17 de outubro de 2013
Epistolas Paulinas - Teologia 16.19 - Trabalho Pessoal
Epistolas Paulinas - Teologia 16.19
Trabalho
pessoal
Predomina a errônea noção de que os trabalhos comuns são degradantes,
especialmente para um ministro do
evangelho. A culpa não é toda dos ministros, mas em grande parte de quem os
cercam. Crêem eles que os ministros devem se vestir sempre impecavelmente, e que jamais devem
manchar suas mãos com trabalho manual comum. Tais idéias não procedem da
Bíblia. Mesmo Cristo
foi carpinteiro; porém,
muitos de Seus
seguidores professos ficariam
estupefatos se vissem
um ministro do
Senhor serrando e
lixando pranchas de
madeiras, cavando na
terra ou carregando
pacotes. Prevalece
um falso senso
de dignidade que
é oposto ao espírito do
evangelho. O trabalho não produzia vergonha nem receios em Paulo. Ele não o
realizava apenas ocasional, mas
cotidianamente, enquanto se ocupava da pregação. Ver Atos 18:3 e 4. Ele
disse: "Vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim e aos que
estavam comigo". (Atos 20:34). Estava ele falando aos dirigentes da igreja
quando afirmou: "Tenho-vos
mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e
recordar as palavras do próprio Senhor
Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber". (Verso
35).
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16 de outubro de 2013
Epistolas Paulinas - Teologia 16.18 - Quem pode ter o Espírito?
Epistolas Paulinas - Teologia 16.18
Quem pode ter o Espírito?
Aquele que pedir com fervente
desejo. Ver Lucas 11:13. O Espírito já foi derramado e Deus nunca retirou
o dom; a única coisa que falta é que os
cristãos o peçam e aceitem.
"Sou devedor" Isso era capital na vida de Paulo e o
segredo de seu êxito. Hoje ouvimos as pessoas dizer: "O mundo está em dívida comigo", mas Paulo considerava ser ele
mesmo devedor do mundo. No entanto, não recebia do mundo senão açoites e
abusos. Tudo o que recebera antes de
Cristo encontrá-lo, era tido como perda total. Porém, Cristo fora ao seu
encontro e Se tinha dado a ele; por
conseguinte, pôde dizer: "Estou crucificado com Cristo; logo, já
não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho
de Deus, que me amou e a Si mesmo se entregou por mim". (Gálatas 2:20).
Uma vez que a vida de Cristo era a
vida de Paulo, e posto que Cristo Se entregou a Si mesmo ao mundo, Paulo
tornou-se devedor ao mundo. Esse
é o caso
de todos aqueles
que se tornam
servos do Senhor.
"Porque, na verdade,
tendo Davi servido
à sua própria
geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu..." (Atos 13:36).
"... e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal
como o Filho do Homem, que não
veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por
muitos". (Mateus 20:27 e 28).
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15 de outubro de 2013
Epistolas Paulinas - Teologia 16.17 - Estabelecidos por dons Espirituais
Epistolas Paulinas - Teologia 16.17
Estabelecidos
por dons Espirituais
"... Com vistas
ao aperfeiçoamento dos
santos para o
desempenho do seu
serviço, para a
edificação do corpo
de Cristo, Até
que todos cheguemos
à unidade da
fé e do
pleno conhecimento do
Filho de Deus,
à perfeita varonilidade, à medida da estatura da
plenitude de Cristo" (Efésios 4:12,13).
Os dons do Espírito devem
acompanhar o Espírito. Tão logo os primeiros discípulos receberam o Espírito,
de acordo com a promessa, também
entraram na posse dos dons. Um deles, o falar em novas línguas, manifestou-se
no mesmo dia. Deduz-se, portanto, que a
ausência dos dons do Espírito em qualquer grau notável na igreja, é
prova da ausência do Espírito. Não completamente, é claro, mas também não na medida que Deus prometeu.
O
Espírito deveria habitar
com os discípulos
para sempre, por
conseguinte, os dons
do Espírito devem
manifestar-se na verdadeira
Igreja até a segunda vinda do Senhor. Como já vimos, qualquer ausência
marcante da manifestação dos dons do Espírito, é indício de ausência
da abundância do
Espírito. Essa é
a causa da fraqueza da
igreja, como também
das grandes divisões
que em muitas
organizações religiosas existem.
Os dons espirituais
estabelecem a igreja,
portanto, a igreja
que não possui
esses dons não
pode considerar-se firmada.
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14 de outubro de 2013
Epistolas Paulinas - Teologia 16.16 - Uma viagem próspera
Epistolas Paulinas - Teologia 16.16
Uma viagem próspera
Paulo orava fervorosamente para
poder ter uma próspera viagem de visita a Roma, pela vontade de Deus. Se você ler o capítulo 27 de Atos, verá o tipo
de viagem que ele teve. Aparentemente poderíamos aplicar qualquer qualificativo
a essa jornada, exceto
o de próspera.
Porém, não
ouvimos sequer uma
queixa do apóstolo.
E quem disse
que não foi
uma viagem bem-
sucedida? "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles
que amam a Deus", portanto, deve ter sido realmente uma viagem próspera, se nos lembrássemos sempre
que Deus sabe muito melhor que nós como responder às nossas orações. evitaremos muitas lamentações.
