História De Israel – Teologia 31.253
CAPÍTULO 6
VITÉLIO ENTREGA AOS JUDEUS A GUARDA DAS VESTES SACERDOTAIS DO
SUMO
SACERDOTE. TRATA EM NOME DE TIBÉRIO COM ARTABANO, REI DOS
PARTOS.
CAUSA DE SEU ÓDIO POR HERODES, O TETRARCA. FILIPE, TETRARCA
DE
TRACONITES, DA GALAUTIDA E DA BATANÉIA, MORRE SEM FILHOS.
SEUS TERRITÓRIOS SÃO ANEXADOS À SÍRIA.
776. Vitélio foi a Jerusalém, pela festa da Páscoa, sendo
recebido com grandes honras. Ele restituiu aos habitantes o direito que tinham
sobre os frutos vendidos e permitiu aos sacerdotes que guardassem eles mesmos,
como outrora, o éfode e os outros ornamentos sacerdotais, que estavam então na
fortaleza Antônia, onde eles haviam sido postos pelo motivo que passo a dizer.
O sumo sacerdote Hircano, primeiro desse nome, tendo feito
construir uma torre perto do Templo, ali ficava quase sempre. E, como somente
ele podia revestir-se dessa veste sagrada, entregue à sua guarda, deixava-o ali
quando retomava as suas vestes ordinárias. Seus sucessores nesse cargo
procederam do mesmo modo. Mas Herodes, subindo ao trono e achando a situação
dessa torre muito vantajosa, mandou fortificá-la bastante. Chamou-a Antônia,
por causa de Antônio, que era seu grande amigo, e lá deixou a veste sacerdotal,
tal como a encontrara, na convicção de que serviria para tornar-lhe o povo
ainda mais submisso.
Arquelau, seu filho e sucessor, não fez nisso modificação
alguma. Depois que o reino foi reduzido à província e os romanos dele tomaram
posse, continuaram a guardar a veste sacerdotal e, para conservá-la, mandaram
fazer um armário, que era selado com o selo dos sacerdotes e dos guardas do
tesouro do Templo. O governador da torre fazia continuamente acender uma
lâmpada diante do armário e, sete dias antes de cada uma das três grandes
festas do ano, que era tempo de jejum, entregava a veste sagrada ao sumo
sacerdote, o qual, depois de limpá-lo bem, dele se revestia para iniciar o
ofício divino. No dia seguinte à festa, tornava a entregá-lo e colocá-lo no
mesmo armário.
Vitélio, para reverenciar a nossa nação, entregou-o, como
acabo de dizer, aos sacerdotes e dispensou o governo de toda responsabilidade
na sua conservação. Tirou também depois o sumo sacerdócio de Caifás para dá-lo
a Jônatas, filho de Anano, o qual também havia sido sumo sacerdote, e partiu de
regresso a Antioquia.
777. Tibério, receoso de que Artabano, que se tornara senhor
da Armênia, lhe pesasse como um perigoso inimigo do Império Romano, enviou
Vitélio para fazer uma aliança, sob a condição de que Artabano lhe entregasse
alguns reféns e o seu próprio filho, se fosse possível. Vitélio, depois de
receber essa ordem, ofereceu grandes somas aos reis dos iberos e dos alanos,
para induzi-los a declarar guerra a Artabano. Os iberos não quiseram tomar as
armas. Contentaram-se em dar passagem aos alanos e lhes abrir as portas dos
montes Cáspios. Assim, eles entraram na Armênia, devastaram-na completamente,
apoderaram-se de tudo e, levando a guerra além, passaram ao território dos
partos e mataram a maior parte da nobreza, inclusive o filho de Artabano. Esse
príncipe, então, sabendo que Vitélio subornara com dinheiro alguns de seus
parentes e amigos para que o matassem e que assim não podia confiar naquela
gente, que passara para o lado do inimigo e sob pretexto de amizade procurava
por todos os meios fazê-lo morrer, fugiu e salvou-se nas províncias superiores.
Ali não somente encontrou segurança, mas reuniu um grande exército de danianos
e sacianos, com o qual começou uma guerra, venceu-a e reconquistou o seu reino.
Depois desse infeliz resultado, Tibério mostrou-se desejoso
de fazer aliança com ele, e Artabano estava disposto a isso, tanto que,
acompanhados por seus guardas, ele e Vitélio dirigiram-se a uma ponte
construída sobre o Eufrates. Quando lá concluíram as condições do tratado,
Herodes, o tetrarca, deu-lhes um grande banquete sob um grande pavilhão que
mandara erguer no meio do rio, com grandes despesas. Pouco tempo depois,
Artabano enviou Dário, seu filho, como refém a Tibério, com grandes presentes,
entre os quais estava um judeu de nome Eleazar, que era um gigante de sete
côvados de altura. Vitélio regressou logo a Antioquia, e Artabano, à Babilônia.
778. Herodes,
querendo por primeiro dar a Tibério a notícia dos reféns que havia conseguido
de Artabano, mandou-lhe um emissário com urgência e informou-o tão
particularmente de tudo que Vitélio nada mais pôde dizer que ele não soubesse.
Assim, Tibério não deu outra resposta a Vitélio senão a de que nada dizia de
novo, o que causou a este grande ódio contra Herodes. Mas ele o dissimulou até
o reinado de Caio.
779. Filipe, irmão de
Herodes, morreu nesse tempo, no vigésimo ano do reinado de Tibério, depois de
usufruir durante trinta e sete anos as tetrarquias de Traconites, Gaulanites e
Batanea. Era um príncipe muito moderado. Amava a paz e a tranqüilidade e sempre
ficou em seu território. Nas suas idas constantes ao campo, levava consigo
apenas um pequeno número de amigos mais íntimos e uma cadeira, que era uma
espécie de trono, para sentar-se e administrar a justiça, pois era seu costume
deter-se quando alguém o pedia e, depois de ouvir todas as queixas, condenava
imediatamente o culpado ou o absolvia, se o julgasse inocente. Morreu em
Julíada. Os seus funerais foram imponentes, e enterraram-no num soberbo túmulo
que ele havia mandado construir. Como ele não deixou filhos, Tibério anexou os
seus territórios à Síria, sob a condição de que o dinheiro dos rendimentos
permanecesse no seu país.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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