22 de dezembro de 2017
História De Israel – Teologia 31.110 (Livro 9 Cap 14) SALMANESER, REI DA ASSÍRIA, TOMA SAMARIA, DESTRÓI INTEIRAMENTE O REINO DE ISRAEL, LEVA ESCRAVOS O REI OSÉIAS E TODO O POVO E MANDA UMA COLÔNIA DE CHUTEENSES HABITAR O REINO DE ISRAEL.
História De Israel – Teologia 31.110
CAPÍTULO 14
SALMANESER, REI DA ASSÍRIA, TOMA SAMARIA, DESTRÓI
INTEIRAMENTE O
REINO DE ISRAEL, LEVA ESCRAVOS O REI OSÉIAS E TODO O POVO E
MANDA
UMA COLÔNIA DE CHUTEENSES HABITAR O REINO DE ISRAEL.
409. 2 Reis 17.
Salmaneser, rei da Assíria, tendo sabido que Oséias, rei de Israel, enviara
secretamente embaixadores ao rei do Egito para convidá-lo a tomar parte numa
aliança contra ele, marchou com um grande exército para Samaria, no sétimo ano
do reinado desse soberano. Depois de um cerco de três anos, apoderou-se da
cidade, no nono ano do reinado desse príncipe e no sétimo ano do reinado de
Ezequias, rei de Judá. Salmaneser aprisionou Oséias, destruiu inteiramente o
reino de Israel e levou todo o povo como escravo para a Média e para a Pérsia.
Mandou a Samaria e a todos os outros lugares do reino de Israel colônias de
chuteenses, que são povos de uma província da Pérsia e têm esse nome por causa
do rio Chute, ao longo do qual habitam.
Foi assim que as dez tribos que compunham o reino de Israel
foram expulsas de seu país, novecentos e quarenta e sete anos depois que os
seus antepassados o haviam conquistado pela força das armas, após a saída do
Egito, oitocentos anos depois da dominação de Josué e duzentos e quarenta anos,
sete meses e sete dias depois que eles se revoltaram contra Roboão, neto de
Davi, para tomar o partido de Jeroboão, seu súdito, reconhecendo-o como rei.
Foi assim que aquele povo infeliz foi castigado por desprezar tanto a lei de
Deus quanto a voz dos profetas, que tantas vezes haviam predito as desgraças em
que eles cairiam se continuassem na impiedade. Jeroboão foi o seu ímpio e
infeliz autor, quando, ao subir ao trono, levou o povo, pelo seu exemplo, à
idolatria e atraiu contra si a cólera de Deus, que o castigou como merecia.
O rei da Assíria fez então sentir o peso de suas armas à
Síria e à Fenícia. Faz-se menção dele nos anais dos tírios porque ele lhes fez
guerra durante o reinado de Eluleu, seu rei, como narra Menandro na história
dos tírios, que foi traduzida para o grego. Eis como ele fala: "Eluleu
reinou trinta e seis anos. E os giteenses revoltaram-se, e ele partiu contra
eles com uma esquadra e os reduziu à sua obediência. O rei da Assíria enviou
também um exército contra eles e apoderou-se de toda a Fenícia. Tendo feito a
paz, voltou ao seu país. Pouco tempo depois, as cidades de Arcé, da antiga
Tiro, e várias outras, quebraram o jugo dos tírios para se entregar ao rei da
Assíria. Como os tírios eram os únicos que não se queriam submeter a ele,
enviou contra eles sessenta navios, que os fenícios haviam equipado e nos quais
havia oitocentos remadores. Os tírios foram com doze navios ao encontro dessa
frota, dispersaram-na, fizeram quinhentos prisioneiros e granjearam reputação
de valentes por essa vitória. O rei da Assíria regressou, mas deixou muitas
tropas ao longo do rio e dos aquedu-tos, para impedir que os tírios pudessem
tirar água, o que, havendo-se prolongado por cinco anos, obrigou-os a cavar
poços". Encontramos isso nos anais dos tírios, que é relativo a
Salmaneser, rei da Assíria.
410. Esses novos habitantes de Samaria, que se chamavam
chuteenses, por razão que já explicamos, eram de cinco nações diferentes, tendo
cada uma um deus particular, e eles continuaram a adorá-los, como faziam em seu
país. Deus ficou tão irritado que lhes mandou uma terrível peste, para a qual
não se encontrou remédio no país. Eles foram então avisados por um oráculo que
adorassem ao Deus verdadeiro e Todo-poderoso, e Ele os livraria. Mandaram então
pedir logo ao rei da Assíria que lhes mandasse alguns dos sacerdotes hebreus,
que estavam prisioneiros. O soberano concordou, e eles os instruíram na lei de
Deus, prestaram-lhe as honras devidas, e logo a peste cessou.
Esses povos, a que os gregos chamam samaritanos, continuam
ainda hoje na mesma religião. E mudam com relação a nós segundo a diversidade
dos tempos. Pois, quando a nossa situação é boa, eles declaram que nos
consideram irmãos, porque sendo uns e outros descendentes de José, temos a
nossa origem num mesmo ramo. Quando a sorte nos é contrária, eles dizem que não
nos conhecem e que não são obrigados a nos amar, pois, vindo nós de um país tão
afastado para se estabelecer naquele em que eles habitam, nada têm de comum
conosco. Mas é necessário deixarmos esse assunto para um outro momento, mais
conveniente.
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História De Israel – Teologia 31.109 (Livro 9 Cap 13) ACAZ, REI DE JUDÁ, PEDE AUXÍLIO A TIGLATE-PILESER, REI DA ASSÍRIA, QUE DEVASTA A SÍRIA, MATA REZIM, REI DE DAMASCO, E TOMA A CIDADE. HORRÍVEL IMPIEDADE DE ACAZ. SUA MORTE. EZEQUIAS, SEU FILHO, SUCEDE-O. PECA, REI DE ISRAEL, É ASSASSINADO POR OSÉIAS, QUE USURPA O TRONO, MAS É VENCIDO POR SALMANESER, REI DA ASSÍRIA. EZEQUIAS RESTAURA INTEIRAMENTE O CULTO A DEUS, VENCE OS FILISTEUS E DESPREZA AS AMEAÇAS DO REI DA ASSÍRIA.
História De Israel – Teologia 31.109
CAPÍTULO 13
ACAZ, REI DE JUDÁ, PEDE AUXÍLIO A TIGLATE-PILESER, REI DA
ASSÍRIA, QUE
DEVASTA A SÍRIA, MATA REZIM, REI DE DAMASCO, E TOMA A
CIDADE.
HORRÍVEL IMPIEDADE DE ACAZ. SUA MORTE. EZEQUIAS, SEU FILHO,
SUCEDE-O. PECA, REI DE ISRAEL, É ASSASSINADO POR OSÉIAS, QUE USURPA O
TRONO,
MAS É VENCIDO POR SALMANESER, REI DA ASSÍRIA. EZEQUIAS
RESTAURA
INTEIRAMENTE O CULTO A DEUS, VENCE OS FILISTEUS E DESPREZA
AS AMEAÇAS DO REI DA ASSÍRIA.
405. 2 Reis 16 e 17. Depois de tão grande perda, Acaz, rei
de Judá, enviou embaixadores com ricos presentes a Tiglate-Pileser, rei da
Assíria, para pedir-lhe socorro contra os israelitas, os sírios e os
damasquinos, prometendo-lhe uma grande quantia de dinheiro. O soberano veio em
pessoa com um poderoso exército, devastou toda a Síria, tomou a cidade de
Damasco e matou Rezim, que era o seu rei. Mandou os habitantes para a Alta
Média e fez vir no lugar deles os assírios. Marchou depois contra os israelitas
e levou vários escravos. Acaz foi a Damasco agradecer-lhe e levou-lhe não
somente todo o ouro e prata que havia em seus tesouros, mas também o que estava
no Templo, sem excetuar os presentes que se haviam oferecido a Deus.
Esse detestável príncipe tinha tão pouco juízo que, mesmo
sendo os sírios seus inimigos declarados, não deixava de adorar os seus deuses,
como se devesse pôr toda a sua esperança no auxílio deles. Quando ele viu,
porém, que eles haviam sido derrotados pelos assírios, passou a adorar os
deuses dos vencedores. Não havia falsa divindade que ele não estivesse pronto a
reverenciar, no lugar do verdadeiro Deus, o Deus de seus pais, cuja cólera ele havia
atraído sobre si e era a causa de todos os seus males. A sua impiedade chegou
ao cúmulo de não se contentar em despojar o Templo de todos os seus tesouros,
mas mandou mesmo fechá-lo, a fim de que lá não se pudesse adorar ao verdadeiro
Deus com os sacrifícios solenes que se costumavam oferecer. E, depois de o
haver irritado com tantos crimes, morreu na idade de trinta e seis anos, dos
quais reinou dezesseis. Deixou Ezequias, seu filho, como sucessor.
406. Nesse mesmo
tempo, Peca, rei de Israel, foi morto à traição por Oséias, um de seus mais
fiéis servidores, que usurpou o reino e reinou nove anos. Oséias era um homem
ímpio e muito mau. Salmaneser, rei da Assíria, fez-lhe guerra e não teve
dificuldade em vencê-lo e impor-lhe um tributo, porque Deus lhe era adverso.
407. 2 Reis 18; 2
Crônicas 29, 30 e 31. No quarto ano do reinado do rei Oséias, Ezequias, filho
de Acaz e de Abi, a qual era de Jerusalém, sucedeu-o no reino de judá, como já
dissemos. Esse príncipe era um homem de bem, tão justo e religioso que desde o
princípio do reinado julgou nada poder fazer de melhor para si e para os seus
súditos que restaurar o culto a Deus. Reuniu para isso todo o povo, os
sacerdotes e os levitas, e falou-lhes: "Não podeis ignorar os males que
sofrestes por causa dos pecados do rei meu pai, desde que ele deixou de prestar
a Deus a soberana honra que lhe é devida e pelos crimes que vos fez cometer,
persuadindo-vos a adorar os falsos deuses que ele adorava. Assim,
experimentastes os castigos que seguem à impiedade. Exorto-vos a renunciar a
tudo isso, a purificar as vossas almas da sordidez que as desonra e a vos
unirdes aos sacerdotes e aos levitas para abrirmos o Templo do Senhor,
purificá-lo com solenes sacrifícios e restaurá-lo à sua primitiva
magnificência, pois é o meio de aplacarmos a cólera de Deus e de torná-lo
novamente favorável a nós".
Depois de o rei haver falado, os sacerdotes abriram o
Templo, purificaram-no, prepararam os vasos sagrados e puseram as ofertas sobre
o altar, segundo o costume de seus antepassados. Ezequias ordenou em seguida
que todo o povo de seu território viesse a Jerusalém, a fim de ali celebrar a
festa dos Asmos, que fora abandonada havia muitos anos, pela impiedade dos reis
seus predecessores. Seu zelo foi além: ele exortou os israelitas a abandonar as
superstições e a voltar aos antigos e santos costumes, prestando a Deus o culto
que lhe é devido. Prometeu recebê-los em Jerusalém se eles quisessem vir
celebrar a festa com os compatriotas.
Ele acrescentou que unicamente o desejo de vê-los felizes, e
nenhum outro interesse particular, levava-o a convidá-los a aceitar um conselho
tão salutar. Mas os israelitas não somente se recusaram a escutar propostas tão
vantajosas, como também zombaram de seus embaixadores e os trataram do mesmo
modo como aos profetas, que os exortavam a seguir um conselho tão sensato e
prediziam os males que lhes sobreviriam se persistissem na impiedade. Sua
loucura e sua raiva, porém, cresciam cada vez mais, e eles chegaram a matar
esses profetas, juntando novos crimes aos antigos, até que Deus, para
castigá-los, os entregou nas mãos dos inimigos, como diremos a seu tempo.
