, no entanto, falar de criação a partir "do nada" no sentido filosófico e religioso da expressão. 
Supõe-se nelas uma matéria - geralmente o oceano ou as águas primeiras, consideradas como o caos - a partir da qual se realiza a criação. 

Criação por divisão de uma matéria primordial. 
O segundo modelo de mito cosmogônico corresponde àqueles que, mesmo apresentando certas similitudes com os anteriores, já que podem confundir-se com um deus ou ser supremo, são resultados de toda a ênfase na própria energia interna da matéria, em manifestações como um caos amorfo, um ovo primevo ou um primeiro casal. 
Um mito dos dogôs, povo da África ocidental, narra que o ser divino criou, originalmente, um ovo em que havia dois gêmeos. 
Um destes, fugindo com parte da substância existente para produzi-lo e criá-lo, resultou imperfeito. 
Nesse tipo de mito o ovo representa a androginia - macho e fêmea - , a perfeita totalidade, que se desfaz com a separação dos gêmeos. 
Os maoris das ilhas da Oceania acreditavam que de início o céu e a Terra estavam estreitamente ligados e seus filhos, oprimidos pela escuridão, cortaram os tendões que os uniam, fazendo o céu afastar-se, com o que a luz entrou. 
Uma variação desses mitos seria a criação por desmembramento de um gigante, que simboliza a matéria. 
A esse modelo deve corresponder o sacrifício de Purusha, narrado no Rig Veda hindu: de sua cabeça saiu o Sol, de seus pés a Terra, de sua consciência a Lua, de sua respiração o vento. 


Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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