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28 de maio de 2018

História Do Cristianismo - Teologia 32.71 - O COMEÇO DO MONASTICISMO

História Do Cristianismo - Teologia 32.71



O COMEÇO DO MONASTICISMO

Foi desta confusão e manifestação de decadência por toda a parte que nasceu o monasticismo. Foi Antônio, na­tural de Roma, que teve a duvidosa honra de ser o primeiro monge. Tinham já existido antes dele, mas foi ele o primei­ro que adotou a vida de claustro, retirando-se completa­mente do mundo. Diz-se que foi levado a dar este passo, quando ainda era muito novo, por ter ouvido estas pala­vras do Salvador: "Vende tudo quanto tens, reparte-o pe­los pobres, e terás um tesouro no Céu". Pouco depois dis­pôs de todos os seus bens, e retirou-se para um túmulo, onde permaneceu dez anos. Tornou-se notável pela sua piedade e ascetismo, e muita gente de todas as classes re­corria a ele. Depois, foi para um castelo em ruínas, próxi­mo ao mar Vermelho, onde se conservou durante vinte anos.
Um historiador antigo diz que "o seu sustento era ape­nas pão e sal. Só bebia água; e a hora da sua refeição era ao pôr do sol. Além disso jejuava muitas vezes dois dias segui­dos e mais. Conservava-se vigilante noites inteiras, pode-se dizer, e ficava absorto em oração até o dia clarear. Mas se por acaso era surpreendido pelo sono, dormia um curto instante só em uma esteira, ou a maior parte das vezes no chão, fazendo travesseiro do mesmo chão; além disso era muito amável, humano, discreto, corajoso e agradável para com todos que encontrava, e inofensivo para aqueles com quem disputava". Não há dúvida de que Antônio foi um verdadeiro cristão, e quando rebentou a perseguição no reinado de Máximo, ele provou a sua dedicação para com o Senhor, saindo do seu desterro e partilhando dos perigos com os seus irmãos; mas logo que a tempestade se apazi­guou, tornou a desaparecer, e procurou um novo abrigo em uma caverna num monte alto. A última vez que apareceu foi no ano 352, quando a propagação do arianismo o fez no­vamente abandonar o seu retiro. Tinha então cem anos de idade, e a notícia da sua reaparição atraiu milhares de pes­soas a Alexandria. A sua influência era imensa, de maneira que o arianismo recebeu um grande golpe e, da sua visita à cidade resultaram muitas conversões. Morreu no ano 356, na avançada idade de cento e cinco anos.
O monasticismo espalhou-se, devido à fama de Antô­nio, e antes de chegar o fim do século, em todas as terras incultas do mundo cristão, havia mosteiros. Pachômio reu­niu uma pequena colônia de monges na ilha Tabene que se distinguiam dos outros pelas suas túnicas de linho, e fatos pretos. Amom reuniu outra colônia maior no deserto mon­tanhoso de Nítria; e Macário outra nos vastos desertos de Secetis. Hilário estabeleceu várias colônias na Síria; Sabás estabeleceu o célebre mosteiro de Mar Sabe, na Palestina; e Basílio, de Capadócia, introduziu a profissão ascética na Ásia Menor. Jerônimo, enquanto era secretário do bispo de Roma, estabeleceu vários mosteiros no império ocidental; e S. Martinho abade bispo de Tours, levou os seus traba­lhos mais avante, fundando instituições da mesma nature­za na Gália.
Até o fim do VII século, estas instituições, espalhadas por toda parte, estavam debaixo das ordens dos bispos; e os monges, apesar da grande fama de que gozavam e de se estarem tornando muito ricos, eram apenas considerados como leigos pela igreja. Leão I proibiu-os expressamente de exercerem qualquer cargo sacerdotal, ou mesmo de se­rem ensinadores do povo; ainda que, de outro lado, os mosteiros eram considerados como escola para os que se dedi­cavam àquela carreira. Esta aparente contradição pode-se explicar pelo fato de que os monges, que tinham sido orde­nados, deixavam imediatamente o convento para se mete­rem nas atribuições do clero secular. Contudo, no fim do V século, apelaram para o papa e pediram licença para se co­locarem debaixo da sua proteção, o que ele satisfez pronta­mente, considerando o fato da grande riqueza que eles pos­suíam e da sua grande influência. Assim pois ficaram os mosteiros, abadias, e conventos de freiras sujeitos a Sé de Roma.
Mas nem mesmo as rigorosas penitências e os hábitos ascéticos foram suficientes em todos os casos; e quase cus­ta a acreditar as coisas absurdas que algumas das vítimas enganadas por Satanás eram levadas a praticar. Por exem­plo: Simão, monge da Síria, passando de um degrau do fa­natismo para outro, erigiu um pilar da altura de quase três metros, e viveu sobre ele durante quatro anos. Sobre outro de quase seis metros viveu três anos; sobre um terceiro de dez metros, esteve dez anos; e finalmente passou os últi­mos vinte anos de sua vida sobre um quarto pilar de apro­ximadamente dezoito metros de altura que o povo lhe edi-ficara.
E mesmo esta estupidez foi imitada, porque depois da morte de Simão estabeleceu-se uma seita que fez iguais construções para si, e gloriavam-se com o nome de "Ho­mens do pilar".

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