Somente um grande número dos da tribo de Manasses, de
Zebulom e de Issacar, comovido pelas palavras dos profetas, converteu-se, e
eles foram a Jerusalém adorar a Deus. Depois que lá chegaram, o rei,
acompanhado por todos os grandes e por todo o povo, subiu ao Templo, onde
ofereceu por si mesmo sete touros, sete bodes e sete carneiros. Depois que ele
e os nobres puseram as mãos sobre as cabeças das vítimas, os sacerdotes as
mataram, e elas foram totalmente consumidas pelo fogo, como sendo oferecidas em
holocausto.
Os levitas, em torno deles, cantavam ao som de diversos
instrumentos de música hinos de louvor a Deus, segundo o que Davi determinara.
Os sacerdotes tocavam as trombetas, enquanto o rei e todo o povo prostravam-se
de rosto em terra para adorar a Deus. O soberano sacrificou em seguida setenta
bois, cem carneiros e duzentos cordeiros e deu ao povo seiscentos bois e quatro
mil outros animais. E, depois que os sacerdotes terminaram todas as cerimônias,
segundo o que a Lei determinava, desejou o rei comer com todo o povo e com ele
dar graças a Deus.
A festa dos Asmos aproximava-se, e eles começaram por
celebrar a Páscoa e a oferecer a Deus durante sete dias outras vítimas. Além
das que eram oferecidas pelo povo, o rei ofereceu dois mil touros e sete mil
outros animais. Os nobres, para imitá-lo em sua liberalidade, deram também mil
touros e mil e quarenta outros animais. Desde os tempos de Salomão não se via
celebrar com tanta solenidade essa festa religiosa.
Purificou-se em seguida Jerusalém e todo o país das
abominações introduzidas pelo culto sacrílego aos ídolos. O rei desejou dar ele
mesmo, do que lhe pertencia, as vítimas necessárias para se oferecer todos os
dias os sacrifícios instituídos pela Lei. Determinou que o povo pagasse aos
sacerdotes e aos levitas as décimas e as primícias dos frutos, a fim de que
eles tivessem meios de se dedicar inteiramente ao serviço de Deus, e mandou
construir para eles lugares apropriados para receber o que era dado às suas
mulheres e filhos. Assim, a antiga ordem, no que se referia ao culto a Deus,
foi completamente restabelecida.
408. Depois que esse
sábio e religioso soberano realizou todas essas coisas, declarou guerra aos
filisteus, venceu-os e tornou-se senhor de todas as cidades desde Gaza até
Gate. O rei da Assíria ameaçou destruir-lhe o país se ele não pagasse o tributo
que seu pai estava acostumado a pagar. Mas a confiança que a sua piedade o
fazia ter em Deus e a fé que ele prestava às predições do profeta Isaías, que o
instruía particularmente a respeito do que devia suceder, o fez desprezar essas
ameaças.
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História De Israel – Teologia 31.108 (Livro 9 Cap 12) MORTE DE JOTÃO, REI DE JUDÁ. ACAZ, SEU FILHO, QUE ERA MUITO ÍMPIO, SUCEDE-O. REZIM, REI DA SÍRIA, E PECA, REI DE ISRAEL, FAZEM-LHE GUERRA. ESSES REIS SE SEPARAM. PECA É VENCEDOR, EM UMA BATALHA SANGRENTA. O PROFETA OBEDE LEVA OS ISRAELITAS A RESTITUIR OS PRISIONEIROS.
História De Israel – Teologia 31.108
CAPÍTULO 12
MORTE DE JOTÃO, REI DE JUDÁ. ACAZ, SEU FILHO, QUE ERA MUITO
ÍMPIO,
SUCEDE-O. REZIM, REI DA SÍRIA, E PECA, REI DE ISRAEL,
FAZEM-LHE GUERRA.
ESSES REIS SE SEPARAM. PECA É VENCEDOR, EM UMA BATALHA
SANGRENTA.
O PROFETA OBEDE LEVA OS ISRAELITAS A RESTITUIR OS
PRISIONEIROS.
404. 2 Reis 18; 2 Crônicas 28. Jotão, rei de Judá, morreu na
idade de quarenta e um anos, depois de reinar dezesseis, e foi enterrado no
sepulcro dos reis. Acaz, seu filho, sucedeu-o. Esse soberano foi muito ímpio: calcou
aos pés as leis de Deus e imitou os reis de Israel em suas abominações. Ergueu
em Jerusalém altares sobre os quais sacrificou aos ídolos, chegando a oferecer
o próprio filho em holocausto, segundo o costume dos cananeus, e cometeu vários
outros crimes detestáveis.
Rezim, rei da Síria e de Damasco, e Peca, rei de Israel, que
já era inimigo de Acaz, declararam-lhe guerra e o sitiaram em Jerusalém. Mas a
cidade estava tão fortemente defendida que eles foram obrigados a levantar o
cerco. Rezim tomou em seguida a cidade de Elá, situada à beira do mar Vermelho.
Mandou matar todos os seus habitantes e lá estabeleceu uma colônia síria. Tomou
também várias outras cidades fortes, matou um grande número de judeus e,
carregado de des-pojos, voltou a Damasco com o seu exército. Quando Acaz viu
que os sírios se retiravam, julgou não ser mais fraco que o rei de Israel
sozinho e assim marchou contra ele. Eles travaram uma batalha na qual Deus,
para castigar Acaz pelos seus crimes, permitiu que este fosse vencido, com uma
perda de cento e vinte mil homens e de Maaséias, seu filho, morto por Zicri,
general do exército de Peca, que matou também Azricão, comandante da guarda, e
aprisionou Elcana, general do exército. O rei de Israel levou também um grande
número de escravos, de ambos os sexos.
Quando os israelitas voltavam triunfantes e carregados de
despojos para Samaria, o profeta Obede veio à presença deles e disse-lhes que
eles não deviam atribuir a vitória às próprias forças, mas à cólera de Deus
contra Acaz. Censurou-os acremente porque, não se contentando com a sua
felicidade, atreviam-se a levar tantos prisioneiros que, sendo pessoas da tribo
de Judá e de Benjamim, tinham a sua origem no mesmo sangue que eles. Disse-lhes
ainda que, se eles não os pusessem em liberdade, Deus os castigaria
severamente.
Os israelitas reuniram-se em conselho, e Berequias, homem de
grande autoridade entre eles, e três outros com ele disseram que não tolerariam
que aqueles prisioneiros entrassem em suas cidades, para não atrair sobre eles
a cólera e a vingança de Deus, e que eles já haviam cometido muitos outros
pecados, de que os profetas os haviam recriminado, não sendo necessário
acrescentar novas im-piedades. Os soldados, comovidos por essas palavras,
dispuseram-se a fazer o que eles julgassem melhor e mais conveniente. Então
esses quatro homens tão sábios retiraram as cadeias dos prisioneiros, cuidaram
deles, deram-lhes os meios para regressar e os acompanharam não somente até
jerico, mas até próximo de Jerusalém.
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História De Israel – Teologia 31.107 (Livro 9 Cap 11) O PROFETA JONAS PREDIZ A JEROBOÃO II, REI DE ISRAEL, QUE ELE VENCERÁ OS SÍRIOS. HISTÓRIA DESSE PROFETA, ENFIADO POR DEUS A NÍNIVE PARA PREDIZER A RUÍNA DO IMPÉRIO DA ASSÍRIA. MORTE DEFEROBOÃO II. ZACARIAS, SEU FILHO, SUCEDE-O. EXCELENTES QUALIDADES DE UZIAS, REI DE JUDÁ, QUE FAZ GRANDES CONQUISTAS E FORTIFICA JERUSALÉM. SUA PROSPERIDADE O FAZ ESQUECER DE DEUS. DEUS O CASTIGA DE MANEIRA TERRÍVEL. JORÃO, SEU FILHO, SUCEDE-O. SALUM ASSASSINA ZACARIAS, REI DE ISRAEL, E USURPA A COROA. MENAÉM MATA SALUM E REINA DEZ ANOS. PECAÍAS, SEU FILHO, SUCEDE-O. PECA ASSASSINA-O E REINA EM SEU LUGAR. TIGLATE-PILESER, REI DA ASSÍRIA, FAZ-LHE CRUEL GUERRA. VIRTUDES DEFOTÃO, REI DEFUDÁ. O PROFETA NAUM PREDIZ A DESTRUIÇÃO DO IMPÉRIO ASSÍRIO.
História De Israel – Teologia 31.107
CAPITULO 11
O PROFETA JONAS PREDIZ A JEROBOÃO II, REI DE ISRAEL, QUE ELE
VENCERÁ OS
SÍRIOS. HISTÓRIA DESSE PROFETA, ENFIADO POR DEUS A NÍNIVE
PARA
PREDIZER A RUÍNA DO IMPÉRIO DA ASSÍRIA. MORTE DEFEROBOÃO II.
ZACARIAS, SEU FILHO, SUCEDE-O. EXCELENTES QUALIDADES DE
UZIAS, REI DE JUDÁ, QUE FAZ GRANDES CONQUISTAS E FORTIFICA JERUSALÉM. SUA PROSPERIDADE O FAZ ESQUECER DE DEUS. DEUS O CASTIGA DE
MANEIRA
TERRÍVEL. JORÃO, SEU FILHO, SUCEDE-O. SALUM ASSASSINA
ZACARIAS, REI DE ISRAEL, E USURPA A COROA. MENAÉM MATA SALUM E REINA DEZ
ANOS. PECAÍAS, SEU FILHO, SUCEDE-O. PECA ASSASSINA-O E REINA EM SEU
LUGAR. TIGLATE-PILESER, REI DA ASSÍRIA, FAZ-LHE CRUEL GUERRA. VIRTUDES DEFOTÃO, REI DEFUDÁ. O PROFETA NAUM PREDIZ A DESTRUIÇÃO DO IMPÉRIO
ASSÍRIO.
398. 2 Reis 14. No décimo quinto ano do reinado de Amazias,
rei de Judá, Jeroboão II sucedeu a Jeoás, seu pai, no reino de Israel e durante
os quarenta anos em que ele reinou sempre teve, tal como os seus predecessores,
sua residência em Samaria. Nada se poderia acrescentar à impiedade desse
soberano e à sua inclinação para a idolatria, que o levou a fazer coisas
extravagantes, atraindo sobre o seu povo males infinitos. O profeta Jonas
predisse-lhe que ele venceria os sírios e levaria os limites do reino até a
cidade de Hamate, do lado norte, e até o lago Asfaltite, do lado sul, que eram
os antigos limites da terra de Canaã, fixados por Josué. Jeroboão II, animado
por essa profecia, declarou guerra aos sírios e conquistou todo o país,
conforme Jonas havia predito, do qual se tornaria senhor.
Como prometi narrar sincera e fielmente tudo o que está
escrito nos Livros Santos, não devo passar em silêncio o que eles referem
acerca desse profeta. Deus ordenou a Jonas que fosse anunciar aos habitantes de
Nínive, grande e poderosa cidade, que o império da Assíria, de que era a
capital, seria destruído. Essa ordem pareceu-lhe perigosa a ponto de ele
decidir não a executar. Como se pudesse esconder-se dos olhos de Deus, ele
embarcou em Jope, a fim de fugir para a Cilícia. Porém se levantou uma tão
grande tempestade que o piloto do barco e os marinheiros, vendo-se em perigo de
naufragar, faziam votos pela sua salvação.
