24 de janeiro de 2017
Geografia Bíblica - Teologia 25.129 - Rio Gaás
Geografia Bíblica - Teologia 25.129
1.4
- Rio Gaás
O destemido líder e bravo general hebreu,
Josué, foi sepultado no monte Gaás. Perto dessa elevação, corre um rio, também
chamado Gaás. Um rio? Não, um ribeiro! À semelhança dos outros wadis, só
possui água em determinados períodos do ano.
As águas do Rio Gaás banham a planície de
Sarom e desembocam no mar Mediterrâneo, nas proximidades de Jope.
"Gaás", em hebraico, significa terremoto.
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Geografia Bíblica - Teologia 25.128 - Rio Cana
Geografia Bíblica - Teologia 25.128
1.3
- Rio Cana
O rio Cana é citado apenas no Antigo
Testamento. Constituía-se em fronteira natural entre as Tribos de Efraim e
Manasses. Nasce nas imediações de Siquem e atravessa a planície de Sarom. Como
os anteriores, despeja suas águas no mar Mediterrâneo.
Seu nome decorre do fato de ele correr
nas proximidades da cidade de Cana de Efraim (não confundir com a localidade
onde Cristo realizou o seu primeiro milagre). Na antigüidade, havia abundância
de juncos em suas margens. Esse rio é, também, um wadi: só possui água nos meses
chuvosos.
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Geografia Bíblica - Teologia 25.127 - Rio Quisom
Geografia Bíblica - Teologia 25.127
1.2
- Rio Quisom
O Quisom é o maior rio da bacia do
Mediterrâneo e o segundo em importância de Israel. Chamam-no os árabes de Nahr
Makutts. Nascendo em Esdraelom, recebe inúmeras vertentes durante o seu
curso. Nas imediações do Tabor e do Pequeno Hermom, ele já é bem caudaloso.
Nas proximidades do Quisom, ficava
Tminate, onde morava Dalila, a meretriz filistéia que causou a desgraça de
Sansâo. Esse rio deságua no Mediterrâneo, entre Jope e Ascalom. Ao contrário do
Belus, o Quisom é perene, ou seja, suas águas não secam nem no verão.
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Geografia Bíblica - Teologia 25.126 - Bacia do Mediterrâneo - Rio Belus
Geografia Bíblica - Teologia 25.126
1 - Bacia do Mediterrâneo 1.1 – Rio
Belus
A bacia do Mediterrâneo é composta pelos
seguintes rios: Belus, Quisom, Cana, Gaás, Serec e Besor.
1.1
- Rio Belus
Correndo ao sudoeste do território
asserita, o rio Belus caminha em direção ao mar Mediterrâneo. Nas Sagradas
Escrituras, ele aparece com o nome de Sior-Libnate, conforme lemos em Josué
19.26: "E Alameleque, e Amade, e Misal: e chega ao Carmelo para o
ocidente, e a Sior-Libnate."
As águas do Belus são despejadas na baía
do Acre, nas proximidades da cidade de Acco. Durante dois terços do ano, esse
rio permanece seco, constituindo-se em um dos numerosos wadis palestínicos.
Hoje, esse rio é chamado de Namã pelos árabes e judeus.
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23 de janeiro de 2017
Geografia Bíblica - Teologia 25.125 - Rios da Terra Santa
Geografia Bíblica - Teologia 25.125
II
- RIOS DA TERRA SANTA
Quando da descoberta do Brasil, escreveu
Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal: "As águas são muitas." Em
Israel, no entanto, conforme já dissemos, os recursos hídricos são
sobremaneira escassos.
Dos rios existentes na Terra Santa, só o
Jordão merece, de fato, esse nome. Os outros, no Brasil, por exemplo, seriam
chamados de arroios e riachos. Vejamos, pois, como são os rios israelitas. Em
primeiro lugar, estudaremos os que compõem a bacia do Mediterrâneo. Depois, os
que formam a bacia do Jordão.
O que é um rio?
Fomos obrigados a recorrer, uma vez mais,
ao mestre Aurélio. Eis a sua definição: "Curso de água natural, de
extensão mais ou menos considerável, que se desloca de um nível mais alto para
outro mais baixo, aumentando progressivamente o seu volume até desaguar no mar,
num lago, ou noutro rio, e cujas características dependem do relevo, do regime
de águas, etc."
