História De Israel – Teologia 31.68
CAPÍTULO 9
SAMUEL PREDIZ A SAUL QUE DEUS PASSARÁ O REINO A OUTRA FAMÍLIA.
MATA AGAGUE, REI DOS AMALEQUITAS, E CONSAGRA DAVI COMO REI.
SAUL, AGITADO POR UM DEMÔNIO, MANDA CHAMAR
DAVI, PARA QUE ESTE O ALIVIE CANTANDO E TOCANDO HARPA.
233. Saul segurou Samuel pelo manto, para impedi-lo de sair.
Por causa da resistência de Samuel, o manto rasgou-se. Disse-lhe então o
profeta: "Vosso reino também será dividido e passará para a um homem de
bem, porque Deus não se assemelha aos homens. Ele é imutável em suas
determinações". Saul confessou novamente que havia pecado, mas o que havia
sido feito não podia mais deixar de ser, e por isso rogava que concordasse em
pelo menos adorar a Deus com ele na presença de todo o povo. Samuel consentiu
no pedido. Trouxeram-lhe imediatamente o rei Agague, e este queixou-se de que a
morte que lhe queriam fazer sofrer era muito cruel. O profeta porém, disse-lhe:
"Vós também obrigastes tantas mães israelitas a chorar a morte de seus
filhos. É justo que a vossa morte faça também chorar a vossa mãe". Depois
de assim falar, mandou matá-lo e voltou a Rama.
234. Então Saul abriu os olhos e compreendeu a infelicidade
em que havia caído, ofendendo a Deus. Foi para o palácio real, em Geba (que
significa "colina"), e depois daquele dia não viu mais Samuel. O
santo profeta, por seu lado, não podia deixar de lastimá-lo e de chorar por
esse motivo. Deus então disse-lhe que se consolasse e tomasse o óleo para ir a
Belém, à casa de Jessé, filho de Obede, consagrar rei aquele que dentre os seus
filhos Ele indicasse. Samuel respondeu que se Saul o soubesse mandaria matá-lo,
mas Deus lhe disse que nada temesse. Assim, ele foi a Belém, onde o receberam
com alegria, e todos perguntavam o motivo de sua vinda. Ele respondia que era
para oferecer um sacrifício.
Depois de oferecê-lo, pediu a Jessé que viesse cear com ele
e trouxesse também o seu filho. Ele veio com o mais velho, de nome Eliabe, que
era muito alto e de boa aparência. Samuel, vendo-o tão bem-apessoado, julgou
que Deus escolhera aquele para rei. Porém conhecia mal a intenção dEle, pois,
tendo-o consultado para saber se deveria derramar o óleo sobre o moço, que lhe
parecia digno de reinar, Ele respondeu-lhe: "Eu não penso como os homens.
Por verdes que esse é muito belo, vós o julgais digno de reinar. Não é a beleza
do corpo que considero para dar uma coroa, mas apenas a da alma, cujos
ornamentos são a piedade, a justiça, a generosidade e a obediência". O
profeta, após essa resposta, disse a Jessé que mandasse buscar todos os seus
filhos. Vieram outros cinco: Abinadabe, Samá, Natanael, Rael e Asam, não menos belos
que o mais velho. Samuel perguntou a Deus qual deles deveria ser sagrado rei, e
Ele respondeu-lhe: "Não consagrareis nenhum deles".
Então Samuel perguntou se Jessé tinha ainda algum outro
filho. Ele respondeu-lhe: "Tenho ainda um, de nome Davi, que guarda os
meus rebanhos". Disse-lhe que o mandasse chamar, porque era justo que
tomasse parte no banquete com os irmãos. Ele veio: era loiro, muito belo, bem
feito de corpo e tinha algo de marcial em seu porte. O profeta disse baixinho
ao pai: "Foi este que Deus escolheu para ser rei". Fez o moço
sentar-se junto dele e, mais abaixo, o pai e os irmãos. Derramou óleo sobre a
cabeça dele e disse-lhe ao ouvido que Deus o escolhera para ser rei e por isso
ele deveria amar a justiça e observar religiosamente os seus mandamentos, assim
o seu reino teria longa duração, e a sua posteridade seria também muito
ilustre. Ele venceria não somente os filisteus, mas todas as outras nações às
quais fizesse guerra, e a sua memória seria imortal. Samuel regressou depois
dessas palavras, e o Espírito de Deus passou de Saul para Davi, o qual começou
a profetizar.
235. Saul, ao contrário, foi tomado por um espírito mau, que
parecia querer esganá-lo a todo instante. Os médicos não encontraram outro
remédio para esse mal a não ser mandar algum músico competente cantar hinos
sagrados, ao som de harpa, quando o demônio o agitasse. Procuraram por toda
parte e disseram-lhe que somente uma pessoa poderia fazê-lo: um dos filhos de
]essé, de nome Davi, que era não somente excelente músico, mas também muito
belo e capaz de servi-lo na guerra. Saul mandou então dizer ao pai de Davi que
o dispensasse do encargo de vigiar os rebanhos e o mandasse, porque lhe haviam
dito muitas coisas dele, e queria vê-lo. Jessé mandou-o logo a Saul, com vários
presentes, e este o recebeu muito bem: deu-lhe um lugar como soldado e tratou-o
bondosamente em tudo. Além de ser muito agradável ao rei, somente ele, com os
seus cânticos e com o som de sua harpa, podia acalmá-lo e trazê-lo a bons
sentimentos. Assim, Saul pediu a Jessé que o deixasse ficar, pois estava muito
contente com a sua companhia.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
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