Dons espirituais Quando Cristo ascendeu ao Céu “levou cativo
o cativeiro e deu dons aos homens" (Efésios 4:8). Esses dons eram dádivas do Espírito, uma vez que Jesus falou
sobre a conveniência de ir para o Céu, "porque, se Eu não for, o Consolador
não virá para vós outros; se, porém, Eu
for, vo-lo enviarei" (João 16:7). Pedro afirmou no dia de Pentecostes:
"A este Jesus Deus ressuscitou, do que
todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo
recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis". (Atos 3:32 e 33)
Esses dons são descritos nestes
termos: "Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há
diversidade nos serviços, mas o Senhor
é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo
em todos. A
manifestação do Espírito é concedida a
cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a
palavra da sabedoria; e a
outro, segundo o mesmo Espírito, a
palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo
Espírito, dons de curar;
a outro, operações de
milagres; a outro, profecia;
a outro, discernimento
de espíritos; a um, variedade de
línguas; e a outro, capacidade para
interpretá-las. Mas um só é e o mesmo Espírito realiza todas estas
coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a
cada um, individualmente”. (1ª Coríntios 12:4-11).
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.15 - Sempre ser jubilosos
Epistolas Paulinas - Teologia 16.15
Sempre ser jubilosos
O segredo de assim ser está em "orar
sem cessar” (ver 1ª Tessalonicenses 5:16-17). O apóstolo Paulo orava tanto
pelos outros que
não tinha tempo
para preocupar-se consigo
mesmo. Ele nunca
vira os romanos,
porém orava tão
fervorosamente por eles como pelas igrejas que havia fundado. Ao falar
de seus trabalhos e sofrimentos, diz que "pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as
igrejas" (2ª Coríntios 11:28). "Entristecidos mas sempre
alegres". Cumpriu a lei de Cristo levando as cargas dos outros. Assim pôde ele
gloriar-se na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Cristo sofreu na cruz pelos
outros, pela "alegria que lhe
estava proposta". Os que são plenamente dedicados aos outros
compartilham da alegria de seu Senhor, e podem alegrar-se nEle.
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.14 - Um homem de oração
Epistolas Paulinas - Teologia 16.14
Um homem de oração
Esse era Paulo. Mencionava os
romanos em todas as suas orações. Ele escreveu aos coríntios: "Sempre
dou graças a meu Deus a vosso
respeito..." (1ª Coríntios 1:4). Aos colossenses disse: "Damos sempre
graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós"
(Colossenses 1:3). Com mais ênfase ainda escreveu aos filipenses, "Dou graças
ao meu Deus por tudo que recordo de
vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas
orações..." (Filipenses 1:3-4). Aos
tessalonicenses: "Damos, sempre, graças a Deus por todos vós,
mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade
da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo"
(1ª Tessalonicenses 1:2-3). e "orando noite e dia, com máximo empenho,
para vos ver pessoalmente e reparar as
deficiências da vossa fé” (1ª Tessalonicenses 3:10). A seu querido
filho na fé escreveu, "Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com consciência pura,
porque, sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia" (2ª
Timóteo 1:3).
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.13 - Orai sem cessar
Epistolas Paulinas - Teologia 16.13
Orai sem cessar
O
apóstolo exortou aos tessalonicenses a orarem incessantemente (I
Tessalonicenses 5:17). Não encorajava a outros
a que fizessem aquilo que ele mesmo não fazia, já que disse aos romanos
que os mencionava ininterruptamente em suas orações. Não é necessário supor que o apóstolo tinha em
mente os irmãos de Roma a cada hora do dia, visto que nesse caso ele não teria
podido ocupar-se de
nada mais. Ninguém
pode estar conscientemente em
oração sem interrupção,
mas todos podem
ser "constantes na
oração", ou "perseverar em oração" (Versão de Young de
Romanos 12:12).
Isso se harmoniza com a palavra do
Salvador "sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer" (Lucas
18:1). Na parábola a que Lucas se refere
em seguida, o juiz
injusto reclama das
insistentes visitas da
viúva pobre. Essa
é uma ilustração
do que constitui
orar sem cessar. Não
significa que deveríamos
estar todo momento
em oração consciente;
nesse caso negligenciaríamos os
deveres importantes, mas que
jamais devemos cansar-nos de orar.
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.12 - Chamados para serem santos
Epistolas Paulinas - Teologia 16.12
Chamados para serem santos
Deus chama a
todos os homens para serem santos, porém àqueles que O aceitam, os chama
santos. Esta é uma declaração de Deus,
e não uma condição adquirida por esforço. Santo: Tal é seu título. Se Deus os
chama de santos, eles são santos.
Essas palavras foram dirigidas à
igreja em Roma e não à igreja de Roma. A igreja "de Roma" sempre foi
apóstata e pagã. Abusou da palavra "santo" até
convertê-la em pouco
menos que uma
banalidade de calendários.
Poucos pecados são
tão graves na
Igreja de Roma como fazer distinção entre
os "santos" e os cristãos comuns, criando com isso duas escalas de
bondade. Levou as pessoas a
acreditarem que o trabalhador e a dona de casa não são e nem
podem chegar a ser santos, rebaixando assim a verdadeira piedade prática diária, ao mesmo tempo, que
exaltando a piedade indolente e os atos de própria justiça.