Jonas era o único que, retirado a um canto e coberto com a
sua capa, não imitava o exemplo deles. A tempestade crescia cada vez mais, e
eles imaginaram logo que alguém dentre eles atraíra aquela infelicidade. Para
saber quem era, tiraram a sorte, e ela caiu sobre o profeta. Perguntaram-lhe
quem ele era e que motivos o levavam a empreender aquela viagem. Ele respondeu
que era hebreu e profeta do Deus Todo-poderoso, e, se queriam evitar o perigo
de que estavam ameaçados, teriam de lançá-lo ao mar, porque era o único
culpado.
De início, não quiseram fazê-lo, pois julgavam desumanidade
atirá-lo às águas, expondo assim a uma morte certa um estrangeiro que lhes
havia confiado a vida. Quando se viram prestes a morrer, todavia, o desejo de
salvar as próprias vidas e a insistência do profeta fizeram-nos decidir
lançá-lo ao mar. No mesmo instante, a tempestade cessou. Diz-se que um grande
peixe o engoliu e, depois de ele ter passado três dias em seu ventre, ele o
restituiu vivo e sem ferimento algum à praia do Ponto Euxino, de onde ele
partiu para Nínive, depois de pedir perdão a Deus, e anunciou ao povo que eles
perderiam bem depressa o império da Ásia.
399. 2 Reis 14 e 15.
Voltemos agora a jeroboão II, rei de Israel. Ele morreu depois de reinar feliz
durante quarenta anos, e foi enterrado em Samaria. Zacarias, seu filho,
sucedeu-o. Uzias, do mesmo modo, no quarto ano do reinado de Jeroboão II,
sucedeu a Amazias no reino de Judá. Nasceu este de Jecolias, mulher de Amazias.
Ela era de Jerusalém.
400. 2 Crônicas 26. O rei Urias tinha tanta bondade e amor
pela justiça e era tão corajoso e previdente que essas excelentes qualidades,
unidas, levaram-no a realizar grandes empreendimentos. Venceu os filisteus e
tomou-lhes muitas cidades, entre as quais Gate e Jabné, da qual abateu as
muralhas. Atacou os árabes, vizinhos do Egito, e construiu uma cidade perto do
mar Vermelho, onde deixou uma forte guarnição. Ele também subjugou os amonitas,
tornando-os tributários. Reduziu ao seu domínio todos os países que se estendem
até o Egito e empregou em seguida todo o seu cuidado na restauração e
fortificação de Jerusalém.
Mandou consertar e refazer as muralhas, que estavam em muito
mau estado, pela incúria de seus predecessores, inclusive aquele espaço de
quatrocentos côvados que Jeoás, rei de Israel, mandara derrubar ao entrar
triunfante na cidade, após aprisionar o rei Amazias. Mandou também reedificar
várias torres com altura de cento e cinqüenta côvados e construiu fortificações
nos lugares mais afastados da cidade. Fez ainda vários aquedutos.
Ele criava um número enorme de cavalos e de gado, porque a
região é rica em pastagens. Como amava muito a agricultura, mandou plantar uma
grande quantidade de árvores frutíferas e toda espécie de plantas. Mantinha
trezentos e setenta mil soldados, todos escolhidos, armados com espadas, arcos,
fundas, escudos e couraças de bronze, distribuídos em regimentos e comandados
por dois mil bons oficiais. Mandou também fazer uma grande quantidade de
máquinas de atirar pedras e dardos, grandes ganchos e instrumentos semelhantes,
próprios para os ataques e as guerras.
O orgulho de tão grande prosperidade envenenou o Espírito do
soberano e corrompeu-o de tal modo que esse poder passageiro e temporal o fez
desprezar o poder eterno e subsistente de Deus. Não observou mais as suas
santas leis e, em vez de continuar a praticar a virtude, procedeu à imitação do
pai na impiedade, entregando-se ao crime. Assim os seus felizes empreendimentos
e a glória de tantas ações beneméritas só serviram para destruí-lo e para fazer
ver o quanto é difícil aos homens conservar a moderação na prosperidade.
No dia de uma festa solene, ele revestiu-se dos paramentos
sacerdotais e entrou no Templo para oferecer a Deus as incensações no altar de
ouro. O sumo sacerdote Azarias, acompanhado por oitenta sacerdotes, correu e
disse-lhe que aquilo não era permitido. Proibiu-lhe passar além e ordenou que
saísse, para não irritar a Deus com aquele incrível sacrilégio. Uzias ficou de
tal modo encolerizado que o ameaçou de morte, bem como a todos os outros
sacerdotes, se não permitisse que ele fizesse o que desejava. Mal pronunciou
essas palavras, sentiu-se um terrível tremor de terra. O alto do Templo
abriu-se, e um raio de sol feriu o ímpio rei no rosto. No mesmo instante, ele
ficou coberto de lepra. O mesmo tremor de terra dividiu também em dois, num
lugar próximo da cidade, de nome Eroge, o monte que está voltado para o
ocidente, do qual uma metade foi levada a quatro estádios dali contra outro monte,
que está voltado para o levante, o que barrou toda a estrada principal e cobriu
de terra os jardins do rei.
Os sacerdotes, vendo o rei coberto de lepra, imaginaram
facilmente a causa. Disseram que aquele castigo era um sinal visível da justiça
de Deus e ordenaram que ele saísse da cidade. A sua extrema confusão tirou-lhe
a ousadia de resistir, e ele obedeceu. Assim, foi castigado pela sua impiedade
para com Deus e pela temeridade que o levara a se elevar acima da sua condição
humana. Ele passou algum tempo fora da cidade, onde viveu como um homem
qualquer, enquanto Jotão, seu filho, dirigia os destinos da nação. Urias morreu
de desgosto por ver-se reduzido àquele estado. Tinha sessenta e oito anos, dos
quais reinara cinqüenta e dois. Foi enterrado em seus jardins, em um sepulcro
separado, e Jotão sucedeu-o.
401. 2 Reis 15. Quanto a Zacarias, rei de Israel, ele
reinava havia apenas seis meses, quando Salum, filho de jabes, assassinou-o e
usurpou o trono. Mas Salum desfrutou somente um mês do governo que tão grande
crime lhe outorgara. Menaém, general do exército, que então estava na cidade de
Tirza, marchou com todas as suas forças para Samaria, combateu-o, venceu-o e o
matou. Por sua conta, pôs a coroa na própria cabeça e voltou a Tirza com o
exército vitorioso. Os seus habitantes, porém, não quiseram reconhecê-lo e
fecharam-lhe as portas. Então ele devastou toda a área, tomou a cidade à força
e matou todos os seus habitantes, não poupando nem mesmo as crianças. Desse
modo, foi cruel contra a sua própria nação, tanto que não se teria coragem de
agir assim nem mesmo para com os bárbaros. E ele não procedeu com maior
humanidade durante os dez anos de seu reinado em Israel.
Pul, rei da Assíria, declarou-lhe guerra, e ele, não se
sentindo bastante forte para resistir, deu-lhe mil talentos de dinheiro para
conservar a paz. Exigiu em seguida a mesma quantia do povo, por uma imposição
de cinqüenta dracmas por cabeça. Morreu logo depois, e foi enterrado em
Samaria.
Pecaías, seu filho, sucedeu-o e não herdou menos a sua
crueldade que o trono, porém reinou somente dois anos. Peca, filho de Remalias,
chefe de campo de um regimento de mil homens, matou-o à traição num banquete
com vários outros de seus familiares. Ele apoderou-se do trono e reinou vinte
anos, sem que se possa dizer se ele era mais ímpio ou mais injusto.
Tiglate-Pileser, rei da Assíria, fez-lhe guerra, apoderou-se de toda a área de
Gileade, de toda a região que está além do Jordão e daquela parte da Galiléia
próxima de Quedes e de Hazor, aprisionou todos os habitantes e levou-os
escravos para o seu reino.
402. 2 Crônicas 27.
jotão, filho de Uzias, rei de Judá, e de )erusa, que era de Jerusalém, reinava
nessa época. Nenhuma virtude faltava a esse príncipe, pois ele foi tanto
religioso para com Deus quanto justo para com os homens. Tomou grande cuidado
em restaurar e embelezar essa grande cidade. Mandou refazer o átrio e as portas
do Templo e reerguer uma parte das muralhas, que havia caído. A isso
acrescentou torres grande e fortes e eliminou todas as desordens do reino.
Venceu os amonitas, impôs-lhes um tributo de cem talentos, dez mil medidas de
trigo e outras tantas de cevada por ano. Aumentou de tal modo a extensão e a
força do país que ele era não menos temido por seus inimigos quanto amado pelo
seu povo.
403. Durante o seu
reinado, um profeta, de nome Naum, predisse a ruína do império da Assíria e a
destruição de Nínive, nestes termos: "Tal como às vezes as águas de um
grande reservatório são agitadas pelo vento, assim se verá igualmente todo o
povo de Nínive agitado e perturbado pelo temor, e a sua hesitação será tão
grande que num mesmo tempo dirão uns aos outros: Fujamos! Outros dirão: Não!
Fiquemos para apanhar o nosso ouro e a nossa prata. Mas nenhum deles seguirá
esse conselho, porque eles preferirão salvar a vida, e não os seus bens. Assim,
só se ouvirão entre eles gritos e lamentações. O seu terror será tão grande que
muito mal sobreviverão, e as suas cidades ficarão irreconhecíveis. Para onde
irão então os leões e as mães dos leõezinhos? Nínive, diz o Senhor, eu te
exterminarei, e não se verão mais sair de ti os leões aue assustavam o
mundo".
O profeta acrescentou várias outras coisas semelhantes com
relação a essa poderosa cidade, as quais não refiro para não aborrecer os
leitores. Cento e quinze anos depois, constatou-se a veracidade dessa profecia.
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História De Israel – Teologia 31.106 (Livro 9 Cap 10) AMAZIAS, REI DE JUDÁ, AJUDADO POR DEUS, DERROTA OS AMALEQUITAS, OS IDUMEUS E OS GABALITANOS. ESQUECE-SE DE DEUS E OFERECE SACRIFÍCIOS AOS ÍDOLOS. COMO CASTIGO PELO SEU PECADO, É VENCIDO E FEITO PRISIONEIRO POR JEOÁS, REI DE ISRAEL, A QUEM É OBRIGADO A ENTREGAR JERUSALÉM. É ASSASSINADO PELOS SEUS PARTIDÁRIOS. UZIAS, SEU FILHO, SUCEDE-O.
História De Israel – Teologia 31.106
CAPÍTULO 10
AMAZIAS, REI DE JUDÁ, AJUDADO POR DEUS, DERROTA OS
AMALEQUITAS,
OS IDUMEUS E OS GABALITANOS. ESQUECE-SE DE DEUS E OFERECE
SACRIFÍCIOS AOS ÍDOLOS. COMO CASTIGO PELO SEU PECADO, É
VENCIDO E FEITO PRISIONEIRO POR JEOÁS, REI DE ISRAEL, A QUEM É
OBRIGADO A
ENTREGAR JERUSALÉM. É ASSASSINADO PELOS SEUS PARTIDÁRIOS.
UZIAS, SEU FILHO, SUCEDE-O.
396. No segundo ano
do reinado de Jeoás, rei de Israel, Amazias, rei de Judá, cuja mãe, Jeoadã, era
de Jerusalém, sucedeu-o, como dissemos, no reino de seu pai. Embora fosse ainda
muito jovem, manifestou extremo amor pela justiça. Começou o seu reinado
vingando a morte de seu pai e não perdoou aos que, declarando-se amigos dele, o
haviam tão cruelmente assassinado. Porém não causou mal algum aos seus filhos,
porque a Lei proíbe castigar os filhos pelos pecados dos pais. Resolveu fazer
guerra aos amalequitas, aos idumeus e aos gabalitanos e recrutou para esse fim,
em seus territórios, trezentos mil homens, os mais jovens com cerca de vinte
anos. Deu-lhes chefes e mandou cem talentos de ouro a jeoás, rei de Israel, a
fim de que o ajudasse com cem mil homens.
