História Da Igreja - Teologia
30.52
CAPÍTULO 8
A EXCOMUNHÃO DE LUTERO
Aquela manhã iria mudar muitas coisas
na vida de Lutero, o papa Leão X o intimou a comparecer em Roma, Lutero não se
abalou no entanto Frederico o
eleitor da Saxônia não permitiu que
ele fosse por temer por sua vida.
O apoio dos nobres foi muito
importante para a reforma, como vimos anteriormente estes já estavam cansados
de ter que obedecer a Roma sob liderança
do papa, declararam então que o caso
seria resolvido na própria Alemanha. As tentativas do papa em persuadir Lutero
a se retratar de suas idéias e pregações foram em vão já que mandava
constantemente clérigos de Roma para debaterem com ele. Em 1519 é chamado para
um debate na cidade de Leipzig contra Eck onde afirmou suas convicções
declarando que o papa não possuía a autoridade divina e que suas decisões eram
falíveis, isso marcaria o rompimento definitivo de Lutero com a igreja católica
. Ao invés de se calar Lutero escreveu três obras de grande importância sendo
elas “Apelo à Nobreza Germânica”
(contra a hierarquia romana), “O Cativeiro Babilônico” (contra o sistema
sacramental de Roma) e “Sobre a Liberdade do Homem Cristão” (afirmando o Sacerdócio
de todos os crentes). Em 1520 revelar‐se
como um líder nacional em prol da Alemanha, seu livro “apelo à Nobreza
Germânica” desencadeou um espírito nacionalista, causando a emissão da bula
papal “Exsurge domini” que o ameaçava de excomunhão, esta declarava
que Lutero e os seguidores de seus
ensinos deveriam retratar‐se de suas “heresias”.
A resposta de Lutero foi dada no dia
10 de dezembro de 1520 quando Phillip melanchton convidou todos os estudantes
da universidade a assistirem a queima da bula papal em praça pública juntamente
com os livros de direitos canônicos da Igreja.
Tudo chegara ao limite, o rompimento
de Lutero e a indignação do papa fizeram com que em Janeiro de 1521 Lutero
fosse intimado a comparecer em
Worms para ser julgado por um
tribunal secular, no entanto o imperador Carlos V não pode permitir devido
grande apoio que Lutero recebia dos príncipes
por isso convocou uma assembléia
chamada “Dieta de Worms”.
Foi levado a Worms e no dia seguinte
uma comitiva formada pelo delegado do papa, seis eleitores do império, vinte e
cinco duques, oito margraves, trinta cardeais e bispos, sete embaixadores, os
deputados das dez cidade do império e muitos condes, príncipes e barões. Diante
dos lideres da igreja, do imperador e do papa foi pressionado retratar‐se porém respondeu:
“A não ser que alguém me convença
pelo testemunho da Escritura Sagrada ou com razões decisivas, não posso
retratar‐me. Pois não creio nem na infalibilidade do papa, nem na dos
concílios, porque é manifesto que freqüentemente se tem equivocado e contradito.
Fui vencido pelos argumentos bíblicos que acabo de citar e minha consciência
está presa na Palavra de Deus. Não posso e não quero revogar, porque é perigoso
e não é certo agir contra sua própria consciência. Que Deus me ajude. Amém.”
Os debates duraram dois dias. Era
noite de 14 de Abril de 1521, e Lutero foi considerado herege e excomungado da
igreja. Sua execução só não foi imediata devido a proteção dada pelo príncipe
da Saxônia que simulando um seqüestro o escondeu no castelo de Wartburgo,
adotando o nome de Cavaleiro Jorge se escondeu o tempo suficiente para traduzir
o novo testamento em apenas três meses, dando origem ao alemão como língua
nacional.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
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