Mas Deus não tem duas normas de
piedade e a todos os fiéis em Roma, pobres e desconhecidos como eram muitos
deles, Ele chama santos. A mesma coisa
acontece hoje com Deus, embora os homens possam não reconhecer esse fato.
Os primeiros sete versículos do
capítulo um de Romanos são dedicados a saudações. Jamais uma carta não
inspirada abarcou tanto em seus
cumprimentos. Tão firmado estava o apóstolo no amor de Deus que foi incapaz de
escrever uma carta sem expressar a quase
totalidade do evangelho
numa saudação introdutória.
Os oito versículos
seguintes podem bem
ser resumidos em:
"sou devedor [a
todos]", já que mostram a plenitude da devoção do apóstolo para com
os outros. Leiamo-los cuidadosamente e não nos contentemos com uma única leitura:
“8 Primeiramente, dou graças a meu
Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante a todos vós, porque, em todo o mundo, é
proclamada a vossa fé”.
9 Porque
Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha
testemunha de como incessantemente faço menção
de vós.
10 em todas as minhas
orações, suplicando que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa
ocasião de visitar-vos.
11 Porque muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum
dom espiritual, para que sejais confirmados,
12 isto é, para que, em vossa companhia, reciprocamente nos
confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e minha.
13 Porque não quero, irmãos, que ignoreis que, muitas vezes, me
propus ir ter convosco (no que tenho sido, até agora, impedido), para conseguir igualmente entre vós algum fruto,
como também entre os outros gentios.
14 Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a
sábios como a ignorantes;
15 por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o
evangelho também a vós outros, em Roma."
Um grande contraste Nos dias do apóstolo Paulo, a fé da Igreja
de Cristo que estava em Roma era conhecida no mundo inteiro. Fé significa fidelidade, já que ela é contada como
justiça e Deus nunca considera uma coisa pelo que ela não é. A fé "opera
por amor" (Gálatas 5:6). E essa
ação é "a operosidade da vossa fé" (1ª Tessalonicenses 1:3). Fé
também significa humildade, como demonstram as
palavras do profeta: "Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas
o justo viverá pela sua fé". (Habacuque 2:4). Aquele cuja alma é reta é um homem justo; aquele que se orgulha
não é justo e sua alma carece de retidão. Mas o justo assim é por sua fé,
portanto, somente possui
fé aquele cuja
alma não é
soberba. Nos tempos
de Paulo, os
irmãos romanos eram,
pois, humildes. Hoje
é muito diferente. O Catholic Times, de 15 de junho
de 1894, nos dá uma amostra disso. O Papa disse: "Temos dado autoridade
aos bispos do ritual sírio, para que se reúnam em sínodo em
Mossul", e recomendou uma "mui fiel submissão" desses prelados,
ratificando a eleição do patriarca por
meio de "nossa autoridade apostólica".
Uma publicação anglicana expressou
sua surpresa, declarando: "Trata-se de uma união livre de igrejas num
plano de igualdade, ou se trata de
submissão a uma cabeça suprema e monárquica?" A réplica do
Catholic Times assim se apresentava: "Não é uma união livre e igualitária entre igrejas, mas, de
preferência, uma submissão a uma cabeça suprema e monárquica… Queremos dizer ao
nosso orador anglicano: Você
não está realmente
surpreso. E sabe
muito bem o
que Roma reclama
e sempre reclamará: obediência. Essa
é a exigência que colocamos diante do mundo, se
não o fizemos previamente."
Mas tal pretensão não existia na
época de Paulo. Nesse tempo tratava-se da Igreja de Cristo em Roma; agora é a
igreja de Roma. A igreja em
Roma era conhecida
por sua humildade
e obediência a
Deus. A igreja
de Roma é conhecida por
sua altiva pretensão
de possuir o poder de Deus, e
por exigir que a ela se obedeça.
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.11 - O poder da ressurreição
Epistolas Paulinas - Teologia 16.11
O poder da
ressurreição
Conquanto Jesus
Cristo tenha tido
um nascimento humilde,
"foi designado Filho
de Deus com
poder, segundo o espírito de
santidade, pela ressurreição dos mortos" (Rom. 1:4). Acaso não era Ele
Filho de Deus antes da ressurreição?
Não Se havia
o Senhor declarado
como tal? Certamente!
E o poder
da ressurreição manifestou-se
durante toda a
Sua vida. Sem
precisar ir mais longe, o poder da ressurreição ficou demonstrado no
fato dEle erguer-Se dos mortos, algo que realizou pelo poder que habitava em Si mesmo. Porém, foi
a ressurreição dos mortos que estabeleceu esse fato além de toda a dúvida à
vista dos homens.
Depois de haver ressuscitado, foi
até os discípulos e lhes disse: "Toda a autoridade Me foi dada no Céu e na
Terra" (Mateus 28:18). A
morte de Cristo
havia destruído todas
as esperanças que
eles tinham nEle,
mas quando "se
apresentou vivo, com
muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta
dias..." (Atos 1:3), tiveram ampla demonstração de Seu
poder.
