Antropologia - Teologia 03.09
1.1.6. Abordagem antropológica
A classificação
dos seres vivos proposta por Lineu e George-Louis Leclerc Buffon, no século
XVIII, permitiu pela primeira vez integrar o homem numa série zoológica e
estudá-lo pelo método das ciências naturais.
A espécie Homo sapiens faz parte
do gênero Homo, o que deixa aberta a possibilidade de existência de outras
espécies. O próprio gênero Homo pertence à família dos hominídeos, à ordem dos
primatas, à classe dos mamíferos, ao subfilo dos vertebrados e ao filo dos
cordados.
Dentro da espécie,
--pode-se distinguir os grupos (negro, branco,
pigmeu etc.)
--e dentro de cada grupo as raças (nórdica, alpina, australiana
etc.),
--depois as sub-raças, os tipos etc.
A classificação do
homem a partir do modelo zoológico introduziu o conceito diferencial de raça e,
ao mesmo tempo, tornou possível definir a espécie por outros aspectos que não a
racionalidade.
Homo sapiens não é necessariamente sinônimo de animal racional.
Os critérios anatômicos e fisiológicos é que foram considerados com maior rigor
para a diferenciação da espécie.
A antropologia preocupou-se também com os
problemas da origem e da filiação da espécie.
O Homo sapiens não é senão o elo
atual de uma ou várias longas cadeias de ancestrais hominídeos e pré-hominídeos
e talvez símios.
Mas a reação à
taxionomia positivista acabou por impor um modelo que, sem desprezar os traços
anatomo-fisiológicos, restituiu à antropologia geral as dimensões mentais do
homem -- psicológicas, culturais etc.
Outra contribuição ao aprofundamento da perspectiva
antropológica foi o estudo da herança cultural.
Em muitos aspectos, é ela que
permite ao homem moldar uma vida adaptada à variedade de ambientes naturais e
possibilita, dentro das limitações ambientais, tipos de vida que tanto podem
resultar de uma escolha como de uma determinação psicológica interna. A herança
cultural é a transmissão das características culturais pelo ensino e
aprendizagem.
A cultura se transmite sob forma de padrões explícitos e
implícitos de comportamento e em suas materializações.
O homem é, portanto, um
animal portador de cultura, seja pelo domínio da linguagem, seja pelos padrões
de organização familiar, pelo uso de ferramentas, enfim, pelo controle de um
vasto domínio de conhecimento empírico e pela presença de elementos de ordem
simbólica, como tabus, mitos, rituais religiosos etc.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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