2 Reis 14; 2 Crônicas 25. Quando estava prestes a se pôr em
campo com aquele grande exército, um profeta ordenou-lhe, da parte de Deus, que
devolvesse os israelitas, porque eram ímpios, e certamente ele seria vencido
caso se servisse deles. Ao passo que, com o auxílio de Deus, as suas próprias
forças lhe seriam suficientes para derrotar os inimigos. Isso o surpreendeu e
deixou-o aborrecido, porque já entregara o dinheiro combinado para a manutenção
da tropa. O profeta, contudo, exortou-o a obedecer à ordem de Deus, que podia
compensá-lo generosamente por aquela perda.
Ele obedeceu e devolveu os cem mil homens sem exigir a
devolução do dinheiro. Marchou contra os inimigos, venceu-os num grande
combate, matou dez mil no campo e fez um número igual de prisioneiros, aos
quais mandou levar para um lugar denominado A Grande Rocha, perto da Arábia, de
onde mandou lançar todos abaixo. Conseguiu também ricos despojos. Nesse mesmo
tempo, todavia, os israelitas que ele havia despedido, julgando-se ofendidos,
devastaram-lhe o país até Bete-Semes, levaram um grande número de cabeças de
gado e mataram três mil habitantes dessa cidade.
397. Amazias, orgulhoso com o êxito de suas armas,
esqueceu-se de que tudo devia a Deus e, por uma ingratidão sacrílega, em vez de
lhe referir toda a glória, abandonou o seu divino culto para adorar as falsas
divindades dos amalequitas. O profeta veio falar com ele e disse que muito se
admirava de vê-lo agora ter em boa conta e adorar como verdadeiros os deuses
que não haviam sido capazes de defender contra ele os seus próprios adoradores
nem de impedir que matasse um grande número deles e aprisionasse também uma
grande quantidade e levasse escravos outros ainda, com os seus ídolos, a
Jerusalém, juntamente com os despojos.
Essas palavras encolerizaram Amazias de tal modo que ele
ameaçou matar o profeta, caso este se atrevesse a continuar falando daquele
modo. Ele respondeu que ficaria quieto, mas Deus não deixaria de castigá-lo
como ele merecia. O orgulho de Amazias crescia cada vez mais, e ele sentia
prazer em ofender a Deus, em vez de reconhecer que toda a sua felicidade vinha
dEle e de dar-lhe graças. Ele escreveu pouco depois a Jeoás, rei de Israel,
ordenando-lhe que o obedecesse com todo o seu povo, assim como as dez tribos
que ele governava haviam obedecido a Salomão e a Davi, seus antepassados. E, se
não o fizesse voluntariamente, que se preparasse para a guerra, pois ele a
declararia e resolveria a questão pelas armas.
Jeoás respondeu-lhe nestes termos: "O rei Jeoás ao rei
Amazias. Havia antigamente no monte Líbano um cipreste muito grande e um cardo.
O cardo mandou pedir ao cipreste a filha deste em casamento para o seu filho,
mas ao mesmo tempo que lhe fazia esse pedido uma fera veio sobre ele e o
esmagou. Servi-vos deste exemplo, para que não empreendais coisa alguma acima
de vossas forças e não vos orgulheis demasiado por causa da vitória que conquistastes
contra os amalequitas, pondo-vos em risco de vos perderdes com todo o vosso
reino".
Amazias, irritadíssimo com essa carta, preparou-se para a
guerra, e Deus a ela o impelia, sem dúvida para fazer cair sobre ele a sua
vingança. Quando os exércitos se enfrentaram e enquanto a luta se preparava, o
exército de Amazias viu-se de repente tomado de grande terror, enviado por
Deus, por Ele não lhes ser favorável, de modo que fugiram incontinenti, mesmo
antes de travarem combate, abandonando Amazias à mercê do inimigo. Jeoás,
tendo-o em seu poder, disse-lhe que não podia evitar a morte senão abrindo a
ele e a todo o seu exército as portas de Jerusalém. O desejo de salvar a
própria vida fez com que ele persuadisse os habitantes da cidade a aceitar
aquela condição.
Jeoás, depois de abater quatrocentos côvados das muralhas da
cidade, entrou triunfante sobre o seu carro na capital do reino, seguido por
todo o seu exército, tendo Amazias perto de si como prisioneiro. Ele carregou
todos os tesouros que estavam no Templo e todo o ouro e toda a prata que
encontrou no palácio do rei. Deu liberdade a Amazias e voltou a Samaria. Isso
aconteceu no décimo quarto ano do reinado de Amazias.
Vários anos depois, esse infeliz príncipe, vendo que os
próprios amigos tramavam contra ele, fugiu para a cidade de Laquis. Mas isso
não o salvou. Eles o perseguiram e o mataram, levando o seu corpo a Jerusalém,
onde foi enterrado com as cerimônias ordinárias das homenagens aos reis. Eis de
que modo terminou miseravelmente os seus dias, no vigésimo ano de seu reinado,
que foi o qüinquagesimo quarto de sua vida, castigado como merecia por haver
desprezado a Deus e aban-donado a verdadeira religião para adorar os ídolos.
Uzias, seu filho, sucedeu-o.
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21 de dezembro de 2017
História De Israel – Teologia 31.105 (Livro 9 Cap 9) AMAZIAS SUCEDE A JOÁS, SEU PAI, NO REINO DE JUDÁ.JEOACAZ, REI DE ISRAEL, QUASE DOMINADO POR HAZAEL, REI DA SÍRIA, RECORRE A DEUS, E ELE O AJUDA.JEOÁS, SEU FILHO, SUCEDE-O. MORTE DO PROFETA ELISEU, QUE PREDIZ A VITÓRIA DE JEOÁS SOBRE OS SÍRIOS. O CORPO DO PROFETA RESSUSCITA UM MORTO. MORTE DE HAZAEL, REI DA SÍRIA. HADADE, SEU FILHO, SUCEDE-O.
História De Israel – Teologia 31.105
CAPÍTULO 9
AMAZIAS SUCEDE A JOÁS, SEU PAI, NO REINO DE JUDÁ.JEOACAZ,
REI DE
ISRAEL, QUASE DOMINADO POR HAZAEL, REI DA SÍRIA, RECORRE A
DEUS, E ELE
O AJUDA.JEOÁS, SEU FILHO, SUCEDE-O. MORTE DO PROFETA ELISEU,
QUE PREDIZ
A VITÓRIA DE JEOÁS SOBRE OS SÍRIOS. O CORPO DO PROFETA
RESSUSCITA UM
MORTO. MORTE DE HAZAEL, REI DA SÍRIA. HADADE, SEU FILHO,
SUCEDE-O.
393. 2 Reis 14; 2
Crônicas 25. Amazias sucedeu a Joás, seu pai, no reino de Judá. No reino de
Israel, Jeoacaz já havia sucedido a Jeú, seu pai, no vigésimo primeiro ano do
reinado de Joás. Jeoacaz reinou dezessete anos e não somente se assemelhou ao
pai, mas também aos primeiros reis de Israel que tão abertamente haviam
desprezado a Deus. E, embora tivesse grande poder, Hazael, rei da Síria, obteve
tão grandes vantagens sobre ele, tomou-lhe tantas praças-fortes e fez tão grande
mortandade entre os seus soldados que lhe restavam somente dez mil homens de
infantaria e quinhentos cavaleiros. Realizava-se o que vatici-nara o profeta
Eliseu a Hazael, quando garantiu que este reinaria na Síria e em Damasco,
depois de matar o rei Hadade.
Jeoacaz, estando reduzido a tal extremo, recorreu a Deus,
rogando-lhe que o protegesse e não permitisse que ele caísse sob o domínio de
Hazael. O soberano Senhor do Universo fez então ver que Ele não somente concede
os seus favores aos justos, mas também aos que se arrependem de tê-lo ofendido,
e que, em vez de destruí-los, como eles merecem — e Ele bem pode fazê-lo —, se
contenta em castigá-los. Ele escutou favoravelmente esse príncipe e restituiu a
paz ao seu país, fazendo-o reconquistar a primitiva felicidade.
394. 2 Reis 13.
Depois da morte de Jeoacaz, Jeoás, seu filho, sucedeu-o no reino de Israel, no
trigésimo sétimo ano do reinado de Joás, rei de Judá, e reinou dezesseis anos.
Não se pareceu com Jeoacaz, seu pai, mas foi um homem de bem. O profeta Eliseu,
que então estava muito avançado em anos, caiu gravemente enfermo. Jeoás foi
visitá-lo e, vendo-o prestes a exalar o último suspiro, começou a chorar e a
lastimá-lo, dizendo que o profeta era o seu pai, o seu protetor e todo o seu
amparo e que enquanto ele viveu não tivera necessidade de recorrer às armas
para vencer os inimigos, porque sempre os sobrepujara sem combater, graças ao
auxílio de suas profecias e orações. Mas agora que ele ia deixar o mundo ficava
desarmado e sem defesa, exposto ao furor dos sírios e dos outros povos que lhe
eram contrários. Assim, ser-lhe-ia muito mais vantajoso morrer com ele que
ficar com vida, porém abandonado e sem o seu auxílio.
O profeta ficou tão comovido com essas queixas que, depois
de o consolar, ordenou que lhe trouxessem um arco e flechas e disse em seguida
ao príncipe que entesasse o arco e atirasse as flechas. Jeoás atirou apenas
três, e então o profeta lhe disse: "Se tivésseis atirado mais, teríeis
destruído toda a Síria. Como, porém, vos contentastes em atirar somente três,
vencereis os sírios somente em três combates e reconquistareis somente as
cidades que eles tiraram de vossos antecessores".
Eliseu, pouco depois de assim falar, morreu. Era um homem de
eminente virtude e visivelmente ajudado por Deus. Viram-se os efeitos
maravilhosos e quase incríveis de suas profecias, e a sua memória ainda hoje é
tida em grande veneração por todos os hebreus. Fizeram-lhe um magnífico túmulo,
como merece uma pessoa a quem Deus cumula de tantas graças.
Aconteceu que alguns ladrões, depois de matarem um homem,
lançaram-no nesse túmulo. E o cadáver, apenas por tocar o corpo do profeta,
voltou à vida, ressuscitado, o que nos mostra que não somente durante a vida,
mas também depois da morte, ele havia recebido de Deus o poder de fazer
milagres.
395. Morreu Hazael,
rei da Síria, e Hadade, seu filho, sucedeu-o. Jeoás, rei de Israel, venceu-o em
três batalhas e reconquistou as cidades que Hazael, seu pai, havia tirado aos
israelitas, como predissera o profeta Eliseu. jeoás, morrendo também, foi
substituído por seu filho jeroboão II no trono do reino de Israel.
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História De Israel – Teologia 31.104 (Livro 9 Cap 8) MORTE DE JEÚ, REI DE ISRAEL. JEOACAZ, SEU FILHO, SUCEDE-O. JOÁS, REI DE JUDÁ, RESTAURA O TEMPLO EM JERUSALÉM. MORTE DE JOIADA, SUMO SACERDOTE. JOÁS ESQUECE-SE DE DEUS E ENTREGA-SE A TODA ESPÉCIE DE IMPIEDADE. MANDA APEDREJAR ZACARIAS, SUMO SACERDOTE E FILHO DE JOIADA, QUE O REPREENDIA. HAZAEL, REI DA SÍRIA, CERCA JERUSALÉM. JOÁS ENTREGA-LHE TODOS OS SEUS TESOUROS PARA FAZÊ-LO LEVANTAR O CERCO. É MORTO PELOS AMIGOS DE ZACARIAS.
História De Israel – Teologia 31.104
CAPÍTULO 8
MORTE DE JEÚ, REI DE ISRAEL. JEOACAZ, SEU FILHO, SUCEDE-O.