A única obra, a partir de então, a
única grande missão e a comissão de Seus seguidores, seria dar testemunho de
Sua ressurreição e poder. O poder da
ressurreição é de acordo com o Espírito de santidade, já que por meio do Espírito foi
Ele ressuscitado. O poder concedido para declarar um homem santo é o
poder que ressuscitou a Cristo dos mortos. "Visto como o Seu divino poder
nos tem dado tudo o que
diz respeito à vida e
à piedade, pelo
pleno conhecimento dAquele
que nos chamou
por Sua própria
glória e virtude." (2ª Pedro 1:3)
A obediência da fé Paulo diz que mediante Cristo havia
recebido graça e apostolado para a obediência da fé entre todos os gentios.
A verdadeira fé é uma crença em Jesus
absoluta. "A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele
enviou." (João 6:29). Cristo disse: "E por que Me chamais Senhor, e não
fazeis o que eu vos digo?" (Lucas 6:46). Uma profissão de fé em Cristo,
não acompanhada de verdadeira fé, é
inútil.
O homem não respira para
demonstrar que está vivo; está vivo e por isso respira. A respiração é sua
vida. Assim também, o homem não deve
fazer boas obras para demonstrar que tem fé, mas as realiza porque elas, as
obras, são o resultado inevitável de sua fé. Até Abraão foi justificado pelas obras que
procedem da fé, porque a fé "cooperou com as suas obras e... pelas obras a
fé foi aperfeiçoada, e se cumpriu a
escritura que diz: E creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como
justiça..." (Tiago 2:22). Somos justificados pela fé, e sendo assim justificados, e
desfrutando dessa justificação as obras que dessa fé procedem são naturais no
crente.
Amados de Deus Essa foi uma consoladora segurança para
"todos os que estavam em Roma". Quantos teriam desejado ouvir
dos lábios de
um anjo vindo
diretamente da glória
o que Gabriel
disse a Daniel:
"... És muito
amado". O apóstolo
Paulo escreveu por
inspiração direta do Espírito Santo,
de forma que a mensagem de amor dirigiu-se aos romanos tão diretamente
do Céu como a de Daniel. O Senhor
destacou por nome alguns favoritos, mas afirmou que todos em Roma eram amados
de Deus.
Deus não faz acepção de pessoas, e
essa mensagem de amor é também para nós outros. Eles eram "amados de
Deus", simplesmente porque
"Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unigênito para que
todo aquele que nEle crê não pereça, mas
tenha a vida eterna”.(João 3:16). "De longe o Senhor me apareceu,
dizendo: Pois que com amor eterno te amei..." (Jeremias 31:3). Esse
amor eterno para
com os homens
nunca hesitou, embora
esses se houvessem
esquecido disso. Àqueles
que se separaram
e caíram em iniqüidade,
Ele disse: "Eu sararei a sua apostasia, Eu voluntariamente os
amarei..." (Oséias 14:4). "Se somos infiéis, Ele permanece fiel; porque não pode negar-Se a
si mesmo”. (II Tim. 2:13)
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.09 - O Evangelho no Velho Testamento
Epistolas Paulinas - Teologia 16.09
O evangelho no Velho Testamento
O evangelho de
Deus para o qual o apóstolo Paulo afirmava ter sido separado, era aquele
"que foi por Deus outrora
prometido por intermédio dos Seus profetas nas Sagradas Escrituras"
(Romanos 1:2); literalmente, o evangelho que
Ele havia previamente
anunciado ou pregado
na forma de
uma promessa. Isso
nos mostra que
o Velho Testamento
contém o evangelho
na forma de
uma promessa, e
também que o
evangelho prometido na
Velha Aliança teve
seu cumprimento perfeito
na Nova Aliança.
É o único
evangelho que o
apóstolo pregou. Isto
é assim, porque
há um único
Evangelho. Sabendo disto,
ninguém deveria estranhar
nossa fé no
Velho Testamento como a sombra
de coisas futuras,
coisas essas que
estão claramente definidas
e estabelecidas somente no Novo
Testamento. O texto de Hebreus 1:1 é um texto muito claro para lhe negar a
verdade que está nele contido: “Havendo
Deus antigamente falado
muitas vezes, e
de muitas maneiras,
aos pais pelos
profetas, a nós
falou-nos neste últimos dias pelo Filho”.
Lemos que
Deus "anunciou primeiro
o evangelho a
Abraão: dizendo: Todas
as nações serão
benditas em ti"
(Gálatas 3:8). O
evangelho pregado nos dias de Paulo era o mesmo ensinado aos israelitas
em forma de símbolos e promessas no passado (“Porque a nós foram pregadas as boas novas, como a
eles...” Ver: Hebreus 4:2). Moisés escreveu acerca de Cristo, e seus escritos
contêm tanto do evangelho que alguém
que não cria no que ele escreveu, não podia crer em Cristo (João 5:46-47). "DEle todos
os profetas dão
testemunho de que, por meio de Seu nome, todo o que nEle crê recebe
remissão de pecados" (Atos 10:43)
Timóteo, em
sua mocidade, não
teve outra coisa
que não fosse
as escrituras do
Velho Testamento, e
foi o apóstolo
Paulo que lhe
escreveu: "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que
foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que desde a infância sabes as sagradas letras que podem
tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus "
(2ª Timóteo. 3:14-15).
