Antropologia - Teologia 03.58
6.4 Funções respectivas do Corpo, Alma e Espírito
6.4 Funções respectivas do Corpo, Alma e Espírito
É através do corpo físico que o homem entra em contato com o mundo material.
Portanto, podemos
classificar o corpo como aquela parte que nos dá consciência do mundo.
A alma
inclui o intelecto, que nos ajuda no presente estado de existência e as
emoções, que procedem dos sentidos.
Visto que a alma pertence ao próprio ego do
homem e revela sua personalidade, ela é denominada a parte de autoconsciência.
O espírito é aquela parte pela qual nós temos comunhão com Deus e somente pela
qual podemos compreendê-Lo e adorá-Lo.
Por indicar nosso relacionamento com
Deus, o espírito é denominado o elemento da consciência de Deus.
Deus habita no
espírito, o eu habita na alma, enquanto que os sentidos habitam no corpo.
Conforme já
mencionamos, a alma é o ponto de encontro do espírito e corpo, porque lá eles
são unidos. Por meio do seu espírito, o homem mantém comunicação com o mundo
espiritual e com o Espírito de Deus, ambos recebendo e expressando o poder e
vida da esfera espiritual.
Através do seu corpo o homem está em contato com o
mundo exterior e sensual, afetando-o e sendo afetado por ele.
A alma permanece
entre esses dois mundos e ainda pertence a ambos.
Ela está ligada ao mundo
espiritual, através do espírito, e ao mundo material, através do corpo.
Ela
possui também, o poder do livre arbítrio, sendo, por isso, capaz de escolher
dentro do seu meio ambiente.
O espírito não pode atuar diretamente sobre o
corpo.
Ele precisa de um intermediário, e este intermediário é a alma,
produzida pelo contato do espírito com o corpo.
Portanto, a alma fica entre o
espírito e o corpo, unindo-os.
O espírito pode subjugar o corpo, através da
mediação da alma, para que ele obedeça a Deus; da mesma forma o corpo, através
da alma, pode atrair o espírito para amar o mundo.
Destes três
elementos, o espírito é o mais nobre porque ele se une com Deus.
O corpo é mais
inferior porque tem contato com a matéria.
A alma estando entre eles, os une e
recebe o caráter deles como sendo dela própria.
A alma torna possível a
comunicação e cooperação entre o espírito e o corpo.
O trabalho da alma é
manter esses dois em seu funcionamento próprio, a fim de que não percam seu relacionamento
correto - a saber, que o mais inferior, o corpo, possa ser subordinado ao
espírito, e que o mais elevado, o espírito, possa governar o corpo através da
alma.
O elemento principal do homem é, definitivamente, a alma. Ela assiste ao
espírito para dar-lhe o que ele recebeu do Espírito Santo, a fim de que a alma,
após ter sido aperfeiçoada, possa transmitir ao corpo aquilo que recebeu; então
o próprio corpo pode também, participar da perfeição do Espírito Santo,
tornando-se, assim, um corpo espiritual.
O espírito é a
parte mais nobre do homem e ocupa a região mais interior do seu ser.
O corpo é
a mais inferior e recebe o lugar mais exterior.
Entre estes dois habita a alma,
servindo como intermediária.
O corpo é o abrigo externo da alma, enquanto que a
alma é o revestimento exterior do espírito.
O espírito transmite seu pensamento
à alma e a alma exercita o corpo a obedecer à ordem do espírito.
Este é o
significado da alma como intermediária.
Antes da queda do homem, o espírito
controlava todo o ser por meio da alma.
O poder da alma é
muito grande, visto que o espírito e o corpo, unidos lá, fazem dela o centro da
personalidade e influência do homem.
Antes do homem cometer pecado, o poder da
alma estava completamente sob o domínio do espírito.
Sua força era portanto, a
força do espírito.
O espírito mesmo não pode atuar sobre o corpo; somente por
meio da mediação da alma.
Isso podemos ver em Lucas 1.46,47: “A minha alma
engrandece ao Senhor e o meu espírito exultou-se em Deus, meu Salvador”
(Darby). “Aqui a mudança nos tempos verbais mostra que primeiro o espírito
concebeu a alegria em Deus, e, depois, comunicando com a alma, levou-a a dar
expressão ao sentimento por meio do órgão humano” (Pember's Earth's Earliest
Ages).
Repetindo, a alma
é o lugar da personalidade.
À vontade, o intelecto e as emoções do homem estão
lá. Como o espírito é usado para comunicar com o mundo espiritual e o corpo com
o mundo natural, assim a alma fica no meio e exercita seu poder para discernir
e decidir se deve reinar o mundo espiritual ou o natural.
Algumas vezes também,
a alma mesma exerce controle sobre o homem, através do seu intelecto, criando
assim um mundo ideativo que reina.
A fim do espírito governar, a alma precisa
dar seu consentimento; senão o espírito fica sem recursos para regular a alma e
o corpo.
Mas esta decisão depende da alma, porque nela reside a personalidade
do homem.
Na verdade a alma é o eixo de todo o ser, porque a
vontade do homem pertence a ela.
Só quando a alma se dispõe a assumir uma
posição humilde é que o espírito pode dirigir todo o homem.
Se a alma se rebela
contra tal tomada de posição, o espírito ficará sem poder para governar.
Isso
explica o significado do livre arbítrio do homem.
O homem não é um autômato que
se move conforme a vontade de Deus.
Pelo contrário, o homem tem pleno e
soberano poder de decidir por si mesmo.
Ele possui o órgão da sua própria
vontade e pode escolher seguir a vontade de Deus, ou resistir e seguir a
Satanás.
Deus deseja que o espírito, sendo a parte mais nobre do homem,
controle todo o seu ser.
Todavia, a vontade - a parte decisiva da
individualidade - pertence à alma.
É a alma que determina se o espírito, o
corpo, ou ela mesma deve governar.
Devido ao fato da alma possuir tal poder e
por ser o órgão da individualidade do homem, a Bíblia chama o homem de “uma
alma vivente”.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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