Durante mais de
dois mil anos, os judeus tiveram o encargo de preservarem as suas Escrituras
Sagradas, e devemos dizer que eles foram extremamente zelosos em conservar-lhes
a pureza original.
Nenhum esforço e sacrifício mesmo foram poupados para que o
sagrado texto fosse mantido incorruptível.
A isto deve-se adicionar que, por
mais de uma vez, as Sagradas Escrituras estiveram em grande perigo. Antíoco
Epifânio (cerca de 167 a .C.)
queimou todas as cópias de manuscritos que pode encontrar.
Durante o terrível
cerco de Jerusalém pelos romanos, em 70 a .D., muitos outros foram também destruídos.
Não obstante o zelo e cuidado na conservação e pureza do texto, admite-se que
alguns erros tivessem sido cometidos na transcrição dos manuscritos antes da
época de Esdras e seus escribas.
Como se sabe, os manuscritos antigos eram
copiados à mão e não haveria cuidado que bastasse para evitar um ou outro erro.
Todavia, podemos dizer que nenhum manuscrito clássico apresenta a pureza que
nos dão os manuscritos sagrados.
Sabemos que os manuscritos, depois de
copiados, eram submetidos a uma revisão rigorosa, para os escoimar de qualquer
engano intencional.
O manuscrito completo mais antigo que possuímos da Bíblia
hebraica data do ano 1000 a .C.
mais ou menos, mas alguns dos manuscritos que possuímos são do século quarto da
nossa era, escritos em
grego.
Recentemente, foi descoberto um manuscrito
completo de Isaías em hebraico, cuja data está sendo fixada entre 200 a .C. e 100 a .C.
O texto
Massorético moderno, com as suas muitíssimas e variadas citações e diferentes
leituras, tudo isto posto à margem, é uma indicação da necessidade da crítica
textual do V. Testamento. S. Baer e Franz Delitzch, de tempo em tempo e por
mais de vinte anos, publicaram, em parte, uma edição do texto Massorético e C.
D. Ginsburg é o autor de uma publicação completa do mesmo texto.Kittel, por sua
vez, publicou uma edição completa da Bíblia hebraica.
As notas de rodapé que
ele apresentou falam bastante do estado do antigo texto nas versões antigas e
sobre as opiniões dos críticos modernos.
Esta e a melhor edição da Bíblia
hebraica para estudo crítico.
Os antigos hebreus escreviam sem vogais.
Este era o
texto usado nas sinagogas, em forma de rolos. Mais ou menos no sexto século
A.D. (acreditam alguns que fosse no oitavo), o atual sistema de pontuação do
texto, chamado de vogais, foi inventado pelos escribas Massoretas, e as cópias
das Escrituras, desde essa época, vêm todas acompanhadas dessa pontuação. As
Bíblias hebraicas modernas seguem o sistema palestínico de pontuação, usando
vogais ou pontos acima das letras, no centro e embaixo.
O sistema babilônico
era superlinear.
A ausência de vogais deu margem a muita ambigüidade, depois
que o hebraico deixou de ser língua falada, e por isso mesmo foram inventados
estes sinais.
A Septuaginta oferece-nos bastantes evidências de que o texto era
lido e entendido de modos diferentes, ao tempo em que foi feita (cerca de 280 a .C).
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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