Portanto, vá ao Velho Testamento
esperando encontrar ali a Cristo e Sua justiça, e você se tornará sábio para a
salvação. Não separe
Moisés de Paulo, Davi de Pedro,
Jeremias de Tiago, nem Isaías de João.
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.10 - Observação Importante:
Epistolas Paulinas - Teologia 16.10
Observação
Importante:
Quando
falamos em
Velho Testamento não
estamos falando a
mesma coisa que
Velha Aliança, pois
entendemos que a Velha Aliança, com suas leis, normas, estatutos,
diretrizes de culto e adoração, mandamentos, etc, acabou na cruz e deu lugar para a Nova Aliança.
A
semente de Davi
O evangelho de Deus é "com
respeito a Seu
filho, o qual,
segundo a carne,
veio da descendência
de Davi". (Romanos 1:3). Leia a história de Davi e dos
reis que dele descenderam, que foram ancestrais de Jesus, e comprovará que no
aspecto humano, o Senhor poderia ter
sido afetado, , negativamente por seus antepassados, como qualquer outro homem
jamais poderia tê-lo sido, mas não o
foi. Muitos deles eram idólatras, licenciosos e cruéis. Embora Jesus estivesse
rodeado de fraquezas, "não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em Sua
boca" (1ª Pedro 2:22). Isso está escrito com o propósito de prover ânimo à
pessoa na pior condição imaginável em
sua vida. Isso é assim para mostrar que o poder do evangelho da graça de Deus
triunfa sobre a herança.
O fato de Jesus haver nascido da
semente de Davi significa que Ele é herdeiro do trono de Davi. Referindo-se a
esse trono, disse o Senhor: "Porém
a tua casa [de Davi] e teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu
trono será estabelecido para sempre".
(2º Samuel 7:16).
O reinado de
Davi é, por conseguinte, essencial
para a herança
prometida a Abraão,
ou seja, a
Terra toda (Ver
Romanos 4:13).
De Jesus, disse o anjo:
"Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, Seu pai: Ele reinará para
sempre sobre a casa de Jacó; e o
seu reinado não terá fim”.(Lucas
1:32-33). Porém, isso implicava que também levaria a maldição da herança,
sofrendo a morte. "... Em troca da
alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia..."
(Hebreus 12:2). "Pelo que também Deus
O exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo
nome". (Filipenses 2:9).
Assim como foi com Cristo,
igualmente ocorre conosco. É através de grande tribulação que entramos no
reino. Aquele que recua ante a censura,
que faz de sua humilde condição de nascimento ou de suas características
herdadas uma desculpa para as derrotas, perderá o reino dos céus. Jesus Cristo desceu às mais
baixas profundidades da humilhação, a fim de que todos quantos ali estavam
pudessem, se assim o desejassem, subir
com Ele aos lugares mais elevados.
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9 de outubro de 2013
Epistolas Paulinas - Teologia 16.08 - O Evangelho de Deus.
Epistolas Paulinas - Teologia 16.08
O Evangelho de Deus.
O apóstolo afirmou que havia sido
"separado para o evangelho de Deus". É o evangelho de Deus
"acerca de Seu
Filho". Temos provas suficientes de que Cristo é Deus e,
portanto, o evangelho de Deus a que se refere o primeiro versículo da epístola, é idêntico ao "evangelho de
Seu Filho", mostrado no verso 9.
Deus o Pai, tanto como o Filho, é
nosso Salvador. "Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho
Unigênito" (João 3:16). "Deus
estava em Cristo reconciliando Consigo mesmo o mundo" (2ª Coríntios 5:19).
Cristo veio até nós como representante do Pai.
Quem via a Cristo, via também o Pai (João 14:9). As obras que Cristo fez
eram as obras do Pai que nEle habitava (João 14:10). Até as palavras que Ele dizia eram as palavras do
Pai (João 10:24). Quando ouvimos Cristo dizer: "Vinde a Mim todos vós que
estais cansados e oprimidos e Eu vos
aliviarei", estamos ouvindo também o convite cheio de graça de Deus, o
Pai. Quando contemplamos Cristo tomando
em Seus braços as criancinhas e abençoando-as, testemunhamos o afeto do
Pai. Quando vemos a Cristo recebendo pecadores e Se
misturando com
eles, comendo com
eles, perdoando seus
pecados e purificando
aos desprezados leprosos
por meio de
Seu toque curador, estamos ante a condescendência e
compaixão do Pai. Até quando vemos nosso Senhor na cruz, com o sangue manando
de Seu lado ferido, o sangue pelo qual
somos reconciliados com Deus, não duvidemos jamais das palavras de que
"Deus estava em Cristo
reconciliando Consigo mesmo o mundo", de forma que o apóstolo Paulo
pôde dizer: "a igreja de Deus, a qual Ele comprou com o Seu próprio sangue" (Atos 20:28).
Postagem :Epistolas Paulinas - Teologia 16.07 - Separado
((POSTAGEM RECUPERADA))
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8 de outubro de 2013
Epistolas Paulinas - Teologia 16.06 - Um servo (escravo) - "Paulo, servo de Jesus Cristo".
Epistolas Paulinas - Teologia 16.06
O
apóstolo se apresenta aos romanos desta forma inusitada. Em outras
epístolas ele utiliza a mesma palavra.
