Geografia Bíblica - Teologia 25.33
III - A GRANDEZA DE BABILÔNIA
A primeira tarefa de Nabucodonozor foi
reconstruir Babilônia, destruída por Senaqueribe, em virtude de suas muitas
rebeliões. Para conseguir o seu intento, o monarca caldeu desfechou diversas
campanhas, objetivando levar para a cidade milhares de cativos para
reconstruí-la.
Entre outras coisas, construiu um muro em
redor de Babilônia. Dizem os entendidos que se tratava, realmente, de uma
formidável muralha. Visava Nabucodonozor tornar inexpugnável a capital de seu
império. Humanamente falando, nenhuma potência estrangeira poderia tomá-la. Tão
largos eram esses muros, que duas carruagens poderiam trafegar sobre eles
tranqüilamente.
O maior mérito desse empafioso soberano,
entretanto, foi reedificar Babilônia. Historiadores antigos, como Heródoto,
maravilharam-se ante a imponência e a grandiosidade dessa cidade. Para alguns
mais exaltados, só os deuses seriam capazes de erguer tal monumento, à
soberba humana, é claro.
Babilônia estava edificada sobre ambas as
margens do rio Eufrates. Protegia-a uma dupla muralha. De acordo com os
cálculos fornecidos por Heródoto, esses muros, com 56 milhas de
circunferência, encerravam um espaço de 200 milhas quadradas.
Buckland, em
seu Dicionário Bíblico Universal, dá-nos mais alguns detalhes
acerca das grandezas babilônicas: "Nove décimas partes dessas 200 milhas quadradas
estavam ocupadas com jardins, parques e campos, ao passo que o povo vivia em
casas de dois, três e quatro andares. Duzentas e cinqüenta torres estavam
edificadas por intervalos nos muros, que em cem lugares estavam abertos e
defendidos com portões de cobre. Outros muros havia ao longo das margens do
Eufrates e juntos aos seus cais. Navios de transporte atravessavam o rio entre
as portas de um e de outro lado, e havia uma ponte levadiça de 30 pés de largura, ligando
as duas partes da cidade. O grande palácio de Nabucodonozor estava situado numa
das extremidades desta ponte, do lado oriental. Outro palácio, a admiração
da humanidade, que tinha sido começado por Nabopolassar, e concluído por
Nabucodonozor, ficava na parte ocidental e protegia o grande reservatório.
Dentro dos muros deste palácio elevavam-se, a uma altura de 75 pés , os célebres jardins
suspensos, que se achavam edificados na forma de um quadrado, com 400 pés de cada lado,
estando levantados sobre arcos."
Ao construir Babilônia, símbolo de sua
opulência, Na-bucodonozor não se esqueceu de reverenciar os falsos deuses. O
Templo de Bel é um exemplo desse exagero idolátri-co. Esse monumento, com
quatro faces, constituía-se em uma pirâmide de oito plataformas, sendo a mais
baixa de 400 pés
de cada lado. Quem nos descreve essa irreverência da engenhosidade humana é o
já citado Buckland: "Sobre o altar estava posta uma imagem de Bel, toda de
ouro, e com 40 pés
de altura, sendo também do mesmo precioso metal uma grande mesa e muitos outros
objetos colossais que pertenciam àquele lugar sagrado. As esquinas deste
templo, como todos os outros templos caldaicos, correspondiam aos quatro
pontos cardeais da esfera. Os materiais, empregados na grandiosa construção,
constavam de tijolos feitos do limo, extraído do fosso, que cercava toda a
cidade."
A grandiosidade de Babilônia levou
Nabucodonozor a esquecer-se de sua condição humana e a julgar-se o próprio
Deus. Em conseqüência disso, ele foi punido pelo Todo-poderoso. Só reconheceu a
sua exigüidade, depois de passar sete anos com as bestas feras.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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