JOÁS, REI DE JUDÁ, RESTAURA O TEMPLO EM JERUSALÉM. MORTE DE JOIADA, SUMO
SACERDOTE. JOÁS ESQUECE-SE DE DEUS E ENTREGA-SE A TODA ESPÉCIE DE
IMPIEDADE. MANDA APEDREJAR ZACARIAS, SUMO SACERDOTE E FILHO
DE JOIADA, QUE O REPREENDIA. HAZAEL, REI DA SÍRIA, CERCA
JERUSALÉM.
JOÁS ENTREGA-LHE TODOS OS SEUS TESOUROS PARA FAZÊ-LO
LEVANTAR O
CERCO. É MORTO PELOS AMIGOS DE ZACARIAS.
390. Hazael, rei da
Síria, fez guerra a Jeú, rei de Israel, e devastou todo o país que as tribos de
Rúben, Gade e metade da de Manasses ocupavam, além do Jordão. Sem que jeú
pensasse em impedi-lo, saqueou também as cidades de Gileade e de Basã, incendiou
tudo e não poupou nenhum dos que lhe caíram nas mãos. Esse infeliz rei de
Israel, cujo zelo aparente havia sido mera hipocrisia, desprezou as leis de
Deus por um orgulho sacrílego. Reinou vinte e oito anos e jeoacaz, seu filho,
sucedeu-o.
391. 2 Reis 12; 2
Crônicas 24. Como a conservação do Templo fora inteiramente negligenciada sob o
reinado de Jeorão, de Acazias e de Atalia, Joás, rei de judá, resolveu
restaurá-lo e ordenou a joiada que enviasse levitas a todo o reino para obrigar
os súditos a contribuir cada qual com meio sido de prata. Joiada julgou que o
povo não daria de boa mente essa contribuição e assim não cumpriu a ordem.
Joás, no vigésimo terceiro ano de seu reinado, declarou-lhe que o considerava
malvado e ordenou-lhe que fosse mais cuidadoso no futuro e provesse a
res-tauração do Templo.
O sumo sacerdote então imaginou um meio de obrigar o povo a
contribuir de boa vontade. Mandou fazer um cofre de madeira, bem fechado, com
uma abertura por cima, como uma fenda, que foi posto no Templo, junto do altar.
Cada um, segundo a sua devoção, deveria depositar ali uma contribuição para a
restauração do Templo. Essa maneira de pedir a restauração foi agradável ao
povo, que se acotovelava, à porfia, para nele depositar ouro e prata. O
sacerdote e o secretário encarregado da guarda do tesouro do Templo esvaziavam
todos os dias o cofre na presença do rei e, depois de contar e anotar a soma
que lá havia, tornavam a colocá-lo no lugar. Quando já havia dinheiro
suficiente, o sumo sacerdote e o rei mandaram vir os operários e o material
necessário. Terminada a obra, empregaram o restante do ouro e da prata, que era
em grande quantidade, para fazer as taças, os copos e outros vasos próprios
para o serviço divino. Não se passava um dia em que não se oferecesse a Deus um
grande número de sacrifícios.
Observou-se essa praxe com rigor durante todo o tempo em que
o sumo sacerdote viveu. Ele morreu na idade de cento e trinta anos, e o
sepultaram no túmulo dos reis, tanto por causa de sua rara probidade quanto por
haver ele conservado a coroa na família de Davi. Logo o rei Joás e, à sua
imitação, os principais do país se esqueceram de Deus. Entregaram-se a toda
sorte de impiedade e pareciam ter prazer em calcar aos pés a religião e a
justiça. Deus repreendeu-os severamente, por meio dos profetas, que lhes
mostraram o quanto Ele estava irritado contra eles. Mas eles estavam tão
empedernidos no pecado que nem as ameaças nem o exemplo dos horríveis castigos
que seus antepassados haviam sofrido por caírem nos mesmos crimes os trouxeram
de volta ao cumprimento do dever.
Tanto cresceu o seu frenesi que Joás, esquecendo os favores
que devia a Joiada, mandou apedrejar Zacarias no próprio Templo pelo fato de
este, por inspiração divina, havê-lo exortado na presença de todo o povo a agir
com justiça no futuro e por ameaçá-lo com grandes castigos, caso continuasse no
pecado. Zacarias era filho de joiada e lhe sucedera no cargo de sumo sacerdote.
Esse santo homem, ao morrer, tomou a Deus por testemunha de como o príncipe, em
recompensa ao salutar serviço que lhe prestava e também pelo trabalho de seu
pai, fora injusto e cruel a ponto de fazê-lo morrer daquele modo.
392. Deus não tardou muito tempo em castigar esse tão grande
crime. Hazael, rei da Síria, entrou com um grande exército no reino de Joás.
Ele tomou, saqueou e destruiu a cidade de Gate e sitiou Jerusalém. Joás foi
tomado de tal medo que, para se ver livre desse grande perigo, lhe entregou
todos os tesouros do Templo, bem como os dos reis seus predecessores, e todos
os presentes oferecidos a Deus pelo povo. Isso contentou a ambição daquele
soberano, que levantou o cerco e retirou-se. Mas Joás não pôde evitar o castigo
que merecia. Foi vítima de uma grave enfermidade, e os amigos de Zacarias o
mataram no leito, para vingar a morte do amigo e do filho de um homem cuja
memória era tida em tão grande veneração. O mau príncipe tinha então quarenta e
sete anos. Enterraram-no em Jerusalém, porém não no sepulcro dos reis, porque
não foi julgado digno disso.
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História De Israel – Teologia 31.103 (Livro 9 Cap 7) ATALIA, VIÚVA DE JEORÃO, REI DEJUDÁ, TENTA EXTERMINAR TODA A DESCENDÊNCIA DE DAVI.JOIADA, SUMO SACERDOTE, SALVA JOÁS, FILHO DE ACAZIAS, REI DE JUDÁ, COLOCA-O NO TRONO E MANDA MATAR ATALIA.
História De Israel – Teologia 31.103
CAPÍTULO 7
ATALIA, VIÚVA DE JEORÃO, REI DEJUDÁ, TENTA EXTERMINAR TODA A
DESCENDÊNCIA DE DAVI.JOIADA, SUMO SACERDOTE, SALVA JOÁS,
FILHO DE
ACAZIAS, REI DE JUDÁ, COLOCA-O NO TRONO E MANDA MATAR
ATALIA.
387. 2 Reis 7 7; 2 Crônicas 22 e 23. Atalia, filha de Acabe,
rei de Israel, e viúva de Jeorão, rei de Judá, vendo que Jeú matara Jorão,
irmão dela, e que exterminava toda a sua descendência, não tendo poupado nem
mesmo Acazias, seu filho, rei de Judá, resolveu também exterminar toda a
descendência de Davi, para que nenhum dos descendentes deste pudesse subir ao
trono. Nada ela omitiu na execução de seu desígnio, e apenas um dos filhos de
Acazias escapou, o que aconteceu deste modo:
Jeoseba, irmã de Acazias e mulher de Joiada, sumo sacerdote,
entrou no palácio e encontrou no meio daquela carnificina um menino de nome
Joás, de apenas um ano de idade, o qual fora ocultado por sua ama. Ela então o
apanhou e levo-o, sem que nenhum outro, a não ser o marido, tivesse ciência
disso. Criou-o no Templo durante os seis anos em que Atalia reinou em
Jerusalém.
No fim desse tempo, joiada persuadiu cinco oficiais a se
unir a ele para tirar a coroa de Atalia e colocá-la sobre a cabeça de Joás.
Obrigaram-se todos, com juramento, a guardar segredo e conceberam firme
esperança de realizar o seu intento. Esses cinco oficiais foram depois a toda
parte convocar, em nome do sumo sacerdote, os sacerdotes, os levitas e os
principais das tribos a se dirigirem a Jerusalém. Depois que lá chegaram,
Joiada disse-lhes que, se lhe prometessem com juramento guardar um segredo
inviolável, comunicaria a eles um assunto muito importante para todo o reino,
no qual ele tinha necessidade de seu auxílio. Eles prometeram-no e juraram.
Então ele mostrou-lhes o único príncipe que restava da
descendência de Davi e disse: "Eis aí o vosso rei, o único que resta da
família daquele que, bem sabeis, Deus revelou e predisse que reinaria para
sempre sobre vós. Assim, se quiserdes seguir o meu conselho, sou de opinião que
uma terça parte de vós tome o cuidado de conservar este príncipe no Templo,
outra terça parte se apodere de todas as avenidas e a terça parte restante
monte guarda à porta pela qual se vai ao palácio real, que ficará aberta. Os que
não tiverem armas fiquem no Templo, onde ninguém entrará armado, exceto os
sacerdotes".
Escolheu em seguida alguns sacerdotes e levitas para que,
armados, ficassem junto da pessoa do novo rei, a fim de lhe servirem de
guardas, com ordem de matar a todos os que lá quisessem entrar com armas e
cuidar somente da conservação da pessoa do príncipe. Todos aprovaram o conselho
e se puseram a executá-lo. Joiada então abriu o depósito de armas que Davi
construíra no Templo, distribuiu tudo o que lá encontrou aos sacerdotes e aos
levitas e colocou-os ao redor do Templo, tão próximos uns dos outros que
poderiam dar-se as mãos e impedir a entrada de outras pessoas. Levaram em
seguida o jovem rei e o coroaram. Joiada consagrou-o com óleo santo, e todos os
assistentes, batendo palmas em sinal de alegria, exclamaram: "Viva o
rei!"
388. Atalia ficou não menos surpresa que perturbada com essa
notícia e saiu do palácio acompanhada pelos seus guardas. Os sacerdotes
deixaram-na entrar no Templo, mas os que haviam sido colocados ao redor dele
repeliram os guardas e o resto do séquito. Quando a altiva princesa viu o jovem
príncipe sentado no trono e com a coroa na cabeça, rasgou as próprias vestes e
ordenou que matassem aquela criança, da qual se estavam servindo para organizar
uma revolta contra ela e usurpar o reino. )oiada, em oposição, ordenou aos
oficiais de que falamos que a agarrassem e a levassem à torrente de Cedrom,
para que lá recebesse o castigo merecido, pois não se deveria macular o Templo
com o sangue de tão detestável pessoa. Acrescentou que matassem também
imediatamente qualquer um que se pusesse a defendê-la. Executou-se em seguida a
ordem: quando ela estava fora da porta, por onde saíam as cavalgaduras do rei,
mataram-na.
389. Depois de tão grande mudança, Joiada mandou reunir no
Templo todos os que estavam armados, bem como o povo, e os fez jurar que
serviriam fielmente o novo rei, velariam pela sua conservação e trabalhariam
pelo progresso do reino. Obrigou Joás a prometer, de sua parte, também com
juramento, que prestaria a Deus a honra que lhe era devida e jamais violaria as
leis outorgadas por Moisés.
Todos correram em seguida ao templo de Baal, que Atalia e
seu marido, o rei jeorão, haviam feito construir para agradar ao rei Acabe, em
detrimento do Deus verdadeiro e Todo-poderoso, e o derrubaram, arrasando-o
completamente. Mataram ainda Mata, que nele era o sacerdote. Joiada, segundo a
determinação do rei Davi, entregou a guarda do Templo aos sacerdotes e aos
levitas, determinando que duas vezes por dia oferecessem a Deus sacrifícios
solenes, como a Lei o man-dava, acompanhados de incensação, e escolhessem algum
dos levitas para guardar as portas do Templo, para só deixarem entrar quem
estivesse purificado.