Muita gente hoje em dia se sentiria envergonhada de auto se definir como
servos; mas, não foi assim no primeiro
século, não era assim com os apóstolos. Ser servo era um privilégio.
Dependendo de quem servimos, faz
uma enorme diferença. A importância do servo deriva da dignidade daquele a quem
ele serve. Paulo servia ao Senhor
Jesus. Está ao seu alcance servir ao mesmo Mestre. "Não sabeis vós que a
quem vos apresentardes por servo para
lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte,
ou da obediência para a justiça?" (Romanos 6:16). Paulo apresenta aqui apenas duas
classes de servos, e notadamente somos servos de um ou do outro. Até o próprio
empregado de uma casa que aceita a
justiça de Deus em seu favor, é servo do Senhor e não do homem. "Vós,
servos, obedecei em tudo a vossos
senhores segundo a carne, não servindo só na aparência como para agradar
aos homens, mas em simplicidade de coração temendo a Deus. E tudo quanto fizerdes, fazei-o de
todo coração, como ao Senhor, e não aos homens. Sabendo que recebereis do
Senhor o galardão da herança, porque a
Cristo, o Senhor, servis". (Colossenses 3:22-24).
Uma consideração atenta dos
textos acima não pode senão dignificar o trabalho mais humilde e rotineiro que
se possa imaginar. A versão traduzida
para o português
não expressa toda
a força do
termo que o
apóstolo usa ao
chamar-se "servo". Em
realidade é "servo-escravo". Ele
usou o termo
que normalmente era
aplicado aos escravos,
e não a
um empregado. Se
nós desejamos ser
realmente servos do Senhor, somos Seus escravos, razão pela qual o
servimos, e isto é por toda a vida. Todavia, há uma conotação interessante, servir ao Senhor implica ao
mesmo tempo em liberdade. "Porque o que é chamado pelo Senhor, sendo
servo, é liberto do Senhor; e da mesma
maneira também o que é chamado sendo livre, servo é de Cristo". (1ª
Coríntios 7:22).
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7 de outubro de 2013
Epistolas Paulinas - Teologia 16.05 - O Evangelho - A saudação - Romanos 1:1-7
Epistolas Paulinas - Teologia 16.05
O Evangelho
A
saudação. Romanos 1:1-7
1 – Paulo, servo de Jesus Cristo,
chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus.
2 – que Ele antes havia prometido
pelos Seus profetas nas Santas Escrituras,
3 – acerca de Seu Filho, que
nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
4 – e que com poder foi declarado
Filho de Deus segundo o espírito de santidade, pela ressurreição dentre os
mortos – Jesus Cristo nosso
Senhor.
5 – pelo qual recebemos a graça e
o apostolado, por amor do Seu nome, para a obediência da fé entre todos os
gentios.
6 – entre os quais sois também vós
chamados para serdes de Jesus Cristo;
7 – e a todos os que estais em
Roma, amados de Deus, chamados para serdes santos; graça a vós, e paz da parte
de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus
Cristo.
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6 de outubro de 2013
Epistolas Paulinas - Teologia 16.04 - A Igreja em Roma
Epistolas Paulinas - Teologia 16.04
A IGREJA EM ROMA
Fundação: Em sua epístola, Paulo
deixa claro que ainda não conhecia Roma. Logo, a igreja ali não foi por ele
fundada. Entendemos que Pedro também
não participou desse processo, pois, se este ou outro apóstolo fosse
responsável por aquela igreja, Paulo não escreveria uma
carta doutrinária para
aqueles irmãos. Por
outro lado, se
Pedro estivesse em
Roma, o mesmo
teria sido mencionado
nas saudações do último
capítulo. Ambrosiastro, escritor do século IV disse: "Os romanos abraçaram
a fé em Cristo sem ver nenhum sinal de
obras poderosas e nenhum dos apóstolos". No século II surgiu a tradição
segundo a qual Pedro teria exercido ministério em Roma.
No século IV iniciou-se a tradição de que ele teria
sido o 1o bispo romano. Quem então teria fundado aquela igreja? De fato, isso
não tem grande importância, mas sempre
gostamos de ter um nome para a
atribuição das honras. É isso que fomenta o surgimento das tradições. Uma das hipóteses mais prováveis
é que a igreja tenha sido fundada no ano 30 pelos judeus de Roma que estiveram
em Jerusalém no Pentecostes –
At.2.10,11.
A colônia judaica em Roma Desde a conquista de
Jerusalém por Pompeu no ano 63
a .C., muitos judeus foram morar em Roma. No governo de Cláudio foram expulsos –
(At.18.2). A ordem foi revogada por Nero poucos anos depois. Quando Paulo
chegou a Roma, no ano 60 (At.28) ele
encontrou judeus que ali residiam. (É bom lembrar que o envio da epístola é
anterior a essa "visita").
A
igreja em Roma
era composta de
judeus e principalmente gentios.
Na epístola, Paulo
fala aos judeus
e aos gentios
de forma específica e direta alternadamente
(Rm.1.5-7,13; 2.17-24). Sendo pessoas de origens, tradições e costumes tão
distintos, era natural que a
convivência entre eles apresentasse suas dificuldades. O apóstolo procura
tratar dessa questão no capítulo 14.