O hebraico possui um número considerável
de vocábulos que são constantemente usados. "Nahal" significa,
segundo o Novo Dicionário da Bíblia, um wadi ou vale dotado de uma corrente
de água; no verão, transforma-se num leito seco ou ravina, ainda que no
inverno seja uma correnteza copiosa. Acrescenta o mesmo dicionário: "O segundo
termo, 'nãhãr', é a palavra regular com o sentido de 'rio' na língua
hebraica."
Mapa dos afluentes do
Jordão, Mediterrâneo e Mar Morto
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Geografia Bíblica - Teologia 25.124 - Mar Vermelho
Geografia Bíblica - Teologia 25.124
4 - Mar Vermelho
Embora não pertença à Terra Santa,
encontra-se o mar Vermelho estreitamente ligado à história do povo israelita.
Ele é conhecido nas Sagradas Escrituras como "Yam Suph", que
significa plantas marinhas.
O mar Vermelho separa os territórios
egípcio e saudita. Na parte setentrional, divide-se em dois braços pela
península do Sinai, ü braço ocidental é conhecido como golfo de Suez. O oriental,
golfo de Akaba.
Acerca do golfo de Suez, informa
Buckland: "O golfo de Suez gradualmente se tem estreitado desde a era
cristã (Is 11.15 e 19.5), secando-se a língua do mar Vermelho em uma distância
de 50 milhas .
Por isso vai-se tornando maior a dificuldade de determinar onde atravessaram os
israelitas o mar Vermelho; mas provavelmente devia ter sido perto dos atuais
lagos Amargos. A entrada do Golfo de Akaba estavam os dois únicos portos do mar
Vermelho, mencionados na Bíblia: - Elate e Eziam-geber. A parte mais larga do
mar Vermelho, até o sítio onde se tende em dois Golfos , é de 200 milhas , e a parte
mais estreita é de 100
milhas , pouco mais ou menos. A largura do golfo de
Suez é. em média, de 18 milhas , sendo a do
golfo de Akaba consideravelmente menor, ü primeiro comunica com o mar
Mediterrâneo, pelo ('anal de Suez. É provável que os israelitas tivessem
atravessado o mar Vermelho, num ponto que fica cerca de 30 milhas ao norte da
atual entrada do golfo do Suez, isto é, na extremidade setentrional do mar
Vermelho, como ele então era. Como todo o exército egípcio pereceu nas águas,
devia neste lugar o mar Vermelho ter tido pelo menos a largura de 12 milhas . O livramento
dos israelitas, na travessia do mar Vermelho, tornou-se, no espírito da nação
judaica, o maior fato da sua história."
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Geografia Bíblica - Teologia 25.123 - Mar da Galiléia
Geografia Bíblica - Teologia 25.123
3 - Mar da Galiléia
O mar da Galiléia não é propriamente um
mar. Trata-se, na realidade, de um grande lago de água doce, formado pelo rio
Jordão. No Novo Testamento, recebe os seguintes nomes: mar de Quinerete, mar de
Tiberíades e lago de Ge-nezaré.
Por que então os judeus o tratam de mar?
Por causa de seu tamanho e violentas borrascas que o agitam constantemente. O
mar da Galiléia tem 24
quilômetros de comprimento por 14 de largura. Com uma
profundidade média de 50 metros ,
encontra-se a quase 230
metros abaixo do nível do Mediterrâneo. Tendo em vista
sua posição, serve de ponto de equilíbrio às águas do Jordão.
O mar da Galiléia está distante do
Mediterrâneo umas 27
milhas . E, de Jerusalém, 60 milhas em direção ao
Nordeste. Em suas margens orientais, encontram-se altas montanhas. Já em seu
lado ocidental, podemos contemplar férteis planícies e importantes cidades
como Genezaré, Betsaida, Tiberíades, Cafarnaum, Corazim e Magdala. Nessa
região, Jesus desenvolveu importantes facetas de seu ministério: ensinou, fez
prodígios e maravilhas, repreendeu a fúria das águas e, com intrepidez,
anunciou o Reino dos Céus. O Divino Mestre, inclusive, andou sobre as águas
desse grande lago, causando pânico em seus discípulos.