Depois que o sumo sacerdote assim dispôs todas as coisas,
levou do Templo para o palácio real o jovem príncipe, acompanhado por aquela
grande multidão. Puseram-no sobre o trono. As aclamações de júbilo
renovaram-se, e, como não havia ninguém que não se julgasse feliz, porque a
morte de Atalia lhes causava grande tranqüilidade, toda a cidade de Jerusalém
passou vários dias em festas e banquetes. O jovem rei, cuja mãe se chamava
Zíbia, era da cidade de Berseba e tinha então, como já dissemos, apenas sete
anos. Foi muito religioso e zeloso das leis de Deus durante o tempo em que
Joiada viveu e desposou, por conselho deste, duas mulheres, das quais teve
filhos e filhas.
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História De Israel – Teologia 31.102 (Livro 9 Cap 6) JEÚ, REI DE ISRAEL, FAZ MORRER JEZABEL, OS SETENTA FILHOS DE ACABE, TODOS OS PARENTES DESSE SOBERANO, QUARENTA E DOIS PARENTES DE ACAZIAS, REI DE JUDÁ, E EM GERAL TODOS OS SACERDOTES DE BAAL, O FALSO DEUS DOS TÍRIOS, AO QUAL ACABE MANDARA CONSTRUIR UM TEMPLO.
História De Israel – Teologia 31.102
CAPÍTULO 6
JEÚ, REI DE ISRAEL, FAZ MORRER JEZABEL, OS SETENTA FILHOS DE
ACABE,
TODOS OS PARENTES DESSE SOBERANO, QUARENTA E DOIS PARENTES
DE
ACAZIAS, REI DE JUDÁ, E EM GERAL TODOS OS SACERDOTES DE
BAAL, O FALSO DEUS DOS TÍRIOS, AO QUAL ACABE MANDARA CONSTRUIR UM TEMPLO.
385. Quando jeú fez a
sua entrada em Jezreel, a rainha Jezabel veio a uma janela, para vê-lo chegar.
Estava adornada e bem vestida e disse ao vê-lo aproximar-se: "Eis o fiel
servidor, que assassinou o seu senhor!" A essas palavras, Jeú ergueu os
olhos, perguntou quem ela era e mandou que descesse. Ela não quis fazê-lo, e
ele então ordenou aos eunucos que estavam com ela que a atirassem para baixo.
Os homens obedeceram, e a miserável princesa, caindo, espatifou-se de tal modo
sobre as pedras do calçamento que elas ficaram manchadas com o seu sangue. Ela
morreu depois, sob as patas dos cavalos que lhe passaram por cima. Jeú ordenou
que ela fosse sepultada com a honra devida à grandeza de seu nascimento, sendo
de família real, mas apenas foram encontradas as extremidades de seu corpo,
pois os cães haviam comido o resto. Isso fez o novo rei lembrar a profecia de
Elias, o qual predissera que ela morreria daquele modo, em Jezreel.
386. Acabe deixara
setenta filhos, e estavam todos em Samaria. Jeú, para experimentar a disposição
dos samaritanos para com ele, escreveu aos precepto-res dos jovens príncipes e
aos principais magistrados da cidade, dizendo que escolhessem para rei um dos
filhos de Acabe que julgassem digno de reinar e que se vingasse de quem lhe
matara o pai, pois eles possuíam armas, cavalos, carros, soldados e
praças-fortes. Os magistrados e os habitantes, não se julgando em condições de
resistir a um homem que matara dois reis tão poderosos, responderam-lhe que não
conheciam outro soberano senão ele e que estavam prontos a fazer tudo o que ele
lhes mandasse.
Diante de tal resposta, ele escreveu aos magistrados que, se
deveras estavam assim dispostos, lhe mandassem as cabeças de todos os filhos de
Acabe. Ao receber essa carta, mandaram eles chamar os preceptores dos príncipes
e ordenaram-lhes que fizessem o que Jeú lhes mandara. Homens cruéis obedeceram
no mesmo instante, puseram as cabeças num saco e enviaram-nas a )eú. Ele estava
à mesa com alguns de seus familiares quando as trouxeram, e ordenou que as
colocassem em dois montes de ambos os lados da porta do palácio. No dia
seguinte, de manhã, foi vê-las e disse ao povo: "É verdade que matei o rei
meu senhor. Mas quem matou estes?" Queria assim dar-lhes a entender que
tudo acontecera por vontade de Deus e por ordem dEle, pois, como fora predito
pelo profeta Elias, Ele exterminaria Acabe e toda a sua descendência.
Mandou em seguida matar todos os parentes de Acabe que ainda
estavam vivos e depois partiu para Samaria. Encontrou pelo caminho quarenta e
dois parentes de Acazias, rei de Judá, e perguntou-lhes para onde iam.
Responderam que iam saudar Jorão, rei de Israel, e Acazias, o rei que estava
com ele, pois não sabiam que ele havia matado ambos. Jeú mandou prendê-los e os
fez morrer também. Logo depois, Jonadabe, que era um homem de bem e seu velho
amigo, veio procurá-lo e louvou-o por haver fielmente cumprido as ordens de
Deus, exterminado toda a descendência de Acabe. Jeú disse-lhe que subisse ao
seu carro para acompanhá-lo a Samaria e ter a satisfação de constatar que ele
não perdoaria a um só dentre os maus, mas faria passar a fio de espada todos os
falsos profetas e sedutores do povo, que o levavam a abandonar a Deus para
adorar falsas divindades, pois nada poderia ser mais agradável a um homem de bem
como ele que ver sofrerem os ímpios o castigo que merecem.
Jonadabe obedeceu, subiu ao carro e foi com ele a Samaria.
Jeú continuou a procurar e a matar todos os parentes de Acabe e, para impedir
que algum dos profetas dos deuses falsos daquele príncipe pudesse escapar,
serviu-se de um ardil. Mandou reunir todo o povo e declarou que, tendo
resolvido intensificar o culto que se prestava aos deuses de Acabe, nada
queriam fazer acerca daquele assunto sem o parecer dos sacerdotes e dos
profetas. Assim, queria que todos, sem exceção, viessem ter com ele, a fim de
oferecerem um grande número de sacrifícios a Baal, deus deles, no dia de sua
festa, e quem faltasse seria castigado com a pena de morte. Marcou depois um
dia para a cerimônia e mandou publicar a sua ordem em todas as partes do reino.
Depois que chegaram os sacerdotes e os profetas, mandou
entregar-lhes as vestes e, acompanhado por Jonadabe, seu amigo, foi
encontrá-los no templo, cuidando para que ninguém se misturasse a eles, pois,
dizia ele, não queria que os profanos tomassem parte naquelas santas
cerimônias. Quando os profetas e os sacerdotes estavam se preparando para
oferecer os sacrifícios, ele ordenou a oitenta de seus guardas, de toda
confiança, que os matassem a todos, a fim de vingar com a morte deles o
desprezo que por tanto tempo manifestaram para com a religião de seus
antepassados. E ameaçou-os de morte também, caso poupassem um só deles. Os
guardas executaram rigorosamente a ordem recebida e, também por ordem do rei,
atearam fogo ao palácio real, a fim de purificar Samaria das muitas abominações
e sacrilégios ali cometidos.
Baal era o deus dos tírios, ao qual Acabe, para agradar a
Etbaal, rei de Tiro e de Sidom, seu sogro, mandara construir e consagrar um
templo em Samaria, ordenando profetas e todas as outras coisas necessárias para
prestar honra a esse deus. Jeú permitiu, no entanto, que os israelitas
continuassem a adorar os bezerros de ouro. Embora Deus tivesse isso como coisa
muito desagradável, não deixou de prometer, por meio de seu profeta, que a
posteridade de Jeú, por ter este castigado a impiedade, reinaria sobre Israel
até a quarta geração.
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20 de dezembro de 2017
História De Israel – Teologia 31.101 (Livro 9 Cap 5) JEÚ MATA JORÃO, REI DE ISRAEL, E ACAZIAS, REI DE JUDÁ.
História De Israel – Teologia 31.101
CAPÍTULO 5
JEÚ MATA JORÃO, REI DE ISRAEL, E ACAZIAS, REI DE JUDÁ.
384. O exército de Jeú obedeceu com alegria a essa ordem e
ocupou de tal modo as estradas que iam a Jezreel que era impossível avisar o
rei de sua chegada. Jeú, sobre o seu carro, acompanhado pelo melhor de sua
cavalaria, marchou para a cidade. Quando já estava perto, a sentinela avisou
que via aproximar-se um grupo de cavaleiros. O rei ordenou a um dos seus que
fosse verificar quem eram. O cavaleiro foi a Jeú e disse-lhe que o rei o
mandava para saber como iam as coisas no exército. Jeú respondeu-lhe que não se
devia impressionar e que o seguisse. A sentinela, vendo que o cavaleiro, em vez
de voltar, tinha-se reunido ao grosso dos cavaleiros, foi avisar jorão, que
mandou um segundo, ao qual Jeú também reteve.
A sentinela avisou Jorão novamente, e então ele subiu ao
carro, acompanhado por Acazias, rei de Judá, para ver ele mesmo o que se
passava. Jeú marchava vagarosamente. Jorão alcançou-o no campo de Nabote e
perguntou-lhe se tudo ia bem no exército, jeú, em vez de responder,
perguntou-lhe como se podia vangloriar de ter por mãe uma feiticeira e uma
mulher sem honra. Essas palavras fizeram Jorão ver claramente que jeú havia
tramado a sua ruína, e ele disse ao rei Acazias: "Fomos traídos!" Ao
mesmo tempo, girou o carro, para voltar à cidade, mas Jeú o deteve com uma
flechada, que lhe atravessou o coração e o fez cair morto fora do carro. E,
lembrando-se de ter ouvido o profeta Elias dizer ao rei Acabe, pai de Jorão,
que ele e toda a sua geração morreriam no mesmo lugar em que injustamente se
insurgira contra Nabote, ordenou a Bidcar, general de um terceiro grupo de suas
tropas, que lançasse o corpo de jorão nas terras de Nabote. E assim a profecia
realizou-se.
Temendo receber o mesmo tratamento que Jorão, o rei Acazias
desviou o seu carro para tomar outro caminho. Jeú perseguiu-o até uma pequena
colina, onde lhe desferiu também uma flechada, que o feriu. Acazias desceu do
carro, montou num cavalo e fugiu a todo galope até a cidade de Megido, onde
morreu em conseqüência do ferimento. Levaram o seu corpo a Jerusalém, onde ele
foi enterrado, após haver reinado somente um ano e mostrado que era muito pior
que seu pai.
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História De Israel – Teologia 31.100 (Livro 9 Cap 4) JORÃO, REI DE ISRAEL, SITIA RAMOTE. É FERIDO E RETIRA-SE AJEZREE PARA SE MEDICAR, DEIXANDO JEÚ NO COMANDO DO EXÉRCITO PARA CONTINUAR O CERCO. O PROFETA ELISEU CONSAGRA JEÚ REI DE ISRAEL, COM ORDEM DE DEUS PARA ELE EXTERMINAR TODA A FAMÍLIA DE ACABE. JEÚ DIRIGE-SE A JEZREEL, ONDE ESTÁ JORÃO, REI DE ISRAEL. ACAZIAS, REI DE JUDÁ, SEU SOBRINHO, VISITA JORÃO.
História De Israel – Teologia 31.100
CAPÍTULO 4
JORÃO, REI DE ISRAEL, SITIA RAMOTE. É FERIDO E RETIRA-SE
AJEZREE PARA SE MEDICAR, DEIXANDO JEÚ NO COMANDO DO EXÉRCITO PARA CONTINUAR O
CERCO. O PROFETA ELISEU CONSAGRA JEÚ REI DE ISRAEL, COM ORDEM DE DEUS PARA ELE
EXTERMINAR TODA A FAMÍLIA DE ACABE. JEÚ DIRIGE-SE A JEZREEL, ONDE ESTÁ JORÃO,
REI DE ISRAEL. ACAZIAS, REI DE JUDÁ, SEU SOBRINHO, VISITA JORÃO.