Propósito desta Epístola:
A epístola
de Paulo aos
Romanos tem enriquecido
o testemunho de
gerações de crentes
ao longo da
história. A profundidade
de pensamento do autor põe em
destaque a sua confiança na graça de Deus, estabelece as bases da doutrina da
Justificação pela Fé e
manifesta a sua vocação e o fervor
que o anima; um fervor evangelizador que inspirou acontecimentos decisivos para
a história e a cultura da
humanidade.
Quando o apóstolo Paulo redigiu
esta epístola, a mais extensa de todas as suas, ainda não tivera oportunidade
de visitar os crentes residentes em
Roma (1:10-15). Contudo, a extensa lista de saudações do cap. 16 parece provar
que já naquela época contava com não
poucos relacionamentos e
afetos entre aquele
grupo de homens
e mulheres que,
em pleno coração
do império, haviam
sido “chamados” para serem “de
Jesus Cristo” (1:6). Não obstante, é esse conhecimento que o apóstolo demonstra
ter de muitos crentes de uma igreja
que nunca havia
visitado que tem
levado alguns estudiosos
que o cap.
16, originalmente não
fizesse parte desta
carta. Julgam que pode pertencer
a outra, possivelmente dirigida a Éfeso, onde Paulo havia estado em mais de uma
ocasião e, pelo menos uma vez, durante
um longo período de tempo.
Paulo muitas vezes, havia se
proposto a viajar para Roma (1:9-10, 13, 15; 15:22-23), para ali anunciar o
evangelho (1:15) e repartir com os
irmãos “algum dom espiritual”, para que reciprocamente se confortassem “por
intermédio da fé mútua” em Cristo (1:11-12). Mas agora, ao considerar a Espanha como campo do
seu imediato trabalho missionário, que vê chegar também a oportunidade de
realizar a desejada visita (15:24, 28).
Nessas circunstâncias, o apóstolo
parece entender que sua presença em Roma contribuiria para superar algumas
tensões que estavam surgindo na igreja.
Passagens como 11:11-25 e 14:1-15:6 revelam que pairava sobre a comunhão
fraternal um sério perigo de divisão,
por causa de rivalidades surgidas entre crentes de procedência
diferente: uns do judaísmo e os outros do paganismo.
Data e lugar de redação:
Na
época em que
sugiram as epístolas
do Novo Testamento
era prática habitual
que o autor
ditasse o texto
a um assistente
ou amanuense. A epístola aos
Romanos foi ditada por Paulo a um escritor chamado Tércio (Romanos 16:22).
Esta epístola foi escrita,
provavelmente, por volta do ano 55, durante uma permanência de Paulo na cidade
de Corinto. Tanto pelo seu conteúdo como pelas suas características
literárias, se assemelha à epístola enviada às igrejas da Galácia. As duas
pertencem à mesma época e revelam
interesses doutrinários semelhantes. O que não se sabe é qual delas foi escrita
primeiro. Por isso, alguns vêem em
Romanos uma exposição ampliada, muito refletida e serena, da breve
epístola aos Gálatas, enquanto que outros pensam que Gálatas é uma espécie de síntese polêmica e veemente
da epístola aos Romanos.
De qualquer forma, ambos os
escritos devem ser considerados a partir de uma perspectiva comum, posto que,
em definitivo, se trata de uma mesma mensagem que inclui conceitos
fundamentais idênticos:
O domínio do pecado sobre todos
os seres humanos
|
Romanos 1:18-2:11; 3:9-19.
|
Gálatas 3:10-11; 5:16-21.
|
A incapacidade da Lei de Moisés
de salvar o pecador
|
Romanos 2:12-29; 3:19-20;
7:1-25.
|
Gálatas 2:15-16; 3:11-13, 21-26.
|
A Graça de Deus revelada em
Cristo.
|
Romanos 1:16-17; 3:21-26.
|
Gálatas 2:20-21; 4:4-7.
|
A Justificação Pela Fé.
|
Romanos 3:26-30; 4:1-5.
|
Gálatas 2:16; 3:11, 22-26;
5:1-6.
|
O fruto do Espírito
|
Romanos 8:1-30.
|
Gálatas 5:22-26.
|
Nota ao
Leitor: O apóstolo
Pedro nos esclarece
que em quase
todas as epístolas
de Paulo há
sempre algumas "coisas
difíceis de entender" (2ª
Pedro 3:16). Talvez
seja também o
caso que encontramos
na epístola aos
Romanos, isso, em
maior medida do
que qualquer outra. Porém,
podemos, ao mesmo tempo, dizer que sua compreensão não é algo impossível,
exceto, como disse Pedro: para os
"indoutos e inconstantes". Daí a grande necessidade de estudos
sistematizados que tragam compreensão sobre o assunto em foco.
Comprovamos que há uma classe de
pessoas que além de torcer as epístolas de Paulo torcem "também as outras
Escrituras" para sua própria
perdição, aqueles que interpretam de forma errada o ensino de Paulo, com
certeza o fazem para seu próprio mal, e para o mal daqueles que aceitam esses ensinamentos
errados. Os que têm o desejo de compreender o Evangelho da Graça de Deus (Atos
20:24) e que lêem as singelas promessas
da Bíblia com proveito, não se encontrarão entre eles.