Ao Norte do mar da Galiléia, o clima é
bastante agradável, propício ao desenvolvimento de grandes projetos
agro-pecuários. Eis as impressões de W. J. Goldsmith: "Na Galiléia, vimos
sete feições salientes: sua dependência do Líbano, abundância de água dele provenientes,
fertilidade e fartura, características vulcânicas, grandes estradas
atravessando a região, população densa e operosa, e a proximidade do mundo
exterior. Pois bem: essas sete feições da Galiléia em geral, vemo-las
concentradas no lago e suas margens. O lago da Galiléia era, efetivamente, o
centro focai da província. Imaginemos aquela abundância de água, fertilidade,
influência vulcânica, estradas, população numerosa, comércio, indústria e
forte influência grega - imaginemos tudo isto reunido em um profundo vale, sob
um calor quase tropical, e temos o cenário onde surgiu o cristianismo e onde o
próprio Cristo trabalhou."
No período neotestamentário, havia nove
cidades em redor do mar da Galiléia, com uma população global de quase 150 mil
habitantes. Acrescenta Goldsmith: "Betsai-da e Cafarnaum ficavam ao norte,
atravessadas pela estrada galiléia de maior movimento, a Vila Maris, porém não
podemos precisar-lhe o local. O sítio mais provável de Cafarnaum, onde Jesus
morava e onde viu Mateus 'sentado na coletoria', é o que hoje se denomina Tel
Hura."
Com o seu formato oval, o mar da Galiléia
é muito piscoso. Nesse lago, podemos encontrar 22 espécies de peixes, entre as
quais: carpas, sardinhas, peixe-gato, peixe-galo e o famoso "chromis
simonis", ou peixe de São Pedro. No tempo de -Jesus, a pesca era uma
rendosa indústria em Cafarnaum.
George Adam Smith, descreve desta forma o
maravilhoso lago de Israel: "Águas doces, cheias de peixes, uma
superfície de cintilante azul. O lago da Galiléia é, ao mesmo tempo, comida,
bebida e ar; um descanso para os olhos, um suavizante do calor e um refúgio do
ruído e da multidão."
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Geografia Bíblica - Teologia 25.122 - Mar Morto
Geografia Bíblica - Teologia 25.122
2 - Mar Morto
O mar morto não é assim designado nas
Sagradas Escrituras. Em virtude da imensa quantidade de sal existente em suas
águas, é chamado de mar Salgado pelos escritores bíblicos. No livro de Josué,
deparamo-nos com este registro: "Pararam-se as águas que vinham de cima;
Levantaram-se um montão, mui longe da cidade de Adã, que está da banda de
Sartã; e as que desciam ao mar das campinas, que é o mar Salgado ,
faltavam de todo e separaram-se: então passou o povo defronte a Jerico"
(Js 3.16).
Há, calcula-se, 25 por cento de sal nas
águas do mar Morto. Suas águas, por conseguinte, são demasiadamente densas. É
quase impossível mergulhar ou afogar-se nesse estranho mar. Alguns turistas
aproveitam-se da densidade do mar Salgado para boiar e ler seus jornais e revistas
prediletos.
O mar Morto recebe, ainda, os seguintes
nomes: mar de Arabá, mar Oriental, mar do Sal. Flávio Josefo cognomina-o de
lago do Asfalto. Para os árabes, ele é o mar Pes-tilento. No Talmude, é
denominado de mar de Sodoma. Os povos vizinhos de Israel colocaram-lhe outros
apelidos: mar de Sodoma e Gomorra, mar de Segor, mar de Ló, etc.
Localizado na foz do rio Jordão, entre os
montes de Judá e Moabe, o mar Morto constitui-se na mais profunda depressão da
Terra. Encontra-se a mais de 400
metros abaixo do nível do Mediterrâneo. Com 78 quilômetros de
comprimento por 18 de largura, o mar do Sal ocupa uma área de 1.020 km-.