383. Jorão, rei de Israel, acreditando poder reconquistar a
cidade de Ramote-Gileade, sitiou-a, depois da morte do rei da Síria, com grande
exército, sendo ferido nesse cerco por uma flecha atirada por um sírio. Como o
ferimento não era mortal, ele retirou-se para a cidade de Jezreel, a fim de
tratar a ferida, deixando o cerco a cargo de Jeú, filho de Josafá, que
comandava as suas tropas.
Esse general tomou a cidade num assalto, e Jorão resolveu
continuar a guerra aos sírios logo que se tivesse curado do ferimento. Nesse
mesmo tempo, o profeta Eliseu ordenou a um de seus discípulos que tomasse o
óleo santo e fosse a Ramote consagrar Jeú rei de Israel e declarar-lhe que o
fazia por ordem de Deus. Feito isso, o discípulo deveria se retirar em seguida,
como quem está fugindo, a fim de que ninguém fosse tido como suspeito de
cumplicidade naquele ato.
O discípulo encontrou Jeú assentado entre os seus oficiais,
conforme dissera o profeta, e pediu para falar-lhe em particular. Jeú
levantou-se e levou-o ao seu aposento. Ali o profeta derramou-lhe o óleo santo
sobre a cabeça e disse-lhe: "Deus vos consagra rei de Israel, para vingar
o crime cometido por Jezabel, quando, contra toda espécie de justiça, derramou
o sangue dos profetas. Ele vos ordena que extermineis completamente a
descendência de Acabe, bem como a de Jeroboão, a de Nabate, seu filho, e a de
Baasa, por causa de sua impiedade". Terminando de falar essas palavras, o
profeta retirou-se do quarto apressadamente.
Jeú voltou para junto daqueles que havia deixado.
Perguntando eles o que viera fazer aquele homem, que parecia ter perdido o
juízo, ele respondeu: "Tendes razão em falar assim, pois ele falou-me como
um louco". A curiosidade de saber o que o homem dissera os fez insistir em
que jeú contasse o que se passara, e ele disse: "Revelou-me ele que a
vontade de Deus é fazer-me rei". A essas palavras, eles puseram os seus
mantos em terra, uns sobre os outros, para que Jeú se sentasse sobre eles, como
em um trono, e o proclamaram rei ao som de trombetas.
O novo soberano marchou em seguida com todo o exército para
Jezreel, onde, como dissemos, o rei estava fazendo curar o seu ferimento.
Acazias, rei de Judá, filho de sua irmã, tinha vindo visitá-lo. Jeú, para
surpreender Jorão e não falhar em sua empresa, pediu a todos os soldados que,
se quisessem dar uma prova de que o haviam escolhido de boa mente para rei,
impedissem que Jorão soubesse de sua chegada.
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História De Israel – Teologia 31.99 (Livro 9 Cap 3) MORTE HORRÍVEL DE JEORÃO, REI DE JUDÁ. ACAZIAS, SEU FILHO, SUCEDE-O.
História De Israel – Teologia 31.99
CAPÍTULO 3
MORTE HORRÍVEL DE JEORÃO, REI DE JUDÁ. ACAZIAS, SEU FILHO,
SUCEDE-O.
382. Algum tempo depois, os árabes que estão perto da
Etiópia, auxiliados por um grande número de outros bárbaros, entraram no reino
de Jeorão. Saquearam-no totalmente e mataram todas as suas mulheres e filhos,
com exceção de um, chamado Acazias. Jeorão, segundo a predição com que o
profeta o havia ameaçado, contraiu uma horrível doença e morreu depois de haver
sofrido o que não se pode descrever. O povo, em vez de lastimá-lo, sentiu tal
aversão por sua memória que, julgando-o indigno de receber qualquer honra, não
quis que ele fosse enterrado no sepulcro de seus antepassados. E Deus assim o
permitiu, segundo a minha opinião, para mostrar o horror que Ele nutria pela
impiedade desse soberano. Jeorão reinou quarenta e oito anos, e Acazias, seu
filho, sucedeu-o.
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História De Israel – Teologia 31.98 (Livro 9 Cap 2) JEORÃO, FILHO DEJOSAFÁ, SUCEDE-O. ÓLEO MULTIPLICADO MILAGROSAMENTE POR ELISEU EM FAVOR DA VIÚVA DE OBADIAS. HADADE, REI DA SÍRIA, MANDA TROPAS PARA PRENDÊ-LO, MAS DEUS OS FERE COM CEGUEIRA, E ELISEU OS CONDUZ A SAMARIA. HADADE SITIA FORÃO, REI DE ISRAEL. ASSÉDIO LEVANTADO MILAGROSAMENTE, SEGUNDO APREDIÇÃO DE ELISEU. HADADE É ESTRANGULADO POR HAZAEL, QUE USURPA O REINO DA SÍRIA E DE DAMASCO. HORRÍVEL IMPIEDADE E IDOLATRIA DE JEORÃO, REI DE JUDÁ. ESTRANHO CASTIGO COM QUE DEUS O AMEAÇA.
História De Israel – Teologia 31.98
CAPÍTULO 2
JEORÃO, FILHO DEJOSAFÁ, SUCEDE-O. ÓLEO MULTIPLICADO
MILAGROSAMENTE
POR ELISEU EM FAVOR DA VIÚVA DE OBADIAS. HADADE, REI DA
SÍRIA,
MANDA TROPAS PARA PRENDÊ-LO, MAS DEUS OS FERE COM CEGUEIRA,
E
ELISEU OS CONDUZ A SAMARIA. HADADE SITIA FORÃO, REI DE
ISRAEL.
ASSÉDIO LEVANTADO MILAGROSAMENTE, SEGUNDO APREDIÇÃO DE
ELISEU.
HADADE É ESTRANGULADO POR HAZAEL, QUE USURPA O REINO DA
SÍRIA E DE DAMASCO. HORRÍVEL IMPIEDADE E IDOLATRIA DE JEORÃO, REI DE
JUDÁ.
ESTRANHO CASTIGO COM QUE DEUS O AMEAÇA.
377. 2 Crônicas 21.
josafá, rei de ]udá, deixou vários filhos, jeorão, que era o mais velho,
sucedeu-o no trono, como ele havia ordenado. A mulher de Jeorão, como vimos,
era irmã de Jorão, rei de Israel, filho de Acabe, que, ao regressar da guerra
contra os moabitas, levara Eliseu com ele para Samaria. Os feitos desse profeta
são tão memoráveis que julguei dever relatá-los aqui, segundo o que está
escrito nos Livros Santos.
378. 2 Reis 4. A
viúva de Obadias, mordomo do rei Acabe, veio dizer ao profeta que, não tendo
meios de restituir o dinheiro que seu marido havia emprestado para alimentar os
cem profetas que, como Eliseu devia saber, ele salvara da perseguição de
jezabel, os credores queriam tomá-la como escrava e também aos seus filhos. E,
por causa dessa dificuldade em que se encontrava, recorria a ele, para rogar
que tivesse piedade dela.
Eliseu perguntou-lhe se ela possuía alguma coisa. A mulher
respondeu que só lhe restava um pouco de óleo. O profeta então mandou-lhe que
tomasse emprestado dos vizinhos algumas vasilhas vazias, fechasse a porta do
quarto e enchesse os vasos com óleo, com a firme confiança de que Deus os
encheria a todos. Ela fez o que ele ordenou, e a promessa do profeta
realizou-se. Ela foi logo contar-lhe o resultado. Ele disse-lhe então que
vendesse o óleo: uma parte do dinheiro serviria para pagar as dívidas, e o
resto deveria ser guardado para sus-tentar os filhos. Assim, ele satisfez a
pobre mulher e livrou-a da perseguição dos credores.
379. 2 Reis 6. Eis um
outro grande feito do profeta: Hadade, rei da Síria, pôs homens de emboscada
para matar Jorão, rei de Israel, quando este fosse à caça, mas Eliseu foi
avisá-lo e impediu assim que ele fosse morto. Hadade ficou encolerizado por ver
frustrada a sua esperança, tanto que ameaçou matar todos os que havia
encarregado daquela missão, pois, tendo falado somente a eles, alguém devia
tê-lo traído e avisado o inimigo. Um deles então protestou, dizendo que eram
todos inocentes daquele crime e que o rei deveria entender-se com Eliseu, a
quem nenhum de seus intentos era segredo, os quais o profeta referia a Jorão.
Hadade aceitou essas razões e ordenou que procurassem saber em que cidade
estava o profeta.
Hadade soube que ele estava em Dota e para lá enviou um
grande número de soldados, a fim de prendê-lo. Penetraram na cidade à noite, para
que ele não pudesse escapar, porém o criado de Eliseu o soube e bem cedo, todo
trêmulo, correu a contar ao profeta. Este, que confiava no socorro do alto,
disse-lhe que nada temesse e rogou a Deus que o tranqüilizasse, fazendo-lhe
conhecer a grandeza de seu poder infinito. Deus o ouviu e permitiu que o servo
contemplasse uma grande multidão de cavaleiros e carros armados, prontos para
defender o profeta. Eliseu rogou a Deus também que cegasse de tal modo os
sírios que eles nada pudessem ver. Deus consentiu, e o profeta meteu-se no meio
deles, per-guntando a quem procuravam. Responderam que procuravam Eliseu, o
profeta. Ele disse-lhes: "Se quiserdes seguir-me, levar-vos-ei até a
cidade onde ele está". E, como Deus não somente lhes tirara a vista, mas
obscurecera-lhes também o Espírito, eles o seguiram.
Eliseu levou-os a Samaria. O rei Jorão, por seu conselho,
rodeou-os com todas as suas tropas e fechou as portas da cidade. Então o
profeta rogou a Deus que lhes tirasse a cegueira, e assim se fez. Não se pode
descrever a surpresa e o terror daqueles homens ao se acharem no meio dos
inimigos. Jorão perguntou ao homem de Deus se queria que os matasse, a
flechadas, e ele respondeu que o proibia terminantemente, porque não era justo
matar prisioneiros que não haviam sido vencidos na guerra e que nenhum mal
tinham feito ao país, mas que Deus os entregara nas mãos do rei por um milagre.
Ele devia, ao contrário, tratá-los bem e enviá-los de volta ao seu rei. Jorão
seguiu o conselho, e Hadade concebeu tal admiração pelo homem de Deus e pelas
graças com que Ele favorecia o seu profeta que enquanto Eliseu viveu não usou
mais de ardil algum contra o rei de Israel, determinando combatê-lo somente em
luta aberta.
Dessa forma, entrou em Israel com um grande exército. Jorão,
não se julgando capaz de lhe resistir, encerrou-se em Samaria, confiando em
suas fortificações. Hadade, julgando que não podia tomar a cidade à força,
resolveu cortar-lhe os víveres e assim começou o cerco. A falta de todas as
coisas necessárias à vida foi logo tão grande que a cabeça de um asno era
vendida por oitenta peças de prata, e um sextário de estrume de pomba, de que
se serviam em lugar de sal, custava cinco. Tal miséria fez Jorão temer que
alguém, levado pelo desespero, fizesse os inimigos entrar na cidade e por isso
inspecionava pessoalmente todos os guardas.