Ao iniciar seus estudos, você se
animará ao lembrar que se trata simplesmente de uma carta dirigida à igreja em Roma. Nada faz
supor que a
congregação em Roma
fosse diferente do
grande corpo de
cristãos em
geral. Lemos algumas
coisas importantes sobre
os primeiros cristãos "não
foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos
de nobre nascimento" (1ª
Coríntios 1:26). Os
verdadeiros seguidores de
Jesus sempre estiveram
entre as pessoas
comuns. Desse modo,
na igreja em
Roma deveria haver
negociantes, artesãos, trabalhadores, carpinteiros,
jardineiros, etc., como
também muitos criados
das famílias de
cidadãos ricos, e também alguns poucos que ostentavam posição elevada.
Quando consideramos que era esperado confiantemente que esse tipo de pessoas entendesse a
carta, podemos sentir-nos animados em crer que o mesmo há de suceder hoje. A
Epístola aos Romanos não é exclusiva de
eruditos. Se bem a verdade, algumas coisas necessitam ser entendidas a luz do
contextos da época, ou seja são
conceitos que deverão ser compreendidos se compreendermos os costumes da época
de Paulo e costumes pr’prios dos romanos.
O conselho de Paulo a Timóteo se
constitui o melhor guia para estudar qualquer de suas epístolas e a Bíblia em
geral. "Pondera o que acabo de
dizer, porque o Senhor te dará compreensão em todas as coisas". (2ª
Timóteo 2:7). Temos aqui duas palavras chaves: (1) O verbo
“ponderar”, outras versões
traduzem como “considerar”,
esta é nossa
responsabilidade diante do
estudo, ponderar, refletir,
examinar com cuidado e com critério cientifico, é nossa atividade
intelectual diante da Bíblia, devemos refletir, ponderar, considerar com
atenção as palavras
que encontramos nas
Escrituras. (2) A
segunda palavra em
Timóteo é “compreensão”, está
e a responsabilidade divina, Deus poderá
mediante seu Espírito nos fazer
compreender, isso, depois de acurada consideração. Deus é seu próprio intérprete. São as palavras da
Bíblia que explicam a Bíblia. É por isso que convém perguntar-se, uma e outra vez,
o que quer dizer exatamente o texto, em
relação com o que o precede e o que o segue. Jamais um teólogo poderá explicar
um texto fora de seu contexto imediato
e dentro do contexto geral. Muitas heresias se têm formado quando se aplica um
único texto, fora de seu contexto para
apoiar uma falsa “doutrina”.
Os comentários que acompanham o
texto em estudo têm por objetivo fixar mais detalhadamente na Palavra de Deus a
atenção dos estudantes, bem como ajudar
o leitor casual. Que o estudo desta epístola seja uma grande bênção para você,
e que a Palavra de Deus lhe seja de
grande valor, e que possa crescer em conhecimento e sabedoria para ministrar a
outras pessoas carentes do Evangelho da
Graça de Deus.
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5 de outubro de 2013
Epistolas Paulinas - Teologia 16.03 - Religião.
Epistolas Paulinas - Teologia 16.03
Religião.
Politeísmo – Desde o
passado remoto, a religião romana se caracterizava pela adoração a diversos
deuses. Inclusive, chegaram a adorar
muitas divindades da mitologia grega.
Culto aos antepassados – As
famílias tradicionais adoravam seus próprios ancestrais em seus cultos
domésticos.
Culto ao imperador – Estabelecido
por Augusto, o culto ao governante tornou-se parte da religiosidade
romana.
Cristianismo clandestino – O
cristianismo entrou em Roma sem reconhecimento oficial. A recusa dos cristãos
em relação ao culto ao imperador foi um
dos motivos que deflagraram a perseguição. Após ter incendiado Roma, o
imperador Nero acusou os cristãos. Este foi
um dos momentos de maior perseguição. Segundo a tradição católica, nessa
ocasião Paulo e Pedro foram mortos naquela cidade.
Cristianismo oficial – A partir do
governo de Constantino, o cristianismo foi autorizado. Algum tempo depois, o
imperador Teodósio tornou o cristianismo religião oficial do
Império. As práticas religiosas antigas passaram a ser proibidas. Contudo,
continuaram a existir no campo,
nas regiões afastadas
dos centros urbanos.
Com isso, entrou
no vocabulário religioso
o termo "pagão" que
significa "do
campo".
Referências bíblicas
a Roma: A
bíblia se refere
a Roma em
Atos, Romanos e
II Timóteo. Existem
comentaristas que interpretam
a "Babilônia" de
I Pedro 5.13
como sendo a
cidade de Roma.
Bem maior é
o número dos
que tem essa
interpretação com relação
à "Babilônia" do
Apocalipse (cap.17 etc.). O texto fala de uma mulher sobre 7 montes e
embriagada com o sangue dos seguidores de
Jesus. Com efeito, quando João escreveu aquele livro, muitos cristãos já
tinham sido mortos em Roma, a cidade das 7 colinas.
Influência romana
– Roma marcou
a história da
humanidade e até
hoje carregamos suas
influências em diversas
áreas. Alguns exemplos: o direito romano, o estilo
artístico, o calendário, os algarismos, o catolicismo, etc. Este último, com
sua estrutura de domínio mundial, nos
faz lembrar o antigo Império.
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