Na região ocupada hoje pelo Mar Morto,
ficavam, provavelmente, as impenitentes cidades de Sodoma e Gomorra,
destruídas pelo Todo-poderoso. Nessas águas salgadas, não há qualquer espécie
de vida. Esse mar, por conseguinte, é o próprio símbolo da conseqüência do
pecado: a morte. Nenhum peixe consegue aproximar-se desse cemitério aquático.
O Estado de Israel, entretanto, extrai do
mar Morto bilhões de dólares em sal e minérios. A riqueza desse inusitado lago
é mais que formidável: 22 trilhões de toneladas de cloreto de magnésio; 11
trilhões de toneladas de cloreto de sódio; 7 trilhões de toneladas de cloreto
de cálcio; 2 trilhões de toneladas de cloreto de potássio e 1 trilhão de toneladas
de brometo de magnésio. Essas cifras foram extraídas do livro "Geografia
da Terra Santa", do eminente pastor Enéas Tognini.
Júlio Minhan, citado por Abraão de
Almeida, fala sobre as fabulosas riquezas do mar Morto: "Como estão estas
riquezas? Estão em sais que as indústrias de todo o mundo procuram
desesperadamente. Incluindo as inúmeras toneladas de sais e dos metais
preciosos, há muitos outros, e como seria cansativa sua enumeração! Limitar-nos-emos
a dizer que a fortuna que pode ser retirada do mar Morto daria para comprar
todos os países de influência muçulmana da Ásia, Europa e África em
contrapeso".
O mar Morto, tendo em vista a sua
singular posição geográfica, não tem nenhum escoadouro para suas águas. Esse
problema é solucionado pela descomunal evaporação. Aproximadamente 8 milhões de
toneladas de água são evaporadas por dia nessa região, onde a temperatura, no
verão, chega a 50". Em algumas épocas do ano, esse lago chega a lembrar
um gigantesco tacho em ebulição.
Nas proximidades do mar Morto, ficava a
Fortaleza de Maquerus, construída por Alexandre Janeu, no ano 88 a .C.. e arrasada pelos
romanos em 56 a .C.
Herodes. o Grande, reconstruiu-a mais tarde. Nela, foi supliciado o precursor
do Messias, o piedoso João Batista. Herodes mandou construir, ainda, na margem
ocidental dessa imensa fossa salgada, a cidadela de Massada, último reduto da
resistência judaica ao domínio romano. Ao Norte, encontramos as ruínas da
comunidade essênia, onde foram encontrados os famosos manuscritos do mar Morto.
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22 de janeiro de 2017
Geografia Bíblica - Teologia 25.121 - Mar Mediterrâneo
Geografia Bíblica - Teologia 25.121
1 - Mar Mediterrâneo
O Mediterrâneo aparece nas Sagradas
Escrituras com outros nomes: Mar Grande, Mar Ocidental, Mar dos Filisteus, Mar de
Jata. Biblicamente, ele é tratado simplesmente de o Mar. Sua importância é
incontestável. Afirma Paul Valéry: "...o Mediterrâneo tem sido uma
verdadeira máquina de fabricar civilização". Assim divaga E. M. Forster
sobre as ondas desse gigante: "0 Mediterrâneo é a norma humana. Quando as
pessoas deixam esse lago encantador, através do Bósforo ou dos Pilares de
Hércules, aproximam-se do monstruoso e do extraordinário; e a saída meridional
leva às mais estranhas experiências."
Com uma extensão de 4.500 km e uma superfície
de três milhões de quilômetros quadrados, o Mediterrâneo é o maior dos mares
internos. Suas águas banham a Europa Meridional, a Ásia Ocidental e a África
Setentrional. Famosos rios deságuam em sua histórica e milenar grandeza.
As mais antigas civilizações do Médio
Oriente e da Europa escreveram suas histórias sobre as águas do mar
Mediterrâneo: micena, grega, fenícia, romana, turca, francesa, italiana.
Hodiernamente, esse mar continua a ser de suma importância para diversos povos.
Suas rotas incluem portos estratégicos como o de Gênova, Nápoles, Barcelona,
Trieste, Salônica, Beirute, Esmirna, Porto Saide, Alexandria, Constantinopla,
Haifa, etc.