Numa dessas rondas, uma mulher veio lançar-se aos seus pés,
rogando-lhe que tivesse piedade dela. Ele julgou que ela desejava alguma coisa
para comer e rudemente respondeu que ele não tinha nem eira nem lagar de onde
lhe pudesse tirar alimento. A mulher retrucou que não era isso o que estava
pedindo, mas apenas que fosse juiz de uma questão entre ela e uma de suas
vizinhas. O rei, então, pediu-lhe que expusesse a sua dúvida. A mulher contou que
ela e a vizinha estavam morrendo de fome e, tendo cada uma um filho, entraram
em acordo para comê-los, pois não viam outro modo de salvar a própria vida. Ela
matara o seu, e ambas o haviam comido, mas agora a outra mulher, contrariando o
ajuste, não queria matar o dela e até o havia escondido.
Essas palavras comoveram tanto o soberano que ele rasgou as
próprias vestes e começou a gritar. Cheio de cólera contra Eliseu, determinou
matá-lo, porque, podendo o profeta obter de Deus, com as suas orações, o livramento
de tantos males, se negava a pedi-lo. Assim, ordenou que fossem imediatamente
cortar-lhe a cabeça, e os soldados partiram para executar a ordem. O profeta,
que estava descansando em sua casa, ciente da ordem por uma revelação de Deus,
disse aos seus discípulos: "O rei, sendo filho de um homicida, mandou os
seus homens para me cortar a cabeça. Ficai perto da porta, porém, para mantê-la
fechada a esses assassinos, quando virdes que se aproximam, pois o rei se
arrependerá de ter dado essa ordem e virá aqui ele mesmo, em seguida".
Fizeram o que ele havia determinado, e Jorão, arrependido de ter dado a ordem e
com receio de que a executassem, veio apressadamente para impedi-los e lamentou
o pouco interesse do profeta pelos seus sofrimentos e pela infelicidade do
povo, pois não se dignava pedir a Deus que os livrasse de tantos males.
2 Reis 7. Então Eliseu prometeu que, no dia seguinte, à
mesma hora, ele teria tal abundância de víveres em Samaria que a medida de
farinha de trigo seria vendida a um sido no mercado, e duas medidas de cevada
não custariam mais. Como o príncipe não podia duvidar das predições do profeta,
após haver constatado tantas vezes a sua veracidade, a esperança de um feliz
futuro deu-lhe tal alegria que o fez esquecer a infelicidade presente. Os que o
acompanhavam não ficaram menos alegres, exceto um dos oficiais, que comandava o
terço das tropas e em quem o rei tinha plena confiança. Ele disse a Eliseu:
"O profeta, o que prometeis ao rei não é possível, ainda que Deus faça
chover do céu farinha e cevada". Respondeu Eliseu: "Não duvideis,
porque o vereis com os vossos próprios olhos. Mas somente o vereis, não
participareis dessa felicidade". E aconteceu como ele predisse.
Havia entre os samaritanos um costume segundo o qual os
leprosos não podiam ficar nas cidades. Por esse motivo, quatro homens de
Samaria, vítimas dessa doença, residiam fora dos muros. Como não tinham
absolutamente nada para comer e nada podiam esperar da cidade, por causa da
extrema carestia a que estava reduzida, e como sabiam que não deixariam de
morrer de fome, quer fossem pedir esmola, quer ficassem em casa, julgaram
melhor entregar-se aos inimigos. Porque se estes tivessem compaixão deles, lhes
salvariam a vida, e se os matassem, seria uma morte muito mais suave que a outra,
que lhes era inevitável. Depois de tomar essa resolução, partiram para o
acampamento dos sírios.
No entanto Deus tinha feito aquele povo ouvir durante a
noite um rumor semelhante ao de cavalos e de carros, como se um grande exército
os viesse atacar. Isso causou-lhes tal espanto que eles abandonaram as suas
tendas e disseram a Hadade, seu rei, que o rei do Egito e os reis das ilhas
tinham vindo em auxílio de Jorão, e já se ouvia o retinir de suas armas. Como
Hadade havia também escutado o ruído, facilmente prestou fé às palavras deles,
sem que ele ou os seus soubessem o que fazer. Então fugiram, com tanta
precipitação e em tal desordem que nada levaram de seus bens e das riquezas de
que o acampamento estava cheio.
Os leprosos entraram no campo inimigo e lá encontraram em
abundância toda espécie de bens, sem ouvir o menor ruído. Avançaram ainda mais
e entraram numa tenda, onde, não encontrando ninguém, beberam e comeram o
quanto quiseram. Apoderaram-se de vestes, de dinheiro e de grande quantidade de
ouro e prata, que enterraram num campo fora do acampamento. Passaram a outra
tenda e ainda a duas outras, onde fizeram o mesmo, sem encontrar ninguém. Então
não tiveram mais dúvidas de que os inimigos haviam fugido e lastimaram não
terem levado ainda aquela notícia ao rei e aos seus concidadãos. Por isso se
apressaram e foram gritar às sentinelas que os inimigos se haviam retirado.
As sentinelas avisaram o corpo da guarda mais próximo da
pessoa do rei, que ao tomar ciência do fato reuniu em conselho os seus chefes e
servidores particulares e disse-lhes que aquela retirada dos sírios era
suspeita. Tinha motivo para temer que Hadade, ansioso por tomar a cidade pela
fome, tivesse fingido retirar-se, a fim de que os sitiados fossem saquear o
acampamento. Assim, ele voltaria de repente, cercá-los-ia de todas as partes,
matando-os facilmente, e tomaria a cidade sem resistência alguma. Seu parecer
era de que não se incomodassem com o que acontecera e continuassem como antes.
Um dos presentes a esse conselho, que estava entre os mais
sensatos, acrescentou, depois de elogiar tal parecer, que julgava muito
apropriado enviar dois cavaleiros para observar o que se passava no campo até o
Jordão. Se fossem apanhados pelos inimigos, os outros saberiam conservar-se
prudentemente em guarda, para não cair no mesmo perigo. E, se eles fossem
mortos, estariam apenas antecipando um pouco a própria morte, pois não tinham
como conter a carestia.
O rei aprovou a proposta e ordenou imediatamente aos
cavaleiros que fossem observar o campo inimigo. Eles voltaram dizendo que não
haviam encontrado uma pessoa sequer no acampamento e tinham visto o caminho
inteiramente coberto de armas e de grãos, que eles haviam lançado fora para
fugir mais depressa. Então Jorão permitiu aos seus que fossem saquear o campo
dos sírios. Recolheram uma enorme riqueza de despojos, pois, além de grande
quantidade de ouro, prata, cavalos e gado, encontraram tanto trigo e cevada que
parecia um sonho. Assim esqueceram logo os males passados, e houve abundância,
tal como Eliseu havia predito: duas medidas de cevada se vendiam por um sido, e
a medida de farinha, pelo mesmo preço. Essa medida continha um módio e meio, da
Itália.
O único que não teve parte em tão feliz mudança foi o
oficial que acompanhava do rei quando este fora falar com Eliseu. O príncipe
ordenara-lhe que ficasse à porta da cidade, para impedir que as pessoas, na
pressa de sair, matassem umas às outras. E ele foi sufocado, vindo a morrer,
como o profeta havia predito.
380. 2 Reis 8. Hadade retirou-se para Damasco e lá soube do
terror que invadira o seu exército sem que aparecesse qualquer inimigo, mas
sabia também que aquele pavor fora enviado por Deus. Sentiu muito desgosto ao
constatar que Ele lhe era tão contrário, e ficou gravemente enfermo.
Avisaram-no então de que Eliseu vinha a Damasco, e ele ordenou ao mais fiel de
seus servos, de nome Hazael, que fosse encontrá-lo com presentes e perguntasse
se ele sararia. Hazael mandou carregar quarenta camelos com os mais saborosos
frutos do país e com objetos preciosos e, depois de saudar o profeta,
apresentou-lhe as dádivas do rei, perguntando em seu nome se devia esperar a
cura. O profeta respondeu que Hadade morreria, mas proibiu Hazael de dar-lhe a
notícia.
Essas palavras deixaram Hazael muito aflito, e Eliseu, por
seu lado, derramou lágrimas à vista dos males que se seguiriam ao seu povo após
a morte de Hadade. Hazael rogou a Eliseu que lhe dissesse o motivo daquele
penar, e o profeta respondeu: "Choro por causa dos males que fareis sofrer
os israelitas. Pois fareis morrer os seus melhores homens, reduzireis a cinzas
as suas pra-ças-fortes, esmagareis os seus filhos com pedras e não poupareis
nem mesmo as grávidas". Hazael, assustado com essas palavras,
perguntou-lhe como aquilo poderia acontecer e que probabilidade havia de ele
conquistar tão grande poder. Então o profeta declarou que Deus havia revelado
que ele reinaria sobre a Síria.
Hazael contou a Hadade que este devia esperar a saúde e, no
dia seguinte, asfixiou-o com um pedaço de linho molhado e apoderou-se do reino.
Ele tinha, ademais, muitos méritos e conquistou de tal modo o afeto dos sírios
e dos habitantes de Damasco que eles o têm ainda hoje, tal como a Hadade, no
número de suas divindades e prestam-lhe contínua honra, por causa dos
benefícios que receberam de ambos, dos soberbos templos que eles construíram e
de tantos embelezamentos de que a cidade de Damasco lhes é devedo-ra. Enaltecem
também a antigüidade de sua descendência, pois ainda vivem, mil e cem anos
depois. Jorão, rei de Israel, informado da morte de Hadade, julgou que nada
mais tinha a temer e que passaria tranqüilo o resto de seu reinado.
381. 2 Reis 11; 2 Crônicas 21. Voltemos a Jeorão, rei de
Judá. Não havia ele subido ao trono, e seu mau governo logo se revelou, pelo
assassinato dos próprios irmãos e dos homens mais ilustres do reino, aos quais
Josafá, seu pai, dedicara grandíssima estima. Ele não se contentou em imitar
aqueles reis de Israel que primeiro violaram as leis de nossos antepassados e
mostraram a sua impiedade para com Deus, mas os sobrepujou a todos em muitas
espécies de crimes e aprendeu de Atalia, sua mulher, filha de Acabe, a prestar
aos deuses estrangeiros sacrílegas adorações. Assim, dia a dia, ele cada vez
mais irritava a Deus, por causa de sua impiedade e pela profanação das coisas
mais santas de nossa religião. Deus, no entanto, não o quis exterminar, por
causa da promessa que fizera a Davi.
Os idumeus, todavia, que antes lhe eram submissos, sacudiram
o jugo, começando Dor matar o seu próprio rei, que sempre fora fiel a josafá, e
colocando outro em seu lugar. Jeorão, para vingar-se, entrou à noite naquele
país com muitos carros e soldados de cavalaria e destruiu algumas cidades e
aldeias da fronteira, sem ousar contudo ir além. Mas essa expedição, em vez de
torná-lo temível àqueles povos, levou ainda outros a se revoltar contra ele, e
os que habitam o país de Libna não o quiseram mais reconhecer como soberano.
A loucura e o furor desse rei chegou a tal excesso que ele
obrigou os súditos a adorar falsos deuses nos lugares mais elevados dos montes.
Certo dia, estando ele muito agitado, trouxeram-lhe uma carta de Eliseu, na
qual o profeta o ameaçava com uma terrível vingança da parte de Deus, pois, em
vez de observar as suas leis, como os seus predecessores, ele preferira imitar
os erros abomináveis dos reis de Israel, obrigando a tribo de Judá e os
habitantes de Jerusalém, tal como Acabe fizera aos israelitas, a abandonar o
culto ao verdadeiro Deus para adorar ídolos. E, a tudo isso acrescentara ainda
o assassinato dos próprios irmãos e de tantos homens de bem. Por isso receberia
o merecido castigo: o seu povo cairia sob a espada dos inimigos, e os cruéis
vencedores não poupariam nem as esposas nem os filhos dele. Ele veria com os
próprios olhos saírem-lhe as entranhas de seus corpos e então iria se
arrepender, porém seria tarde demais, e o seu arrependimento não o impediria de
morrer em meio a muitas dores.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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