História De Israel – Teologia 31.70
CAPÍTULO 11
DAVI MATA GOLIAS. O EXÉRCITO DOS FILISTEUS FOGE, E SAUL FAZ
ENORME CARNIFICINA. O REI SENTE INVEJA DE DAVI E, PARA VENCÊ-LA, PROMETE-LHE
MICAL, SUA FILHA, EM CASAMENTO, COM A CONDIÇÃO DE QUE ELE LHE TRAGA OS
PREPÚCIOS DE CEM FILISTEUS. DAVI ACEITA E FAZ O QUE ELE DESEJA.
237. Davi, por quem
Deus combatia de maneira invisível, avançou corajosamente contra Golias, tirou
uma pedra da sacola, colocou-a na funda e lançou-a com tal rapidez que ela,
atingindo o gigante no meio da testa, penetrou-lhe a cabeça e o fez cair morto,
com o rosto em terra. O vencedor logo correu a ele e, como não tinha espada,
serviu-se da do próprio gigante para cortar-lhe a cabeça.
O mesmo golpe que fez esse orgulhoso filisteu perder a vida
infundiu tal terror no ânimo de todos os outros que eles, não ousando tentar a
sorte em uma batalha após verem cair diante dos próprios olhos aquele no qual
punham toda a sua confiança, deliberaram fugir. Os israelitas perseguiram-nos
com grandes gritos de alegria até a fronteira de Gate e, às portas de Ascalom,
mataram uns trinta mil e feriram duas vezes esse tanto. Voltaram para saquear o
acampamento, ao qual puseram fogo depois de havê-lo devastado inteiramente.
Davi levou a cabeça de Golias e consagrou a Deus a sua espada.
238. Quando Saul
voltou, triunfante, multidões de mulheres e de moças vieram ao seu encontro,
cantando ao som de trombetas e de címbalos, para manifestar a sua alegria por
tão importante vitória. As mulheres diziam que Saul havia matado mais de mil, e
as moças, que Davi matara mais de dez mil. Palavras tão elogiosas a Davi
causaram tanta inveja a Saul que ele pensou que, depois de tantos louvores, só
lhe faltava mesmo o nome de rei. Começou então a temê-lo e a julgar que não
teria mais segurança se o conservasse junto de si. Assim, com o pretexto de
agradecer-lhe, mas na realidade pretendendo afastá-lo e eliminá-lo, deu-lhe mil
homens para comandar, julgando que não seria difícil ele perecer num cargo em
que estaria exposto a muitos perigos.
Deus, todavia, não abandonava Davi, e ele saiu-se tão bem em
todos os seus empreendimentos que o seu extraordinário valor lhe granjeou uma
estima geral. E Mical, uma das filhas de Saul que ainda não estava casada,
ficou tão enamorada dele que a sua paixão não passou desapercebida nem mesmo ao
rei, seu pai. Saul, em vez de se aborrecer, ficou contente, imaginando ali uma
oportunidade para eliminar Davi. Respondeu aos que lhe comunicaram o fato que
daria a Davi, de muito boa vontade, a princesa em casamento. Ele raciocinava
assim: "Eu lhe direi que desejo que ele me traga, em troca dessa honra, os
prepucios de cem filisteus. Estou certo de que, sendo tão valente e generoso,
aceitará com alegria essa condição porque, quanto mais perigosa, tanto maior
glória lhe proporcionará. E, não havendo risco ao qual ele não se exponha,
desfaço-me dele sem que de nada me possam censurar".
Depois de tomar essa resolução, deu ordem para sondarem os
sentimentos de Davi com relação ao casamento. Os encarregados da missão
disseram a Davi que o rei tinha tanta afeição a ele e via com tanto prazer a
estima que o povo lhe devotava que queria dar-lhe em casamento a princesa, sua
filha. Ele respondeu-lhes: "Se não compreendeis qual a honra de ser genro
do rei, então não me pareço convosco, pois não tenho dificuldade alguma em
compreendê-lo e em constatar quão grande é a desproporção entre uma condição
tão elevada e a humildade de meu nascimento".
Foram aqueles homens relatar a Saul as palavras de Davi, e o
rei mandou-os de volta, para dizer que não se incomodava que Davi não fosse
rico e não pudesse oferecer à sua filha grandes presentes, pois não pretendia
vendê-la, mas dá-la; que lhe era suficiente encontrar no genro um valor
extraordinário, acompanhado de todas as outras virtudes que nele havia
constatado; que não lhe pedia outra coisa senão uma guerra mortal aos filisteus
e que lhe trouxesse os prepucios de cem deles; que aquele seria o maior e o
mais agradável dos presentes que Davi poderia oferecer a ele e à filha, pois
não era de condição a receber somente dádivas comuns; e que não podia fazer uma
escolha mais digna dela que lhe dar por marido um homem que triunfara dos
inimigos de seu pai e de sua pátria.
Julgando Davi que Saul agia sinceramente, não pôs dificuldade
em realizar aquela empresa. Aceitou com alegria aquela condição e, para
cumpri-la, atacou imediatamente os inimigos, juntamente com os homens que
comandava. Deus ajudou-o nessa ocasião, bem como em todas as outras, e ele pôde
matar um grande número de filisteus. Levou ao rei duzentos prepucios, cem a
mais do que ele exigira, é pédíti-lhe que cumprisse a sua promessa.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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