O mar Mediterrâneo banha toda a costa
ocidental de Israel. Nessa área, suas águas são bastante razas o que tornava
impossível a aproximação de navios de grandes calados. O Grande Mar, por esse
motivo, não era usado pelos judeus como via de transporte. Eles, aliás,
sentiam-se isolados pelo Mediterrâneo.
Jope era o único porto do Grande Mar
utilizado pelos israelitas. Entretanto, por causa de seus arrecifes e bancos de
areia, os navegantes não se aventuravam a procurá-lo com freqüência. Por outro
lado, o Mediterrâneo formava uma vastíssima área defensável à pequena nação
hebréia.
Através desse mar, Salomão recebeu os
valiosos cedros do Líbano, para a construção do Templo. Em suas águas foi
Jonas lançado, quando fugia da presença do Senhor. Ao contrário do profeta
engolido pelo grande peixe, Paulo utilizou-se do Grande Mar para universalizar
o Evangelho.
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Geografia Bíblica - Teologia 25.120 - Mares da Terra Santa
Geografia Bíblica - Teologia 25.120
I - MARES DA TERRA SANTA
A hidrografia de Israel é composta por
três mares: Mediterrâneo, Morto e da Galiléia. Este último, conforme veremos
mais adiante, não é propriamente um mar. Antes de mais nada, porém, definamos a
palavra mar. Em último lugar, estudaremos o mar Vermelho.
Entre os hebreus, segundo explicação de
Orlando Boyer, "mar" compreendia qualquer grande massa de água. Eles
consideravam-no criação do Senhor: "Do Senhor é a terra e a sua plenitude,
o mundo e aqueles que nele habitam. Porque ele a fundou sobre os mares, e a
firmou sobre os rios" (SI 24.1,2). - Jó, com sua proverbial paciência,
declarou: "Ou quem encerrou o mar com portas, quando transbordou e saiu da
madre, quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por
envolvedouro? Quando passei sobre ele o meu decreto, e lhe pus portas e
ferrolhos, e disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se quebrarão as
tuas ondas empoladas?" (Jó 38.8-11).
Tecnicamente, o mar pode ser definido, de
conformidade com Aurélio, como a massa de águas salgadas do globo terrestre:
cada uma das porções em que está dividido o oceano; e, grande massa de água
salgada situada no interior dum continente.
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Geografia Bíblica - Teologia 25.119 - Hidrografia da Terra Santa
Geografia Bíblica - Teologia 25.119
Hidrografia
da Terra Santa
Sumário: Introdução. I - Mares
da Terra Santa: 1 - Mar Mediterrâneo. 2 - Mar Morto. 3 - Mar
da Gali-léia. 4 - Mar Vermelho. II - Rios da Terra Santa: 1 -Bacia
do Mediterrâneo: a) Rio Belus. b) Rio Quisom. c) Rio Cana. d) Rio Gaãs. e) Rio
Sorec. f) Rio Besor. 2 -Bacia do Jordão: a) Rio Jordão, b) Rio Querite.
c) Rio Cedrom. d) Rio Iarmuque. e) Rio Jaboque. d) Rio Ar-nom. III - Lago
de Merom.
INTRODUÇÃO
Como já dissemos, 50' < do
território israelense são compostos, apenas, pelo Deserto do Neguev. A água,
por causa disso, constitui-se em questão vital para o Estado de Israel. Os
escassos cursos de água são muito bem aproveitados. A insuficiência hídrica,
entretanto, parece estrangular o desenvolvimento econômico e demográfico desse
jovem país do Médio Oriente.
Não fosse o eficiente sistema de
irrigação israelense, os 5.000
km de campos aráveis forneceriam uma produção tão exígua
que não daria, sequer, para o consumo interno. Essa área, apesar de parecer,
hoje, um jardim, recebe pouquíssimos benefícios das chuvas. Além disso, o seu
índice de evaporação é bastante elevado. Na realidade, o verdadeiro potencial
agrícola de Israel é composto por menos de 2.000 km de terras intensivamente irrigadas.
Nos últimos anos. os israelenses têm
intensificado a irrigação de seu território. Um autor especializado em assuntos
do Oriente Médio escreve: "A produtividade das terras só podem melhorar
caso haja maior aproveitamento dos recursos hídricos. Como estes não admitem
ampliação, a única solução para elevar a produtividade do solo de Israel - ou
pelo menos conservar o nível alcançado - é fornecer menos água para as terras
já irrigadas, liberando, desta forma, recursos para a irrigação de novas
áreas."
A vida em Israel, por conseguinte, não
seria possível sem sua hidrografia. Em todos os momentos de sua história, os
hebreus sempre mostraram-se preocupados com os seus parcos recursos hídricos.
Não obstante, têm sabido superar essas barreiras de maneira maravilhosa.
Antes de estudarmos os mares, rios e
lagos da Terra Santa, vejamos o que é, realmente, hidrografia.
Etimologicamente, a palavra hidrografia é
formada por dois vocábulos gregos: "hidro" - água; e,
"graphein" descrever. A hidrografia, portanto, é a ciência que
estuda todos os corpos de água que há na superfície do Globo. São objetos de
seu estudo, pois, os oceanos, mares, rios, lagos e geleiras. Ela detém-se.
ainda, nas propriedades físicas e químicas das águas.
A hidrografia encarrega-se, também, de
elaborar cartas referentes às bacias fluviais, leitos de rios e lagos e fundos
de mares e oceanos.
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Geografia Bíblica - Teologia 25.118 - Israel Vence os Desertos
Geografia Bíblica - Teologia 25.118
IV
- ISRAEL VENCE OS DESERTOS
Cinqüenta por cento das terras
israelenses compõem o Deserto do Neguev. No entanto, o moderno Estado de Israel
está vencendo a aridez de seus desertos e transformando-os em uns vergéis.
O pastor Abraão de Almeida compendia
estas informações acerca do reflorescimento das áreas desérticas da Terra
Santa: "Os progressos obtidos por Israel na transformação do Neguev em um
jardim regado são, de fato, impressionantes. Desde o início da década de 80
vêm sendo aplicados mais de três bilhões de dólares na construção de estradas,
aquedutos e linhas de comunicação, a fim de abrigar novas instalações militares
e cerca de uma centena de novos povoados agrícolas. E a chave para toda essa
revitalização do deserto reside no aumento das fontes hidrológicas. Há
inclusive, um projeto arrojado, que objetiva conduzir mais que um bilhão de
toneladas de água por ano do Mediterrâneo para o mar Morto, através de um canal
cortando o Neguev. Esse grande canal levaria água fresca à indústria local e
água dessalinada aos agricultores, além de resolver um sério problema: a
alarmante evaporação das águas do mar Morto, que pode mesmo morrer, se providências
sérias não forem tomadas."
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21 de janeiro de 2017
Geografia Bíblica - Teologia 25.117 - Deserto de Jerico Bete-Ávene Ga-Baom
Geografia Bíblica - Teologia 25.117
III - DESERTOS DE JERICO, BETE-ÁVEN E
GA-BAOM
O deserto de Jerico fica no território
benjamita. Esse desolado território forma, segundo descreve o pastor Tognini,
um longo desfiladeiro rochoso de cerca de 15 quilômetros que desce de
Jerusalém a Jerico. Nessa área, há muitas cavernas, nas quais escondem-se
malfeitores. Essa região serviu de cenário para a Parábola do Bom Samaritano,
contada por Jesus Cristo.
Bete-Áven e Gabaom são outros importantes
desertos de Jerico. Em Gabaom, por exemplo, obteve Josué importante vitória
sobre os inimigos dos israelitas.
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Geografia Bíblica - Teologia 25.116 - Deserto da Judéia
Geografia Bíblica - Teologia 25.116
II - DESERTO DA JUDÉIA
As áreas localizadas do Leste dos montes
de Judá ao rio Jordão e ao mar Morto formam o deserto da Judéia. Subdivide-se
este em vários desertos sem importância: Maon, Zife e En-Gedi. Nessa árida
região, perambulou Davi quando era perseguido pelo rei Saul.
Eis mais alguns desertos de Judá: Tecoa e
Jeruel. Nesse território, o rei Josafá obteve estrondosa vitória sobre as
forças moabitas e amonitas. Nessa mesma região. o profeta Amos exerceu o seu
ministério e João Batista clamou contra seus reticentes contemporâneos.
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Geografia Bíblica - Teologia 25.115 - Deserto do Sinai
Geografia Bíblica - Teologia 25.115
I - DESERTO DO SINAI
Os filhos de Israel caminharam no deserto
durante quarenta anos. Nesse período, aprenderam a conviver com as agruras do
Sinai. Não obstante a aridez daquele solo, nada lhes faltou. Supriu-lhes o
Senhor todas as necessidades. Durante essas quatro décadas, os israelitas
deixaram de ser um bando de escravos e transformaram-se em uma forte e robusta
nação.
O Deserto do Sinai recebe, ainda, estes
nomes: Sur, Para, Cades, Zim e Berseba. Os geógrafos descrevem-no como um
colossal deserto. Vai do Noroeste da península do mesmo nome ao golfo do Suez.
Essa região constitui-se de um maciço montanhoso. Nesse lugar, recebeu Israel a
lei de Moisés.
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Geografia Bíblica - Teologia 25.114 - Desertos da Terra Santa
Geografia Bíblica - Teologia 25.114
Desertos da Terra
Santa
Sumário: Introdução.
I - Deserto do
Sinai.
II - Deserto da Judéia.
III - Desertos de Jerico,
Bete-Âven e Gabaom.
IV - Israel vence os desertos.
INTRODUÇÃO
Nas Sagradas Escrituras, de acordo com o
Novo Dicionário da Bíblia, os vocábulos traduzidos como "deserto"
incluem não somente os desertos estéreis de dunas, de areia ou de rocha, que
surgem e dão cor à imaginação popular, mas igualmente designam terras plainas
de estepes e terras de pastagem, apropriada á criação de gado.
O vocábulo "deserto" pode ser
encontrado 36 vezes como adjetivo e 284 como substantivo, no Antigo Testamento.
-Já no Novo Testamento, a mesma palavra aparece 12 vezes como adjetivo e 36 como
substantivo.
A palavra hebraica mais traduzida como
deserto é "midbar". Ela tem vários significados: região plana e
apropriada à criação de gado; área meio fértil e meio árida: e deserto
propriamente dito. Eis mais alguns termos hebraicos traduzidos como deserto:
"yesimon" - território desértico; "orbáh" - aridez,
desolação, ruína (castigo divino); "tohu" - vazio; "siyyah"
- terra árida.
Atualmente, contudo, o termo deserto
designa, segundo a Enciclopédia Mirador, regiões de escassas precipitações e nas
quais a cobertura vegetal é praticamente nula ou, então, está reduzida a
algumas plantas isoladas. Encontramos mais estas informações na Mirador:
"A insuficiência das precipitações, quer sob o aspecto quantitativo, quer
do ponto de vista de sua distribuição no decorrer do ano, é a característica
mais importante das regiões secas. É difícil encontrar um limite numérico para
especificar as regiões secas,* por causa da complexidade dos fatores atuantes.
Tentou-se delimitar o Saara pelo isoketa de 10 mm e as regiões áridas
pela de 250 mm .
Mas tais cifras não possuem valor geral, porque a aridez e, principalmente, a
semi-aridez se manifestam em regiões com 50 mm ou mais de precipitações, como o Nordeste
brasileiro, que recebe, por vezes, quantidades superiores a 750 mm . Há uma graduação de
aridez, que se estende desde os desertos quase absolutos, denominados de
'tonezrouft' no Saara, até os desertos relativos, localizados nas áreas
limítrofes com as regiões úmidas. Além da deficiência das precipitações, é preciso
lembrar a sua irregularidade, que se torna maior à medida que a região é mais
árida. A presença de camadas de ar geralmente muito seco e sem nuvens, e o solo
desnudo, cujo aquecimento aumenta a radiação (e, em conseqüência, provoca
intensa evaporação), são as causas principais do déficit que
caracteriza a aridez."
Os principais desertos citados nas
Sagradas Escrituras localizam-se no Sul e no Oriente de Israel. Agrupam-se os
primeiros na Península do Sinai. Os outros, encontram-se nas outras regiões do
país. Veremos, pois, como o povo de Deus conviveu com essas inóspitas áreas.
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20 de janeiro de 2017
Geografia Bíblica - Teologia 25.113 - Monte Sinai
Geografia Bíblica - Teologia 25.113
III - MONTE SINAI
O Sinai constitui-se de uma península
montanhosa, localizada entre os golfos de Suez e Acaba. Nessa região, Deus
apareceu a Moisés e o comissionou a libertar Israel do jugo faraônico. Da sarça
ardente, clamou o grande Jeová: "Eu sou o que sou". Em frente a esse
monte, ficaram os israelitas acampados por quase um ano. Nesse santo lugar, o
Senhor entregou a Lei aos filhos de Israel (Êx 19 e Nm 10).
Conhecido também como Horebe, o monte
Sinai serviu de refúgio a Elias. Nele, o profeta, o ardente profeta de Jeová,
pôde esconder-se da perversa Jezabel. "Sinai", segundo os exegetas,
significa sarça ardente, fendido ou rachado. Dizem alguns ser
esse nome uma evocação a Sin, deusa da Lua. Nas Sagradas Escrituras, esse
monte recebe três diferentes designações: Monte Sinai. Horebe e Monte de Deus.
Essa sagrada elevação tem uma forma
triangular. Seus vértices superiores repousam nos territórios asiático e
africano. Ao Leste, é banhada pelo Golfo de Acaba. Ao Ocidente, pelo Golfo de
Suez. A área da Península do Sinai mede 35.000-. Nessa região, podemos
encontrar três zonas geológicas: Cretácea, Arenística e Granítica.
Apesar de aridificado, esse território
tem os seus encantos particulares. Os montes erguem-se soberanos e altivos.
Queimadas pelo Sol, as areias mostram-se multicolo-ridas. A vegetação é
sobremodo escassa, tornando a sobrevivência humana praticamente impossível. Os
oásis são uma raridade. Em alguns locais, contudo, vislumbram-se verdes vales,
em virtude da água, que provém da neve de alguns altos picos. Nesses lugares,
os anacoretas encontram repouso e silêncio para a sua meditação.
O Sinai pertencia ao Egito. No entanto,
na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel capturou toda essa região. Segundo a
Palavra de Deus, a região do Sinai pertence, de fato, aos israelitas.
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Geografia Bíblica - Teologia 25.112 - Monte Peor
Geografia Bíblica - Teologia 25.112
4
- Monte Peor
O monte Peor está localizado nas
imediações do Nebo. Em hebraico, "Peor" significa abertura. Nesse
monte era adorado o imoral Baal-Peor.
Do monte Peor, tentou Balaão amaldiçoar
os filhos de Israel. No entanto, seus esforços foram em vão. Como último recurso
para prejudicar a marcha dos israelitas, induziu-os a participar das sensuais
cerimônias de adoração de Baal-Peor. Não fosse a ação pronta e enérgica de
Moisés, os hebreus teriam se corrompido completamente. Desse lamentável
episódio, falaria mais tarde o grande legislador: "Os vossos olhos têm
visto o que Deus fez por causa de Baal-Peor: pois a todo o homem que seguiu a
Baal-Peor o Senhor teu Deus consumiu no meio de ti" (Dt 4.3).
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Geografia Bíblica - Teologia 25.111 - Monte Fisga
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3
- Monte Fisga
Do cimo do monte Pisga, contemplou Moisés
a Terra Prometida: "Então subiu Moisés das campinas de Moabe ao Monte
Nebo, ao cume de Pisga, que está defronte de Jerico; e o Senhor mostrou-lhe
toda a terra, desde Gileade até Dã. Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor,
na terra de Moabe, conforme o dito do Senhor" (Dt 34.1 e 6).
O Pisga está localizado na planície de
Moabe. Dista 15
quilômetros do Leste da foz do rio Jordão. Moisés vislumbrou
o solo da promissão de uma altura de 800 metros . O monte Pisga é conhecido, também,
como Nebo. Alguns autores, contudo, dizem haver, nessa região, dois montes: o
Pisga e o Nebo.
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